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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Dois anos atrás comecei num emprego novo, mas esse texto nao é sobre isso!

Meu primeiro emprego e trajetória no Banco do Brasil

Meu primeiro emprego e acho que deva ser o mais duradouro da minha vida foi no Banco do Brasil.

Até 2005 eu trabalhei em agências bancarias majoritariamente como caixa, atuando na retaguarda do atendimento, quase nunca atendia clientes, trabalho rotineiro, repetitivo, operacional puro, sem grandes variações das tarefas, eu adorava! Meu horario de trabalho foi diferenciado por muito tempo, conseguia fazer a faculdade de manha, trabalhava a tarde e de noite voltava pra faculdade. Teve um ano que deu ruim esse esquema porque teve apagão de energia eletrica e resolveram que os bancos iam abrir as 9 da manha, ai dancei, nao teve jeito, a agencia ia fechar as 5 e eu tinha que entrar no máximo as 11, deixei de fazer algumas matérias que estavam no gatilho naqueles 2 semestres. Tirando esse periodo do apagão, no geral foi esse o esquema durante a faculdade.

Eu morava com o Boy desde que entramos na faculdade em 98, mas a gente colava direto no ap do Poin, do Guidi e do Matheus porque lá ficava o video cassete, o computador e posteriormente o DVD que lembro como se fosse ontem o dia que fomos comprar ele no Carrefour da Dom Pedro, paguei com carnê! Grana sempre foi bem regrada, minha mae ajudava com o aluguel e o condominio (eu acho, nem lembro mais direito, ela pagava direto pra mae do Boy), seu Irá longe disso, desde que me lembro por gente finanças nunca foi o forte dele, depois de velho uma vez conversando com ele, ele acha que nunca na vida gastou menos do que ganhava, seu Irá aparecia de vez em quando sempre pedindo uns cheques pra rolar alguma divida e pra eu comprar um carrinho financiado no meu nome pra ele, que ele ia pagar e tals, igual os cheques que nao iam voltar, mas enfim eu ficaquei fugindo do oficial de justiça por algum tempo... sapeca queria tomar de volta pro banco só porque seila pagou só as 3 primeiras parcelas, esse aqui deu pano pra manga e no final das contas minha mae que me salvou dessa, tipo acordo com advogado e tudo certo, foi por pouco que nao me mandaram embora do banco nessa época, afinal de contas era justa causa funcionario com descontrole de financas com cheque devolvido, nome no CCF, SPC, Serasa, dureza, bom que nessa época era tanta coisa acontecendo junto que nem dava muito tempo pra pensar na zona que ficou minha vida financeira por alguns anos.

Sei que em 2002-2003 a gente mudou de apartamento e foi morar junto com o Tadashi e o Marcelo ali no Primavera, nessa época minha mãe parou de ajudar com as contas. Mas tenho que deixar registrado que ela sempre falou pra eu largar o banco e fazer estagio, depois pra fazer trainee, de largar por largar e tentar trabalhar com outra coisa, mas nunca deu certo, sempre que tava nos finalmentes rolava um, veja bem... coisas da vida.... Em janeiro de 2004 fui morar com a Ju, voltando pros estudos....eu me formei em Engenharia Química aqui na Unicamp no meio do ano, não posso afirmar que nunca trabalhei na área, afinal de contas fiz estagio na ACME, montamos uma fabrica de rodinhas de skate do zero, compramos uma de shapes... então um pouco de experiência posso dizer que tive, mas foi bem pouco.

Bom, a vida era bem corrida nessa época, lembro que eu estava tocando a fabrica, fazendo MBA, ingles, mestrado e graduação tudo junto, o ano era 2005.

O emprego no banco sempre me pagou o suficiente pra eu nao conseguir sair dele!

