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sábado, 24 de abril de 2021

Marcos e Comemorações - um post do facebook

Resumo: Buga conta a história de um whisky Johnnie Walker Blue guardado para ocasiões especiais, lista marcos pessoais e reflete sobre celebrar o cotidiano.

O Whisky que Nunca Abri: Uma Reflexão sobre Celebrar o Cotidiano

A Garrafa de Johnnie Walker

Comprei um whisky há muitos anos, acho que é um dos artigos que me acompanha há mais tempo, mais antigo que ele só a minha caixa de memórias e fotos reveladas mas essas estão na casa de mamãe Eliana.

O Jhonny Walker chegou há muito tempo, o pai do Marcelo que comprou em alguma viagem dele pro exterior, não lembro o porquê que pedi pro pai dele comprar e trazer, sei que paguei lá uns tantos dólares pela garrafa e fiquei com o pensamento de abri-la em momento futuro, em uma ocasião especial, um março, algo do tipo, para celebrar mesmo.

A fábrica de skates produz a primeira rodinha e o primeiro shape, nem lembrei do scotch ou se lembrei deixei pra próxima.

Marcos Pessoais sem o Whisky

Eis que vou morar com a Ju e não abri a garrafa, me formei e não abri, passei no vestibular e no mestrado aqui na Unicamp e não abri...

Fui padrinho do casamento do Allan e não tomei o uísque.

Terminei MBA na FGV,

Mudamos para Brasília e não abri na nossa despedida, compramos nosso apartamento e não comemorei tomando o whisky.

Fomos capa do jornal impresso Correio Brasiliense, acho que no aniversário de 50 anos da cidade... Tenho o jornal emoldurado, mas não abri a caixa do whisky.

A Ju passou no concurso da secretaria de Saúde do GDF...

Fui padrinho no casamento do Andre e da Carol.

Compramos nosso primeiro e único carro zero Km,

Meu pai conseguiu emprego na prefeitura depois de um bom tempo sem trampo, não comemorei.

Desmaiei no altar do casamento da Ma e do Du... Fomos padrinhos, o uísque continuou na caixa.

O Vinny nasceu,

Passei na UnB,

Os Pork's vão pra Brasília conhecer o Vinícius, nem lembrei de abrir o whisky.

Meu irmão teve uma parada cardio respiratória e não comemorei sua recuperação.

Minha irmã formou, meu irmão formou.

Fui promovido no serviço, ajudei a criar e fazer funcionar o cartão Amex no Banco do Brasil... e o cartão ELO, viajei pros States com o presidente do Banco do Brasil autorizando a viagem com publicação no diário oficial da união, ganhei um passaporte "oficial", baita marco na carreira... E o uísque nada, ali, na caixa, junto com outras bebidas no bar na cozinha.

Voltamos pra Campinas e não tomei o whisky na nossa despedida de Brasília.

Vivi um ano inteiro indo e vindo de Campinas pra São Paulo todo dia e não comemorei que conseguia ver minha família com frequência.

Fiz um treinamento inesquecível, me tornei educador corporativo, virei professor... de Cobol!

Pedi pra sair do Banco do Brasil e não tomei o whisky com meus amigos na minha despedida.

Mudo meu nome, crio o clã Buga... E ainda esperando um marco, um grande evento para comemorar com o uísque.

Termino uma pós graduação, passo no vestibular da Fatec para cursar computação...

A Ju toma umas 10 bolsas de plasma, a Helena nasce apagada... Tudo certo no final, o Jhonny Walker continua em sua caixa.

Meu pai realiza o sonho de ter um V8 de novo, veio me mostrar quando comprou, não comemorei.

Saio da IBM e vou trabalhar na CI&T, baita firma, negócio que a gente vê nas matérias de televisão, não comemorei...

A Ju consegue depois de muitas tentativas um emprego tão querido na indústria farmacêutica!

Volto pra IBM porque minha praia é mainframe e ia almoçar de novo com a Ju - igual nos tempos de Brasília!

Passo no vestibular da Unicamp...

Vou morar em São Paulo de dia de semana com meu pai... não comemorei.

Começou a pandemia e volto a morar aqui em casa, tava duro longe das crianças, da Ju, da Sheeva e da Sophia, sequer lembrei do uísque.

A caixa do Jhonny Walker me acompanhou no AP do seu Madruga, depois no 44, lá na Hermantino Coelho, na Jasmim, foi pra Formosa, pra 716 norte, pra Águas Claras, voltou aqui pra Barão Geraldo e eu esperando um grande marco pra abrir e comemorar!

Lição Final

Com certeza esqueci grandes marcos e acontecimentos que mereciam ser celebrados com esse scotch... Mas na real eu tinha que ter tomado era mesmo em um churrasco qualquer rodeado dos meus amigos e da minha família.

Não guarde os talheres e louças especiais para ocasiões especiais!

Todo dia é especial!

Ah, e o whisky é muito bom. Mas não tenho paladar, sou mais o licor de menta mesmo!

Wisky johnie walker blue label
Figura 1: Johnie Walker Azul

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Pra não esquecer - Naffer

Memórias e saudades do Naffer

Sinceramente não lembro sempre fui péssimo para datas, o uso de ferramentas do tipo agenda sempre me foram muito úteis, agora nos tempos de nuvem e com integração de todos os lados essa tarefa de lembrar ficou muito mais fácil, porém o que queria lembrar era algo meio mórbido, no caso a data que um grande camarada meu veio a falecer... esse tipo de coisa você não coloca na agenda, ainda mais que não fui ao velório então sequer existe registro de alguma atividade relacionada a esse evento em “minha agenda”, coloquei entre aspas porque quem a comanda hoje (na maioria dos eventos é o google).

Enfim, a tarefa até que foi simples porque lembrei de uma singela lembrança que postei no facebook quando soube de seu falecimento sobre um joguinho de trocar letras on-line tipo scramble que esse meu amigo adorava passar seu tempo vago jogando.