Quando fui atrás de estágio bateu o desespero, sem estagio nao me formava e com estagio as contas nao fechariam.... A solução foi arrumar um bem bolado nas ferias e finais de semana, pro bono, com objetivo claro de estagiar as horas necessarias para cumprir os requisitos da faculdade, o estágio foi bem da hora, aprendi um mundo novo, o mundo do poliuretano e devo dizer foi nele que tive a ideia pra montar a fabrica de rodinhas pouco tempo depois.

Os programas de trainee eram bem interessantes, mas sou totalmente avesso a processos seletivos, tenho sérias limitações, lembro de ficar extremamente ansioso, tinha tremores, falta de ar, as mãos suavam, gaguejava, era um show de horror pra mim, simplesmente nao consigo participar de dinamicas de grupo e todo o teatro envolvido, lembro de ter comentado isso no discurso da formatura. Cheguei a ir embora no meio de uma dinamica de grupo que um ser ia ser o tubarao e os outros nadariam no chao fugindo dele...Enfim, cheguei a participar de alguns processo de trainee, mas em virtude do exposto acima, dificilmente passaria, e mesmo se tivesse dado bom, talvez nao desse pra encarar 'largar o banco', o salario no banco e o do trainee, com rarissimas exceçoes eram iguais, sem falar que a fábrica ja estava rodando e um trabalho em tempo integral ia complicar bastante o fino ajuste das engrenagens da minha vida.

Quando fui fazer mestrado ai foi desesperador, a bolsa era algo em torno de 1/5 do meu salario, abdiquei da bolsa e continuei trabalhando no banco, resignado.

Ai no final de 2005 uma reviravolta.

Eu tinha feito um processo seletivo, viajei até curitiba pra participar (aproveitei e visitei o Jean na ocasiao), pra ir trabalhar com computação, la em Brasilia na diretoria de tecnologia, nesse processo era tipo pra habilitar a gente pra poder ir, se tivesse vaga e quando tivesse chamariam a gente, nao demorou nem 1 ano, a Paula ligou falando que eu ia e fiquei tao pasmo que sequer peguei os dados dela pra retornar com duvidas e tals, foi só aguardar e um dia chegou a convocação.

A Ju ainda tava fazendo residencia, eu tava fazendo a graduacao em quimica, o mestrado em degradação de polimeros, o MBA na FGV de executivo em financas pelo banco e a fabrica quase engrenando, tudo indicava que eu continuaria estudando, tocando a fabrica e esperando um dia poder 'largar' o banco e ficar só com a fabrica ou mesmo virar professor, seila, nao tinha um plano, tava seguindo na inercia do que foi acontecendo.

Resumindo objetivamente o que aconteceu, a Ju descolou uma republica pra eu morar lá no Cruzeiro até ela terminar a residencia e ir pra la morar junto comigo. Me mudei com o Uninho abarrufado de coisas, a Ju foi meses depois com a mudança de caminhao que acabamos deixando num guarda moveis, que me protestou uns boletos na louca e quase me fez perder o trampo, mas assim que descobri os caras resolveram. Voltando, compramos um AP sem ver, antes mesmo de ir pra Brasilia, só tinha umas fotos no site da cooperativa e vamos lá, vai dar, vendemos o Palio e demos a entrada. Era pra entregar seila em maio mas atrasou coisa de um ano, um ano e meio, a Ju arrumou emprego em formosa, mudamos pra lá, de formosa pra brasilia era coisa de 70km, demorava uma hora pra ir pro serviço e umas 2 pra voltar. Era bem corrido, mas tava valendo. As vezes eu ia de carro, poucas, na maioria das vezes era de onibus mesmo, que o banco até ressarcia, sabe-se la como mas pagava. tinha mototaxi por la, anos luz a frente do seu tempo, agora 2025 que ta bombando os uber moto e o 99 moto.

Bom, ai nesse meio do caminho acabei deixando mao da quimica, da fabrica, de virar professor, da engenharia e acabei virando domador de dinossauros, quer dizer, eu virei um programador Cobol!... Trabalho esse que me acompanhou por mais de uma década, até que fui trabalhar no Original e nunca mais programei nada e virei meio que um analista de negocios, funcional, seila que raio de nome que tinha, o que eu fazia era deixar o sistema de compras e saques com cartao funcionando!