Achei a tal da publicação e lembrei mais ou menos a data não é precisa, mas isso também não importa. O que importa é o que um dia a Ju me falou de um pai de um paciente que morreu de câncer e o maior medo dele – lagrimas escorrem do meu olho nesse momento, pausa volto depois de me recompor – era o de esquecer.

E não sei dizer o porque mas ontem lembrei do Naffer algumas vezes durante o dia, como minha memória de curto e médio prazo é quase inexistente quem me deu um toque sobre isso foi a Ju - Ou... você já falou do Naffer umas 4 vezes hoje! – dai eu tentar lembrar se fazia um ano que ele tinha falecido ou mesmo descobrir o porque da memoria ativada, não faz uma ano, faz um pouquinho mais, pelo que consegui resgatar ele deu baixa em 22 de março de 2014... ai só sobrou o que realmente importava, o não esquecer.

Me lembro apenas da ultima lembrança que tive ontem (não falei que minha memoria é péssima) enfim, foi a de um dormindo a noite antes de sair de carro para ir a algum lugar. Fazia alguns anos que já isso não mais acontecia na minha vida; resumindo, costumava trabalhar nas madrugadas de quarta para quinta-feira (mesmo tendo trabalhado na quarta e ter jornada normal na quinta, 11 horas de descanso entre as jornadas é para os fracos – ossos do óficio como diria o seu Irá) e num dado momento depois de algumas modificações e ajustes na estrutura da equipe ficamos só eu e o Naffer realizando essa magnifica tarefa. Eu ia pra casa normalmente na quarta feira, dormia um pouco mais cedo que o habitual e acordava umas 2:30 para ir trampar, comia alguma coisa, separava besteiras e um suco de caixinha ou similar, pegava o maço de Marlboro a chave do carro, descia até a garagem (sempre com as luzes acesas) e dirigia 20 minutos pelo planalto central quase sem ninguém nas estradas, ligava pro Naffer na descida do Carrefour (com comando de voz) avisando ele que eu estava chegando em 5 minutos. Eu nunca me atraso, não precisava ligar, ele sabia que eu estaria lá na portaria do condomínio dele na hora marcada 5 pras 3 (la vem novas lagrimas, acho que devo ter parado cedo demais de tomar o remédio de depressão, ou deve ser normal quando a gente lembra que nunca mais vamos ver alguém), conversa de nada novo, do tipo e ai bastante frio , essa chuva que não passa ou essa seca ta brava esse ano, ou mesmo alguma coisa que ele falava de futebol e eu só balançava a cabeça afinal nunca me interessei ou entendi algo desse universo, o Naffer curtia o tal do Futebol, não tanto quanto o Thyago Luiz mas gostava bastante, sempre dava um jeito de ir trampar com alguma camisa de time de futebol que ficava apertando a pança de leve. 5 minutos depois já estávamos no imponente complexo central de tecnologia do conglomerado do Banco do Brasil, vulgo, sede IV. Revisavamos os “check-list” do que tínhamos que fazer, uma analisada ou outra de ultima hora em algum pedaço de código que tenha gerado dúvida (como não lembro, mas sinto que nunca encontrei nenhuma merda digna de nota que ele tenha feito, exceto não comentar nada dentro do código, mas que com o tempo e muita encheção de saco ele começou a fazer isso e até hoje posso dizer que está entre os 5 melhores analistas/programadores que já conheci) e ficávamos aguardando a baixa no TIM e o newcopy para acompanhar se deu tudo certo ou se tínhamos de sair ligando pra Deus e o mundo pra dar newcopy na mão ou recompilar tudo de novo com a versão antiga e sair pra prancheta analisando o que deu errado (algumas vezes voltamos pra prancheta e não achamos o erro, baixamos a versão de novo na outra semana e magicamente dessa vez funcionou... lembrei aqui de uma exit do cics do ICSF que não voltava nunca se a compilação não fosse estática... até hoje não sei se já arrumaram isso), voltando ao mineiro quieto que como diria o Leandro muito quieto demora pra responder porque enquanto ele pensa ele esta localizando dentro da memoria dele o código do label (o programa era tão doido que nem section tinha, e os labels tinham código tipo o K200 que ia lá no AMOA procurar o registro uma vez que não achamos no log (nossa eu também ainda lembro!) e não cabia na AWS do roscoe de tanta linha que tem, enfim, o cara manjava, muito do negocio!

Nos nossos churrascos sempre na dele, quietão conversando com um ou outro, circulando pelas rodinhas, bebia moderadamente e costumava voltar de taxi sempre, seilá porque mas como ele era extremamente reservado devia ser algum trauma de andar com motorista bêbado ou seilá, acho que essa é a mais provável, trauma, uma vez que ele não dirigia. Devo ter perguntado alguma vez o porque ou alguém deve ter me contado, mas olha ai, não lembro, esqueci... que merda!... Gostava bastante também de falar de filmes velhos (seilá o que é velho hoje, mas uma vez me arrisquei a pegar um que o Aldisio tinha emprestado pra ele - ledo engado esse DVD da NetMovies deve ter sido extraviado! – nossa esse foi outro mercado que surgiu muito rápido e desapareceu mais rápido ainda (aluguel de filmes por “courrier”) – enfim, os dois haviam falado extremamente bem do filme e tal do ator, do carro, do enredo, resumo da ópera, filmão! Filmão porra nenhuma, puta filme tosco do caralho... spoiler alert - um cara que rouba um carro, sai fugindo pelos estado unidos e se mata no final batendo o carro contra uma barricada da policia, infelizmente, fica aqui meu pedido de desculpas, mas não lembro o nome do filme e não tenho certeza se ele roubava o carro ou se o filme já começava com ele no carro e nem ficamos sabendo qual o crime que ele cometeu ou mesmo o porque de estra em fuga. Talvez quando eu fique velho, fale isso pra molecada de algum filme que achei o máximo (tipo matrix) e eles tenham essa mesma impressão.

Ele estava sempre matutando alguma coisa pra implementar de melhoria no sistema... suas sacadas e tiradas de sarro eram sutis e palavrões nunca eram proferidos, exceto em situações extremamente tragicomicas do tipo de alguém vir com um problema daqueles que já ficou mais de semana tentando resolver e senta do lado dele explica tudo e ele só prestando atenção e anotando uma ou outra coisa em sua companheira inseparável folha de papel A4 ininteligivel para outros humanos, depois de algum tempo e de analisar o código (sempre em silencio) ele vira e pergunta, você fez tal coisa no código ? (ele já sabia a resposta, era sempre uma pergunta retórica) sempre a resposta era ou que fez ou que não fez (afinal não existe outra possibilidade para essa resposta, se respondesse não sei ou não lembro não estaria trabalhando na nossa equipe, quer dizer, não lembro eu respondia direto, mas ia rapidinho procurar e voltava com a resposta (essa daqui aprendi com o Perez!). E depois da resposta que vinha o bordão clássico, então é ai que fudeu!

Agora deixa eu ir dormir que são 5 da manhã, qualquer dia continuo, se não continuar fica aqui uma pitada de lembrança pra essa cuca que não lembra muito bem das coisas.

sábado, 16 de abril de 2016

Qual o tamanho do meu monitor ?

Como medir o tamanho do monitor (sem fita métrica!)

Esses dias me deparei com aquelas situações completamente banais, mas que por algum motivo requerem uma intervenção!

A tarefa de medir o tamanho de um monitor é algo extremamente simples, pegue uma régua ou algo parecido e meça a diagonal, mas e se você não tem uma fita métrica? A tecnologia pode te ajudar! Ideias aparentemente sem sentido ou propósito podem te tirar de situações bem interessantes, que foi o nosso caso.

Precisava descobrir qual o tamanho do meu monitor!

Antigamente - na época do tudo de raios - a proporção era 4x3, atualmente - 2016 - é 16x9 que sempre existiu, mas era só pra cinema. Enfim, devaneios à parte, eu nunca me importei durante a transição e a coca cola esticada não me fazia nenhum tipo de mal, mas existiram pessoas, tipo o seu Irá que não gostava muito e sempre reclamava quando via um filme "esticado pros lados" e é esticado pros lados mesmo por a altura na proporção.

Aquela velha TV de 29 polegadas que pesava seus 40 quilos e custou uns 1000 reais em 2004 não é mais fabricada e sua "área de exibição" deve corresponder a uma TV nova dessas de OLED (conta de padaria) de umas 35 polegadas, por isso os antigos sempre teimam em dizer que a TV deles era maior que as de hoje, de certa forma era mesmo!

Mais uma das coisas de velho que ainda existem e não deveriam pra adicionar na lista... dia de vencimento do licenciamento/IPVA de veículos! Junte-se a mainframes, caixas pretas, som de carro (central multimídia já é um avanço) e mais algumas outras coisas que esqueci no momento, mas basicamente ainda existem porque quando jovem você questiona, te ignoram, você continua questionando e sempre recebendo as mesmas respostas até que um dia você desencana... e quando você está na posição para mudar algo, você nem lembra mais que o quis um dia!...

Enfim, só pra finalizar

Clica aqui pra ir no site do china e descobrir o tamanho do seu monitor!

A ideia é fantástica! Afinal um cartão de crédito todo mundo (quase) tem na carteira!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

livro livro porks - o dia do totó

O Dia do Totó

Passam no Moriva (buteko clássico em Barão) para comprar umas cervas e 3 Góes, digo 3 Goes porque para não perder o costume o Julio arrumou confusão com uns cara que estavam no estabelecimento querendo comprar os mesmos últimos 3 vinhos, os outros individuos estavam de bem com a vida e não criaram muito caso com os Pork´s levando os últimos vinhos e tirando sarro da cara deles.

Foram pra casa do BJ, onde se preparariam para a festa e onde rolaria uma pré, um aquecimento para a festa, muitos estavam presentes, os Pork´s em peso, exceto pelo Lemão que tava na zoropa e o Amaral que ainda não curtia uma balada nos naipes da galera, a mulherada compareceu em peso. Rolou muito vinho, muita vodca, umas cervas e muito pó de guaraná (para manter a galera acordada).

A festa a qual esse conto se referencia é uma daquelas imperdíveis no meio universitário de Campinas e regiao organizada pelo pessoal da engenharia de alimentos da Unicamp, a festa é a conhecida e aclamada, festa do contrario.

Todos já travados prontos para ir para a balada, já eram umas onze e pouco, estava um frio de lascar, mas todos vestidos a caráter, a mulecada dava até gosto de ver, se fosse depender de virar traveco pra ganhar dinheiro, morreriam de fome. O buga não quis ir, disse que iria só no último ano e tal, coisa de boiola, mas ficou até o final do aquecimento.

O pessoal tinha acabado com tudo o que era alcoólico na casa do BJ e ainda não satisfeitos dão uma passadinha no starmart onde o Julio encontra com alguns conhecidos da medicina e os apresenta aos pork´s, tomam mais uma brejas e vão de encontro ao desconhecido.

Na fila da balada o BJ encontra a super trunfo e não perdoa embrulha nossa colega (Ana veterana) afinal ele já tinha catado ela em ocasiões muito melhores ou piores, depende do ponto de vista (sóbrio nesse caso significa pior, porque não tem desculpa.)

Ao entrar na balada só risada de ver as figuras que existem no mundo a que elas se prestam, nada como o tal do álcool... De cara pelo estado dos meninos fica fácil imaginar o que iria acontecer na festa, de tudo um pouco conforme sera apresentado abaixo.