E foi isso ai.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Mudar sem sair do lugar, nunca fui de usar as asas, sou mais de aprofundar a raiz.

Mudar sem sair do lugar, nunca fui de usar as asas, sou mais de aprofundar a raiz.

Lá nos idos de 1997 eu resolvi que estudaria na faculdade química, queria mesmo, eu acho, era fazer química, trabalhar em laboratório, fazer experimentos... mas não rolou, lembro claramente de minha mãe se opondo a eu estudar química, onde já se viu?! Trabalhar em laboratório ou numa fábrica e morrer de câncer ou na melhor das hipóteses virar professor! Jamais segundo ela! Meu pai não dá pitacos, muito menos nessa área, tanto que não se opôs quando meu irmão quis fazer faculdade de games alguns anos mais tarde e games nem era nada perto do que é hoje, teria dado muito certo, mas a mamãe dele, assim como a minha, também vetou.

Bom, voltando, como não deu pra eu estudar química, vamos achar uma alternativa, fui de engenharia química, na inocência de que aprenderia um pouco de química e ainda teria o título de engenheiro pra deixar minha mamãe orgulhosa, de ter um engenheiro na família!

Eu não sabia direito o que um engenheiro químico fazia, hoje 30 anos depois meio que continuo sem saber, na real, acho que ninguém sabe ao certo.

Vestibular e escolhas

Mas lá fui eu, o Enem não existia, a gente tinha que fazer um montão de vestibular, era bem exaustivo, mas eu gostava, no segundo ano, já tinha feito prova de treineiro na Fuvest e na Unicamp e tinha ido bem, fiz uns 6 meses de cursinho no Etapa lá da Ana Rosa num horário bem nada a ver, mas que casou certinho com minhas necessidades, era tipo das 4 às 9, o colégio era 'integral full' no terceiro ano, das 7 às 3 então dava certinho pra eu pegar o metrô no Belém e ir. Chegava em casa moído e no dia seguinte bora pra rotina de novo. Ah, de sábado tinha aula extra pra quem ia prestar ITA, grande decepção, na primeira prova tirei 4,8 e já estava eliminado, mas não tinha como saber e fiz tudo os outros dias de prova. Mas a publicação não era pra ser sobre vestibular, e sim sobre o mudar.

Bom, saíram os resultados na USP, não lembro direito como que funcionava a escolha das engenharias na Fuvest, mas sei que passei pra fazer engenharia civil, antes disso eu tinha me matriculado em Lorena, eu não, minha mãe fez essa pra mim, nem lembro como, mas ela foi lá e me matriculou, mas como era longe e acabei tropeçando na USP, bora de engenharia civil mesmo, aí um mês depois nem isso saiu a primeira lista da Unicamp e tava lá de engenharia química, bom, fui! Agradecimentos aqui pra Camilla Passarella Lazzarato, que estudava comigo no Agostiniano e também passou na Unicamp pra fazer Engenharia de Alimentos, mãe dela excepcional, ser humano diferenciado, me tratou super bem, me deu suporte num dia que foi bem doido mesmo, enfim, a Camilla encontrei com ela algumas vezes na faculdade, depois nem notícias, acho que tá nos EUA casada e com filho, vivendo o American Dream. Na parte da USP agradecimento ao Vinicius Kasabkojian, camarada do inglês que me deu carona nas 3 semanas que estive por lá, idem a Camilla, sem notícias há décadas.

Bom, post pausado no desenvolvimento porque fui pesquisar sobre os agradecidos e não são usuários ativos de redes sociais, então não deu pra atualizar, mas mandei umas mensagens que, quase certo, não serão respondidas.