Logo pra começar os Pork´s se espalham, algo involuntário, mas quando se esta xapado com um monte de gente em volta, você se perde com uma facilidade e uma rapidez inimaginável.... Foi so entrarem na balada e já estavam separados...

O BJ logo de cara se atraca com uma loira gorda e nanica, lucro !!! O Julio ainda não tinha se perdido do BJ, mas os dois já estavam a muitas piscadas dos demais, para não ficar pra tras o Julio embrulha a escrota da Lilica (sentiu ciúmes do BJ catar uma escrota e ele não... então se sentiu na obrigação de acompanhar o amigo).

O Paragua sabia ao certo onde estava, como chegou lá e o que deveria fazer, mas nessas horas aqui de cima agente da uma ajudada e uma luz chegou ao garoto e ele percebeu que encontrava-se numa festa e também partiu para o ataque. Tentou embrulhar algumas transeuntes, mas seu estado deplorável, não permitia e como não encontrou nenhuma mina no seu mesmo estado ou próximo a ele, resolveu inconscientemente deitar-se na grama e tirar um pequeno cochilo para relaxar, afinal estava muito cansado... o pequeno cochilo pretendido, rolou até as 5 e meia da manha quando os pork´s reunidos novamente para o retorno o encontraram.

O Bob não estava muito melhor que os outros 3 cavaleiros e para não partir corações nem morrer na praia saiu na captura e pelo que comenta-se era uma baranga daquelas que nem Deus lembra, mas para tirar a zica vale qualquer uma, e no caso especifico o bom é que sempre da pra colocar a culpa na maldita da cachaça.

A festa estava bombando de gente, mal da pra andar direito, tanto que voltaram a se encontrar as 5 horas da manha, tinham ido com o carro do Julio e estava faltando o Paragua, até que o encontram capotado na grama dormindo igual a Cinderela... O Julio e o Bj pra variar não queriam ir embora, não tinham quebrado nada nem realizado algum ato digno de ser lembrado, mas mesmo assim foram embora.

A postos, vão embora, a balada foi na Pachá uma casa noturna perto da Puc ao lado da Dom Pedro, naquela época era o Cabral Campinas. Na saída do estacionamento, umas barraquinhas e umas towers com cachorro quente e refrigerante para recompor o animo da galera, pois festa boa acontece de quinta feira e algums tem que ir trabalhar na sexta e outros raríssimos tem aula cedo e merecem uma boa refeicao pela manha depois de uma noite daquelas.

Eis que Julio avista um desses kidog, vendendo dog a um conto numa tower, palhaço do cara tava com a porra dum desses banquinhos de plástico branco baxotinhos no meio da rua, em poucos instantes Julio esta com o banquinho ao seu lado esquerdo muito perto do seu carro, não se sabe ao certo se o banquinho estava no meio da rua ou se o Julio chegou perto o suficiente da calcada para conseguir alcança-lo e num movimento mais rápido que o the flash abraça seu novo troféu e já joga pra dentro do carro.Já era !... Haviam faturado um banquinho de plástico de 50cm de altura super resistente que esta na casa do Julio até hoje, o banquinho é utilizado pela Ana (mãe do Julio) para apoiar o pé quando vai ler jornal (no qual ele aparece com a testa rasgada mas essa é uma outra historio e depois eu conto...).

Cabe aqui salientar que o cara ficou muito puto e começou a ter pit´s e gritava xingava e veja só o dialogo travado entre o cara do kidog e o Julio com a metade do corpo pra fora do corsa dirigindo e gritando.

K-dog: “FILHO DA PUTA !!!”

Julio : “UM ABRAÇO !!!”

Para os Pork´s o final de qualquer discussão no caso não houve discussao, mas o final de qualquer acontecimento acaba com essa frase, um abraço e eles não se agüentaram e foram cagando de rir embora e repetindo umas 300.000 vezes “Daí ele falou : Filho da Puta” e a resposta “ Um abraço”.

Esse conto poderia muito bem terminar por aqui se não fosse o tal do espírito pork´s de ser e essa facilidade que os cara tem em chamar a confusao pra eles e se ela não existe eles a criam...

Estavam indo numa boa em direção a Barão Geraldo, o Julio iria deixar o bj o paragua e o bob em suas respectivas casas, eis que avistam ao fundo bem ao longe no meio da avenida que liga a puc a unicamp um corsa com umas patricinhas dentro vestidas de homem (haviam com toda certeza do mundo ido a mesma festa) e como estavam muito felizes com o ultimo souvenir adquirido resolveram parar para ver se as garotas estavam precisando de algo, se estavam com algum problema e se daria pra rolar um sexo.

A primeira vista as garotas não conseguiam dar a partida no carro, todos ainda muito bêbados, porém com tudo sob controle, oferecem-se para empurrar o carro, os engenheiros acharam fácil que a bateria tinha ido pro saco e um bom tranco no carro iria resolver o problema.

Então que a Filha da Puta da patrícia que estava ao volante diz em voz bem aguda, fresca e estridente :” Não pode tem injeção eletrônica”.

Os cara não se agüentaram de ver a mina falando aquilo pro Julio que tava todo solicito querendo ajudar e cairam na gargalhada novamente. Naquele momento Julio percebe que seu sangue subira a cabeça e que ele poderia fazer algo e ele diz:” Ah, não pode empurrar né ? Tem injeção eletronica !... Ta bom então !”.

Ouve-se o runir de um gato no cambio do corsinha do Julio, era engatada a marcha ré ao perceberem o que estava prestes a acontecer o comentário geral foi que ele não vai fazer isso, mas ele da ré, faz a baliza para atrás do carro das vagabundas olha no retrovisor delas, a cara de espanto da motorista é bem visível, engata-se a primeira marcha e toto no caro das minas, as vacas começam a gritar em coro :” Pára!!! Pára!!!” com a mesma voz que deixa qualquer ser humano a beira de um ataque de nervos.. Uns 20 metros depois engata-se novamente a ré, emparelha-se com o carro das ilustres garotas e Julio abaixa o vidro olha bem para a cara da motorista e diz : “Injeção Eletrônica, né ?” .

Foram embora, o julio deixou todos em casa, estavam felizes da vida!!! Todos em suas respectivas casas com o mesmo sentimento de grandeza, o de irem dormir mais um dia com consciência tranqüila e com a sensação do dever cumprido.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

livro livro porks - O dia do Jiu Jitsu

O Dia do Jiu Jitsu

Esse daqui é um daqueles contos que causam indignação, pois não podem existir no mundo pessoas tão ingênuas a ponto de se meterem em cada confusão, pensando estarem realizando algo absolutamente normal, o leitor entenderá ao longo dessa narração o porque desta afirmação.

Domingo de manhã, Bozo levanta, prepara seu kimono, pega a chave da Elba azul com o adesivinho de dois córregos no vidro traseiro e vai pra rua de encontro ao Japoneis que fora convidado para ir prestigiar a performance do nosso amigo Bozo na final do campeonato paulista de jiu-jitsu.

Os cara moram na Patriarca, zona leste de São Paulo (não tão leste assim, pois é antes de Itaquera e tem metrô do lado) e a parada era no Brooklin do outro lado da cidade, como costuma-se dizer longe pra caralho.

Sairam cedinho com rumo certo, porém como o futuro é uma caixinha de surpresas, não faziam noção do que lhes esperava. Chegaram de boa no local do evento, sem se perderem nem nada e com nada menos do que duas horas de antecedência do início da grande final.

O Bozo estacionou a Elba em vaga vip na rua ao lado de uma puta sombrona de uma árvore daquelas que a Eletropaulo não deixa ter por quebrar os fios de alta tensão. A sombrona foi pura ilusão, pois esqueceram-se do fato de o sol nascer a leste e pôr a oeste, como chegaram de manhã tava tudo uma maravilha, porém na hora de irem embora o que era fresquinho pacas estava parecendo uma sauna seca.

Vaga no esquema, não podemos esquecer da segurança, eis que Bozo pega aquela trava maravilhosa contra ladrão, aquelas que travam o volante com um dos pedais, e mete a criança pra funcionar, travam o carro e vão para a competição.

Por incrível que pareça, pois somos todos perdedores, naquela tarde ensolarada de agosto o Bozo logrou êxito na final do campeonato e consagrou-se campeão paulista de jiu-jitsu em sua categoria, também se o leitor pudesse ver o salame que chegou à final com ele, até minha avó ganhava.

Como Murphy disse quando alguma coisa está certa demais, pode ter certeza que lá vem bucha e das braba.... Dito e feito, banho tomado, medalha no pescoço, o Japoneis corre pro abraço, sente-se orgulhoso de ter um amigo campeão, talvez até mais orgulhoso que o próprio Bozo que acabara de ganhar o título.

Foram se dirigindo à saída e no meio do caminho escutam um carinha vindo correndo desesperado que tinham roubado o carro dele, o Bozo vira pro Japoneis e comenta como foi sábia a decisão de colocar a trava anti-furto.

Chegam no carro, o Bozo entra destrava a porta do Japoneis (nada de vidro elétrico ou trava elétrica, isso é coisa de viado...) não comenta nada sobre o calor infernal que está dentro do carro, só pra sacanear o Japoneis que não aguenta o calor e nem chega a entrar o carro.

O Bozo liga o ventinho e fala pro Japoneis entrar que já está fresco ... Bom, fresco não estava, mas já dava pra ficar dentro. Eis que começa a grande aventura de nossos dois amigos, se liga na fita.

A chave já se encontrava no contato, pois foi necessária sua utilização para que o ventilador funcionasse, o Bozo delicadamente a retira do contato e pega a primeira chave de um molho daqueles de casa de vó que tem uma pá delas e tenta na trava.

Opa, essa não é, e tenta a segunda chave, opa, essa daqui também não é... tenta mais umas 2 vezes e o Japoneis que até então estava calado sem entender, toma o chaveiro da mão do Bozo e começa a falar, o Zé olha a marca aí da trava, deve ter uma chave com o mesmo nome (brilhante ideia essa não ?) e o Japoneis procura a tal da chave e nada, o Bozo pega o chaveiro delicadamente da mão do Japoneis enquanto ele tentava ler alguma coisa.

Tenta novamente e quando se dá conta só resta uma chave que ainda não tinha tentado abrir a trava, e era veja você, a do contato! Veio a palavra clássica para esse tipo de situação e Bozo a indaga de maneira muito sutil, FODEU, em tom pausado e esclarecedor.

O Japoneis não estava acreditando na situação, o Bozo tinha pego a trava do gol e esqueceu que no molho de chaves da Elba não tem a chave da trava do gol.

Surge uma ideia surpreendente do Bozo em poucos segundos de reflexão sobre o acontecimento e lança essa daqui :” Vamos serrar o volante !”

terça-feira, 2 de junho de 2015

livro livro porks - o dia do bilhar

O Dia do Bilhar

Antes de iniciarmos nosso conto devo informar ao leitor que ele é baseado em uma historia real, todos seus participantes estão cientes dos fatos aqui apresentados, afinal participaram da historia e colaboraram na elaboração desse engodo.

A historia aqui narrada aconteceu em meados de junho, todos seu integrantes são maiores de idade, sem antecedentes criminais e universitários, exceto o Julio, que abandonara a faculdade naquele semestre e agora tornara-se vestibulando. São eles (em ordem alfabética): BJ, Buga, Julio, Paragua e o Toro, não direi que são amigos de infância, pois se conheciam a pouco mais de um ano, mas para eles o tempo pouco importava, todos se consideravam irmãos e dos bons.