Engenharia Química e tentativas na Química

Voltando ao cerne, acabei que cursei Engenharia Química na Unicamp, turma de 1998, me formei no longínquo agosto de 2004. Rolou uma vez só um encontro grande dos colegas, acho uma pena não ter encontros habituais, galera era gente fina, tem uns que ainda vejo, mas não na frequência que eu queria, vida de adulto é complicada.

Nesse mesmo ano, fiz prova pra ingressar no mestrado da química e também fiz vestibular pra cursar química, afinal continuava com vontade de ser químico.

Resumo, em 2005 tava eu fazendo matérias do mestrado e da graduação (essa com um mega hiper bug na Matrix, que eu tava na sala da irmã do Boy), o projeto do mestrado era bem bom, tipo de fotodegradação polimérica, tava muito incipiente ainda, mas hoje são as sacolinhas de mercado que desmancham em menos de mês.

Reviravoltas profissionais

Em 2006 a vida deu uma reviravolta, em 2005 apareceu uma 'publicação' na 'agenda de notícias' do trampo que estavam precisando de gente pra trabalhar lá em Brasília com computação e que ia abrir um processo seletivo, li as regras tudo e em nenhum lugar falava que precisava ser formado em computação ou algo assim, enfim, fiz o processo, em Curitiba, aproveitei e visitei o Jean, creio que foi a última vez que o vi, tentei achar aqui ele nas redes, mas nem isso, galera com nome 'normal' não dá pra achar, cidadezinha gostosa lá viu, São Bento do Sul. Foi o dia todo de entrevistas, eu e mais 5, passaram eu e um outro figura só, Japonesa do demônio, deixou claro que não era pra eu ir, mas os outros 2 gerentes apostaram as fichas em mim, não decepcionei! Ah, dos que não passaram, o Everisto apareceu lá na Ditec uns anos depois e acabou voltando pra casa um pouco antes de mim.

Conversei com o De Paoli, meu orientador do mestrado pra ver se conseguia continuar o mestrado lá por Brasília, não rolou e lá na UNB não achei, na verdade nem fui atrás direito, mas o mestrado ficou pra depois... a graduação em química não dava pra transferir, então fui fazer vestibular, não passei, é aquelas prova do demônio do CESPE de uma errada anula uma certa, eu com 26 anos não tinha como não chutar, resultado, minha nota não valeu nem pra lerem a redação, desencanei da química.

BB, mainframe e novas formações

No BB passei por um 'curso de formação' para aprender a trabalhar com o desconhecido COBOL e o incrível mainframe, nem quem tinha feito curso de computador na faculdade saberia trabalhar sem ter feito o treinamento, fui alocado pra trabalhar no autorizador de cartão e o resto é história.

Acho que em 2011, não lembro ao certo e não vejo necessidade de pesquisar pra ser certeiro, o Michel que tava fazendo alguma outra graduação lá na UNB, acho que a primeira dele era computação e ele tava fazendo administração, acho que era isso sim, fui até na formatura dele, carinha gente fina, curtia bastante ele, falo com ele bem menos do que deveria, virou bolsonarista de carteirinha! Nem deve ter tomado vacina do Covid... deixa eu perguntar, perguntei!

Complementando, teve vestibular de vagas remanescentes pra quem tivesse diploma de ensino superior, fui lá e fiz, gostei bastante da prova, fazia uns bons anos que eu não fazia nenhuma, era escrita, teve até um exercício com integral e eu acertei! Tava enferrujado, mas deu bom. Em 2012 retomei meu projeto de me formar em química, a Ju tava junto em todas essas doideiras, lembro da gente indo fazer a matrícula com o Vinny no colo!

Primeiro semestre foi bem diferente, como eu já tinha um zilhão das matérias básicas de exatas já cursadas, fui só de humanas... pedi equivalência, nessa o Tadashi ajudou lá de Campinas em pedir pra Unicamp as ementas e meu histórico completo que precisavam na UNB impressos! É, os tempos eram cruéis e difíceis, burocracia ainda era em papel... agradecimento aqui ao japonês também, nessa época ele ainda não tinha formado, faltava um nadica, mas ainda não tava formado.

O segundo semestre foi igual ao primeiro porque não tinham finalizado o processo de equivalência, lembro até de ter reclamado na ouvidoria da faculdade e mesmo assim nada, só saiu as equivalências no terceiro semestre, mas aí já era tarde, no final de 2013 retornamos pra 'casa'.

Novas tentativas e pandemia

Em 2016, já licenciado do BB, resolvi fazer faculdade de TI, afinal de contas já havia uma década que eu trabalhava com computação e não tinha um certificado/diploma que fosse, minto, tinha um de mainframe da IBM que fiz lá em Brasília quase que junto do Bulats de inglês. Como diz minha sogra, nada melhor pro Buga voltar a fazer faculdade do que o nascimento de um filho!

Lá fui eu fazer "Gestão da Tecnologia da Informação" na Fatec ali do lado do cemitério.... Curso interessante, curti, outro bug na Matrix, tava na mesma sala da menina que, esqueci o nome, mas já já eu lembro, anos mais tarde tava lá numa sala de reuniões do Itaú. Bom, comecei a ter que ir pra Sampa pra trabalhar no Itaú, a faculdade ficou pra depois. No final de 2018, resolvi que ia terminar química, fiz o vestibular na Unicamp e tô lá matriculado em 2019, em licenciatura em química. Nesse meio tempo aí teve uma prova da Unicamp de vagas remanescente mas não passei na segunda fase de provas específicas, tinha uma prova de fim de curso de física 3, quase entreguei em branco, triste, não passei... bom, tá lá eu felizão, fazendo matérias de humanas, Vinny andando de patinete da Yellow na Unicamp, tudo indo bem, dessa vez eu formo, que nada! Bora trabalhar em Sampa de novo, agora fixo e até quando eu aguentar, isso era junho de 2019, fiz só 1 semestre de química nesse meu retorno, falta tão pouco... um dia, um dia termino! Na real eu mandei mal, porque se tivesse ido atrás, quer dizer, deixa pra lá, o "pé de se" não faz parte do universo que vos escrevo.

Bom, aí veio a pandemia e no final de sei lá que ano, fiz a prova da Petrobras de engenharia química, deve ter uma meia dúzia a dúzia cheia de contemporâneos da Unicamp que estão por lá, da minha turma são especificamente 4, que pedi ajuda antes de entrar pra ver se dava pra ter uma certeza que eu viria aqui pra refinaria de Paulínia, mas descobri depois que não tem como ter ideia de como funciona a firma, é muito engessada, bem mais que o BB, mas fui lá eu, fiz a prova e vishi, deixa pra lá que não deu, não estudei, conferi o gabarito e deu metade da prova mais um pouquinho, foi legal ter feito, mas passar no concurso não ia rolar.

Retorno à engenharia e raízes

Aí em novembro de 2022 chega um e-mail e 3 dias depois um telegrama me convocando pra assumir a vaga do concurso, não entendi nada, foi uma decisão daquelas, mas que tinha que ser tomada e caiu na hora certa, sendo que hora certa é qualquer hora, sempre! Natalia, a mina da faculdade e do Itaú chama Natalia, da época do Itaú acho que só tenho contato com o Jheimes que encontro esporadicamente sem combinar umas 2 vezes por aí e a galera da Stefanini, a grande maioria nem notícias tenho mais.

Bom, lá fui eu trabalhar com engenharia química 20 anos depois de formado, assim como no BB quando cheguei em Brasília, na Petrobras também teve curso de formação pra aprender a trabalhar, fiquei morando no Rio de Janeiro quase 1 ano e sem saber qual seria meu futuro, só sabia que se não viesse trabalhar aqui em Paulínia não ia ter jeito de trabalhar na Petrobras, aí no meio pro final do curso, lançaram um projeto piloto pra trabalho remoto integral, li as regras e tava tudo ok pra eu pedir, assim que terminou o curso eu ingressei no trabalho e em janeiro de 2024 eu já estava 'de volta' pra casa.