Denominavam-se “pork’s”, e na realidade os caras são, você verá ao longo desse conto... Não explicarei aqui o porque do nome, veja o filme e tire suas próprias conclusões.

Tudo começou quando o Toro ouvira falar de um barzinho que havia inaugurado a poucos dias, um bar um tanto eclético, meio gótico chamado “The Bloody Coven Bar”, desde a inauguração do bar ele enchia o saco dos pork’s para irem nesse tal de Coven “Pô, vamos ao Coven, Veio!”. De tanto falar os caras toparam, tudo aconteceu numa terça feira...

Estavam previamente combinados de visitarem o recinto o BJ, o Toro e o Paragua, como não podia faltar, ligaram para o Buga (de vez em quando ele não bebe e tem carro) o qual nessa altura do campeonato via uma aula por semana com os caras, e olhe lá! Buga apareceu no quartel general (casa do BJ) e então se dirigiram para o tão famoso... Foram de BugaMovel, pois o Buga foi o motorista “escolhido” do dia e não iria beber.

Dirigiram-se então para o barzinho, chegando lá a grande surpresa, o bar encontrava-se fechado, isso mesmo, fechado com o portão fechado, tudo apagado... Acharam muito estranho, o horário não era cedo (por volta de 9:40), para não perder a viajem, analisaram o lugar, parecia muito louco, com um tumulo no jardim, tudo escuro e sem ninguém, como já saíram da casa do BJ meio altos, ficaram em coro chamando os vampiros, mas nada deles saírem...

Uma faixa muito bonita estava na porta do bar, como precisavam de algo para mostrar que tinham ido ao lugar, levaram a faixa como um prova de terem passado pelo recinto. Muito insatisfeitos com a casa fechada, lembraram do Julio, que era o rei em dar “relaxos” (como eles mesmo comentavam), dito e feito, passaram na casa do Julio e foram informados pela Dona Ana (mãe do Julio) que ele estava no cursinho, mas já estaria chegando, aguardaram.

Julio chega poucos minutos depois com um dogão, aqueles de duas salsichas por um real, seus companheiros nem ao menos o deixam entrar em casa, simplesmente o raptam para um destino incerto.

E ai? Aonde vocês vão? – Julio faz sua primeira pergunta. “Seilá” - a galera responde, “oh, vamos jogar bilhar”, alguém teve a grande idéia, até ai tudo bem, o difícil era saber aonde ir. Deveriam ter ido ao Chaplin na Norte-Sul, mas nada disso, dirigiram-se para o bilhar mais podre de Campinas e Região, perto do Taquaral, um galpão caindo aos pedaços, pouco iluminado e servindo chopp Germânia...

Os caras não são nenhum Rui Chapéu, jogam bem, mas não é tudo isso, o pior e o Buga, tem que ver a maneira com que ele joga, é jeito de viado como diz o Julio. Pegaram umas cinco fichas de bilhar e umas cervejas para acompanhar, jogo vai, cerva vai... Ate que o Buga diz “cansei vamos jogar pimbolim“, ai que começou a diversão! Compraram uma única ficha de pimbolim, colocaram um boné em cada gol e jogaram ate os pulsos doerem por 50 centavos...

Jogaram mais uma partida de bilhar, fecharam a conta e saíram na boa, ao entrarem no carro contam os brindes: uma bola 8 guentada no bolso da jaqueta pelo Paragua, uma bola de pimbolim também da mesma fonte, um copo de cerveja tungado pelo BJ e dois cinzeiros pegos pelo Buga. Naquela noite como o leitor pode perceber eles estavam empolgados para pegar souveniers.... E ai vamos pra onde? A indagação foi geral, isso o relógio batia uma da manhã... Ah seilá vamos comer alguma coisa. Beleza, saíram a vagar pela linda e formosa cidade de Campinas, onde nada há para se fazer numa terça-feira, a procura de comida foram incorporando mais souveniers, placas de transito, pneus e cones de sinalização, e o porta-malas do BugaMovel foi-se enchendo...

Eis que passam por uma rua no bairro Cambuí, uma esquina linda de uma loja de moveis toda envidraçada todinha iluminada por dentro e a rua um breu só, dito e feito, Buga para o carro, apaga as luzes e adivinhem bola 8 no vidro. BJ estava no banco da frente, saiu normalmente do carro parou na calcada, com a bola 8 na mão, entre ele e a vidraça nada mais que uns 3 metros e eis que sai a bala...

Aquela parábola perfeita, ângulo de lançamento de 45 graus, todos acompanham a trajetória da bola, quadro a quadro, parecia ate que a bola nunca chegaria, foi um momento longo, ate que, “Pof” a bolinha bate na vidraça quiçá no chão e desce vagarosamente a calcada, a vidraça, nem um arranhão, eis que o Paraguai que estava no banco de trás sai do carro numa velocidade, gritando “Seu Japoneis Burro” e corre desesperado atrás da bolinha...

Agora vai! Paraguai recupera a bolinha, BJ entra no carro, BugaMovel ligado, com a porta aberta, pronta para a fuga, Paragua se posiciona a meio metro da vidraça e lança...

“Téin” foi a maior ricocheteada já vista, nada aconteceu no vidro, Buga sai em disparada e a risada e geral...

Não muito distante desse ponto carro em movimento, eis que o Toro diz “abaixa ai paragua” e mais um lançamento ocorre, dessa vez foi a bolinha de pimbolim indo direto na janela de um pobre coitado, essa foi certeira e o vidro não era blindado!

A noite estava ficando boa, embora não estivessem xapados estavam um pouco alegres. Dando uma volta pelo centro de convivência ainda a procura de comida, deparam-se com um amontoado de cadeiras de um restaurante, todas na calcada esperando para serem destruídas.