Hoje, fevereiro 2025, não sei se vou um dia terminar a química, não tem muito porque, dificilmente trabalharei com química, e muito menos serei professor, então vida que segue, tem umas coisas que a gente quer que nem sabe direito o porque.

É isso, tô de volta pra casa.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Quando eu passei duas vezes no concurso do Banco do Brasil

E não é que eu nem lembrava que tinha passado duas vezes no concurso do BB ?!?!!?!

O site que mostra a aprovação é o

https://www37.bb.com.br/portalbb/resultadoConcursos/resultadoconcursos/arh0_lista.bbx?cid=730565

Captura de tela de minha dupla aprovação no Banco do Brasil
Figura1: Aprovado no BB duas vezes!

O texto que escrevi ta aqui embaixo,... -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------...

Ia ser uma publicacao normal, mas nao rolou porque passa da quantidade de caracteres que a plataforma do linkedin permite...

A Ju conversou comigo hoje cedo sobre sair de um emprego e depois voltar pra ele, acabei divagando aqui na conversa e me afloraram algumas memorias que vou registrar pra não esquecer.

Consegui lembrar que vivi essa situação ao menos uma vez, quando prestei serviço pra IBM e voltei depois de um breve periodo na CI&T, que até hoje ainda não sei ao certo porque pedi pra sair e que é disparado a melhor firma que trabalhei, pode perguntar pro meu filho Vinicius e pro proprio dono, o Cesar Gon, que quando me desliguei, fiz questão de achar ele pra dizer isso pessoalmente!

As minhas passagens pela IBM foram tranquilas, tenho amigos que levo até hoje, ontem mesmo troquei ideia com a Greicy que esta lá no Banco Itaú há quase 5 anos, me peguei pensando que o tempo voa... quando dei um trampo lá no CTO do Itaú almoçei com ela e isso ja deve fazer uns bons 3 - 4 anos.

Na CI&T arrumei amigos novos, e reencontrei muitos outros que eu tinha trabalhado na sede da Stefanini em Jaguariuna, aqui do lado de casa, que foi o meu primeiro trabalho fora do mundo do funcionalismo público, valeu Valfredo, pela oportunidade!

Lembrei tambem de um caso muito peculiar e inusitado, eu um xóven com seus 20 e poucos anos, trabalhava feliz e contente na agencia Barão de Itapura do Banco do Brasil aqui em Campinas, um dia o gerente saiu pra ir seilá pra onde... e coincidencias da vida e parafraseando o poeta 'a gente sempre se encontra duas vezes na vida' e o mundo é pequeno; hoje trabalho de novo com ele no Banco Original.

O gerente que entrou no lugar não era um cara facil de lidar, cobranças descabidas, criticas na frente de todos, metas irreais, obrigação de fazer horas extras... não era só um sentimento meu, era geral. Eu me ferrei com o chefe novo, logo que ele chegou resolveu trocar meu horario, eu tava de boinha trabalhando minhas 6 horinhas de jornada de bancario, do meio dia as 18:15, conseguia ir pra Unicamp nas aulas de manha e de noite.

Com o passar do tempo a galera foi saindo, saindo leia-se trocando de agencia, eu tentei, tentei muito, mas não rolava, à época, o Amarelinho não tinha um processo claro para movimentação de funcionario sem comissão, que era meu caso, escrevi pra gestao de pessoas regional, nacional e pro diretor de pessoas, nada de alguem me ajudar.

Ai dei uma sorte daquelas e achei a solução, eu mesmo! Fui fazer o concurso de novo do Banco do Brasil e pensei que se eu passasse deveriam me chamar pra alguma agencia aqui da região, eu estava topando qualquer parada, tava muito ruim o clima na agencia e meu trabalho em si.

Hoje a galera chama a situação que eu vivi de "ambiente tóxico de trabalho" e "assedio moral", lembrei que até meu poster do matrix que eu tinha no meu cafofo lá na agencia o gerente novo mandou tirar.

Enfim, passei no concurso, mas antes de me chamarem pra tomar posse eu consegui uma transferencia pra um projeto piloto de agencias nivel 5, fiquei uns meses trabalhando com a Graça lá na superintencia no centro e montamos a agencia no Shopping Dom Pedro, foi uma delicia, trampinho gostoso, do lado de casa, no meio do caminho de casa pra Unicamp, horario certinho do meio dia as 6 de novo, foi uma das melhores épocas que tive no amarelinho.

Um dia me ligaram pra avisar que eu tinha passado no concurso e que tinha seila uma semana pra me apresentar e tomar posse... adivinha onde ?!?!?!?!?!

Enfim, fiquei alguns anos na agencia do Shopping, acabou que mudou todo mundo, eu tinha me formado, estava crente na minha cabeça que eu seria promovido e puf, chega um novo gerente, perdi o tesão... e acabei voltando pra Barão de Itapura, pra trabalhar num posto de atendimento que tinha naquele Elefante Branco da Dom Pedro, o CTI e acabei ficando, seila, acho que nem 3 meses que foi quando a Paula me chamou pra ir pra Tecnologia lá em Brasilia, em um processo seletivo interno que outro dia eu conto, por Brasilia fiquei longos anos, aprendi um oficio novo, dois na verdade e como tudo na vida se repete, eu novamente achei que seria promovido, dessa vez era certo, o Mané tinha prometido e tudo na minha cabeça levava a crer que seria mesmo, mas ai o Perez aposentou e junto com ele sua vaga de AP-4, puf, perdi o tesão de novo.

Depois dessa, acho que fiquei mais 1 ano no BB e pedi pra sair. Tinha deixado de ser concursado, 'funcionario publico', bancario e me tornaria um programador, analista, engenheiro de software, o nome que o valha!

Até que virei bancario de novo, agora no Banco Original.

Resumo da ópera, se nao esta legal, tente mudar, pode demorar, um dia voce consegue!

Mude de setor, de empresa, de atividade!

Só nao saia batendo portas e brigando com a galera porque pode ser que um dia voce volte, por vontade propria ou por simples destino!

E quando voltar, se voltar, as coisas não serao as mesmas, muitas pessoas ja nao estarao por lá e talvez os motivos que te levaram a sair nem existam mais.

É isso, no final das contas eu continuo fazendo amigos no trabalho!...

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lá no linkedim mesmo

https://www.linkedin.com/posts/buga-lu_saia-numa-boa-vai-que-um-dia-voc%C3%AA-volta-activity-6950591226962149376-5rX1

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Saia numa boa, vai que um dia você volta!

Resumo: Buga compartilha memórias de mudanças de emprego na IBM, CI&T e Banco do Brasil, refletindo sobre ambiente tóxico e conselhos pra carreira.

Memórias de Carreira: Mudanças, Ambiente Tóxico e Lições

Ia ser uma publicação normal, mas não rolou porque passa da quantidade de caracteres que a plataforma do linkedin permite...

Contexto da Reflexão

A Ju conversou comigo hoje cedo sobre sair de um emprego e depois voltar pra ele, acabei divagando aqui na conversa e me afloraram algumas memórias que vou registrar pra não esquecer.

IBM e CI&T

Consegui lembrar que vivi essa situação ao menos uma vez, quando prestei serviço pra IBM e voltei depois de um breve período na CI&T, que até hoje ainda não sei ao certo porque pedi pra sair e que é disparado a melhor firma que trabalhei, pode perguntar pro meu filho Vinicius e pro próprio dono, o Cesar Gon, que quando me desliguei, fiz questão de achar ele pra dizer isso pessoalmente!

As minhas passagens pela IBM foram tranquilas, tenho amigos que levo até hoje, ontem mesmo troquei ideia com a Greicy que está lá no Banco Itaú há quase 5 anos, me peguei pensando que o tempo voa... quando dei um trampo lá no CTO do Itaú almocei com ela e isso já deve fazer uns bons 3 - 4 anos.