Como era de praxe quebrar era a lei, pararam o carro, desceram todos os elementos, exceto o buga que ficou de prontidão para a fuga, eis que só as risadas e pedaços de madeira voando, voltam para o carro o Julio e o Toro, cadê os cara pergunta Buga, já vem vindo, vem o Paragua gritando abre o porta mala buga... E Vem ele com uma cadeira na mão e tenta coloca-la no porta malas, como o porta malas já estava abarrotado de artigos diversos, tiveram a grande idéia de seguirem seu passeio com o porta malas aberto, imagine a cena, um citroen preto com 5 elementos dentro com o porta malas aberto e uma cadeira pra fora, foi demais!

Seguem a rotatória do centro de convivência, eis que surgem os coxinha (denominação carinhosa dada aos homens da lei) num corsinha vindo pela contra mão em alta velocidade ao cruzarem o bugamovel dão um cavalinho de pau e começam uma perseguição, nessa hora, todos pensam em apanhar muito e ficar preso uns dias...

Em situações desse tipo um segundo parece uma eternidade, o citroen em alta velocidade dobra a direita e toro diz, joga a cadeira, “push”, paragua joga a cadeira e Julio abaixa a tampa do porta malas, eis que ouvem... “Ai caralho, para Buga. Para!” Era Julio desesperado de dor por ter prendido sua mão enquanto fechava o porta malas. Todos em coro gritan, não para não buga, não para, guenta ai Julião.Descem a uns 120 por hora a rua da prefeitura, atravessam a avenida Anchieta como um raio, entram em umas quebradas e beleza, policia despistada, agora podem parar o carro, um pouco sossegados...

Julio fica a assoprar sua mão por muito tempo, e dizendo olha ta roxa, vai necrosar. Depois do susto foram só gargalhadas e reflexões sobre a fuga... Decidiram para de dar relaxo e quebrar tudo, mas ainda estavam com fome, lembraram de uma padaria 24 horas que fica no Castelo e pra lá se dirigiram.

Chegando lá o capeta decidiu testa-los pela ultima vez, estavam todos na boa, já haviam pedido seus respectivos lanches, pra falar a verdade, pediram 5 pães e 300 gramas de mortadela, sentados conversando sobre a noite e tal, escutam o “thu-thu-thu-tuuu” do freio a ar de algum caminhão ou ônibus, no caso era um ônibus, um cometão, lindão, mas ate ai ele nem haviam se ligado no que os esperava.

Depois de comerem os deliciosos lanches, saíram da padaria e ficaram esperando o Paragua que estava sem troco pagar a conta, e repararam que o cometão estava ligado, com os faróis acesos, pronto para ir dar uma voltinha com eles, olharam dentro da padoca e o bigode (motorista do buzão) estava sentado de costas pra rua tomando um cafezinho, nisso Paragua chega e todos olharam pra ele, muito rápido por sinal Paragua vira e diz, “nem fodendo, dessa vez e cana na certa”, “mas pêra ai” diz Buga, “oh Toro, se tem carteira C não tem?”

“Tenho, mas não rola, não estamos tão xapados assim, nos vamos é ser presos”.Ai a voz da sabedoria diz “Vamos embora, logo, quem sabe um outro dia”.

Entraram todos no carro e foram para casa.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

livro livro porks - Contribuição do Julio - Testemunha de Jeova

Encontro Inusitado: Ciência, Religião e Coincidência

Hoje aconteceu-me algo deveras curioso. Estava eu lendo jornal na sala qd ouvi alguém bater palma no portão. Fui atender e olhando por uma janelinha do muro perguntei o que o cidadão desejava. Ele disse:

  -O senhor podeira abrir o portão para a gente conversar

  -E por acaso do que se trata - disse eu

  -É sobre a bíblia

  -Obrigado mas eu não tenho interesse.

  -O sr não tem religião?

  -Não

  -Mas o sr acredita em Deus?

  -Também não

  -Mas em que o sr acredita?

  -Eu acredito na ciência.

  -O sr é um cientista?...

  -Sou médico

  -Que bacana, eu sou físico

   Neste momento lembrei-me das palavras do meu pai e pensei que talvez valesse a pena ouvir algo que viesse desse cara, sem compromisso. Físico carola era novidade pra mim.

   Abri o portão e comecei a conversar o sujeito de + ou - 1,60 camisa de cobrador de ônibus e um lindo bigode.

  Nos apresentamos e em dois segundos esqueci o seu nome, lógico, na verdade acho que nem cheguei a ouvir ou ao menos nem prestei atenção.

  Começamos a conversar e ele me disse:

  -Como pode um médico não acreditar em Deus?

   Então eu disse: -Pois eu só abri o portão justamente para perguntar-lhe como é que pode um físico ACREDITAR em Deus?

   Ele deu risada e realmente não levou a mal a minha pergunta, pq se começasse a se comportar como um fanático incapaz de conversar ia ganhar uma bela porta no nariz.... Resolvi retribuir a atitude e olhar para aquele ser vestido de trabalhador do transporte público com menos preconceito do que o habitual.

  Esqueci de dizer que o nosso missionário estava acompanhado de um indivíduo de mais ou menos 1,90, facies de polaco cortador de cana do Paraná e talvez por ser tão desinteressante e visivelmente menos culto e com pior oratória nem lhe dei muita atenção. Mais tarde viria eu a descobrir que seu nome era José Carlos.

   Continuamos eu e o cobrador de ônibus a conversar, ele me contou que se formou em São Carlos, contei-lhe que sou ex-estudante de engenharia, falamos sobre ciência, medicina, religião, doação de sangue, entre muitos outros.... Ele, com um conhecimento impressionante do pequeno livro preto em suas mãos e com uma rapidez para encontrar textos no livro relacionados ao assunto sobre o qual versávamos muito maior do que a minha velocidade para achar o "A" no dicionário, tentava sempre me trazer para o caminho da salvação.

   Percebendo que o pequeno pregador me chamava pelo nome a todo instante resolvi, por educação perguntar-lhe:

  -Me desculpe, mas eu esqueci o nemo do sr?

 Qual não foi minha confusão qd ele me respondeu:

 -Sinézio.

   Revirando o imenso baú da memória e viajando por volta de oito anos atrás cheguei ao seguinte pensamento: Os únicos seres humanos que conheço com esse nome são a excelentíssima dona Sinézia, mãe do Paraguai, e um antigo professor de termodinâmica dos tempos de EQ.

   -O sr disse que é físico?...

   -Sim

   -Por acaso já deu aula na Unicamp?

   -Sim sou professor.

   -Acho que fui seu aluno.

-Vc fez EQ?

-Sim

  Não acreditava, o velho Sinézio virou crente desses que nos acordam aos fins de semana qd queremos dormir até mais tarde. Conversamos mais um pouco e então dispensei-lhe pq já tava chegando a hora do almoço. Mas foi uma manhã de sábado bem diferente das habituais, no mínimo interessante. E aprendi uma lição.

  Calma, não virei testemunha de Jeová. Nem mesmo ele me convenceu de acreditar em Deus. 

  A lição que eu aprendi é que sendo menos preconceituoso e ao invés de conversar pela janelinha eu abrir o portão, não necessariamente minha vida vai mudar mas posso ao menos ter uma boa conversa num sábado de manhã.

Abraços saudosos, Julio.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

E eu aqui atendendo telefone às 03:00 da manha

Atualização 2024 09 25

Como eu falava bosta! Ainda bem que nunca fui pro lado de empreender, todos amigos próximos que tentaram falharam. Deve ter que ter uma bela pitada de sorte

Tudo porque não tenho ideias inovadores, nem a porra do 'i' !!! Recebi um convite de casamento de um brother aqui do banco (fiquei muito triste afinal não o recebi dos noivos em mãos que moram no mesmo bairro que eu, mas ta valendo) mas o que é o "i" que nao tenho ?

Simples é colocar a letra i em tudo que é palavra é o maldito irroba do itau, os i dos produtos da apple, e por incrivel que possa parecer o i do site icasei... cara eu fiquei uns 5 minutos matutando pra entender o que o cara vende e fiquei pasmo o figura cobrar 50 contos por mes pra fazer um site de seu casamento, puta ideia sensacional !!! Eu perco usn bonde que vou falar pra voce, e tenho certeza que só deu certo o site do cara porque ele colocou o I no nome do site, deve dar sorte, lance de numerologia, seilá porque nao consigo entender como que deu certo. Um site de fazer site de casamento que da pra funcionar quase que sozinho e putz, seilá nao conpreendo ! Igual os carinhas que alugam ipad (esses nao lembrei o nome, mas deve ser ilugo, da ultima vez que li eles estavam com 500 tablets para aluguel) . Esse lance do i me faz pensar na minha fabrica de rodinhas de skate e depois de shapes, que abri com o Allan anos atras e ainda esta aberta hoje (maldita burocracia e contador idem) enfim, to até pensando em cancelar o processo de encerramento da fabrica que no papel ainda esta ativa sendo que o pedido de fechamento data de 2007, e mudar o nome de A Roda Skate Wheels para I Roda ! tenho certeza que daria certo !!! E como o nome esta ok é só achar um ideia show de bola e começar a ganhar dinheiro, tipo um serviço de pô nao tenho ideias inovadoras a esse ponto, sempre penso em produtos, na minha loja de roupa pra gordo, ou na minha micro Visanet, em alguma franquia de qualquer coisa, numa loja de bolo, mas é tudo fisico tem que ter funça, fornecedor, vendedor, loja, esses lance de ideia mesmo nao rola... meus parabens pro Genio do icasei (espero que tenha conseguido juntar uma graninha, porque com ideias inovadoras ou voce patenteia e corre atras do prejuizo de quem esta copiando - e que nao vai dar nada - ou arrebenta de ganhar dinheiro na largada, sendo essa a unica opção na real...) e pra todos os outros que virão com ideias "I" que pelo que entendi é criar um produto ou serviço que ninguem precisa, mas se voce nao tiver as pessoas olharao voce com outros olhos, tipo um casamento sem um site... E se possivel venda uma assinatura nunca uma parada de pagamento único (tipo um iphone - como diria o Julio ! Afinal só dura 1 ano mesmo, então o que fazemos ao comprar um iphone é realizar uma assinatura !

Ai ai, viajei, mas precisava porque fiquei de queixo caido com o produto/serviço oferecido pelo icasei ! Simplesmente S E N S A C I O N A L !

Sem contar no outlet premium de Brasilia que fica em Alexania/GO, na lei que proibe minha pizza da domino chegar em 30 minutos e o cara da franquia de aguas claras aproveita e na terça (dia do mendigo) chega a demorar 1:30 - 2 horas pra entregar a pizza ou mesmo na outra lei que vai obrigar os carros a terem rastreador de fabrica... é tudo errado, mas o "I" é o que vale !

Tipo o cara do GEL4 nao ficou rico e o produto dele era e acho que ainda é muito superior ao da tray, mas a tray cobra mensalidade e os carinhas estao milhonarios e o cara do GEL deve estar igual eu trabalhando pros outros... mesmo tenho uma ideia sensacional, seilá é complicado, tem que ter um monte de fator junto incluindo sorte, preparo, oportunidade, grana, e mais uma infinidade de fatores que mesmo colocando tudo no papel/projeto antes pode sair dos eixos tipo o miqueias da eptg, ou mesmo o subway do lado do posto que ta sempre lotado ou mesmo o bolo do flavio que sao respectivamente um fator externo que zicou um negocio bem estruturado, e 2 fenomenos sem explicacao.

Fui,

Buga, com sono.