Na CI&T arrumei amigos novos, e reencontrei muitos outros que eu tinha trabalhado na sede da Stefanini em Jaguariúna, aqui do lado de casa, que foi o meu primeiro trabalho fora do mundo do funcionalismo público, valeu Valfredo, pela oportunidade!

Banco do Brasil e Ambiente Tóxico

Lembrei também de um caso muito peculiar e inusitado, eu um xóven com seus 20 e poucos anos, trabalhava feliz e contente na agência Barão de Itapura do Banco do Brasil aqui em Campinas, um dia o gerente saiu pra ir seilá pra onde... e coincidências da vida e parafraseando o poeta 'a gente sempre se encontra duas vezes na vida' e o mundo é pequeno; hoje trabalho de novo com ele no Banco Original.

O gerente que entrou no lugar não era um cara fácil de lidar, cobranças descabidas, críticas na frente de todos, metas irreais, obrigação de fazer horas extras... não era só um sentimento meu, era geral. Eu me ferrei com o chefe novo, logo que ele chegou resolveu trocar meu horário, eu tava de boinha trabalhando minhas 6 horinhas de jornada de bancário, do meio dia às 18:15, conseguia ir pra Unicamp nas aulas de manhã e de noite.

Com o passar do tempo a galera foi saindo, saindo leia-se trocando de agência, eu tentei, tentei muito, mas não rolava, à época, o Amarelinho não tinha um processo claro para movimentação de funcionário sem comissão, que era meu caso, escrevi pra gestão de pessoas regional, nacional e pro diretor de pessoas, nada de alguém me ajudar.

Aí dei uma sorte daquelas e achei a solução, eu mesmo! Fui fazer o concurso de novo do Banco do Brasil e pensei que se eu passasse deveriam me chamar pra alguma agência aqui da região, eu estava topando qualquer parada, tava muito ruim o clima na agência e meu trabalho em si.

Hoje a galera chama a situação que eu vivi de "ambiente tóxico de trabalho" e "assédio moral", lembrei que até meu poster do Matrix que eu tinha no meu cafofo lá na agência o gerente novo mandou tirar.

Enfim, passei no concurso, mas antes de me chamarem pra tomar posse eu consegui uma transferência pra um projeto piloto de agências nível 5, fiquei uns meses trabalhando com a Graça lá na superintendência no centro e montamos a agência no Shopping Dom Pedro, foi uma delícia, trampinho gostoso, do lado de casa, no meio do caminho de casa pra Unicamp, horário certinho do meio dia às 6 de novo, foi uma das melhores épocas que tive no Amarelinho.

Um dia me ligaram pra avisar que eu tinha passado no concurso e que tinha seilá uma semana pra me apresentar e tomar posse... adivinha onde?!?!?!?!

Enfim, fiquei alguns anos na agência do Shopping, acabou que mudou todo mundo, eu tinha me formado, estava crente na minha cabeça que eu seria promovido e puf, chega um novo gerente, perdi o tesão... e acabei voltando pra Barão de Itapura, pra trabalhar num posto de atendimento que tinha naquele Elefante Branco da Dom Pedro, o CTI e acabei ficando, seilá, acho que nem 3 meses que foi quando a Paula me chamou pra ir pra Tecnologia lá em Brasília, em um processo seletivo interno que outro dia eu conto, por Brasília fiquei longos anos, aprendi um ofício novo, dois na verdade e como tudo na vida se repete, eu novamente achei que seria promovido, dessa vez era certo, o Mané tinha prometido e tudo na minha cabeça levava a crer que seria mesmo, mas aí o Perez aposentou e junto com ele sua vaga de AP-4, puf, perdi o tesão de novo.

Depois dessa, acho que fiquei mais 1 ano no BB e pedi pra sair. Tinha deixado de ser concursado, 'funcionário público', bancário e me tornaria um programador, analista, engenheiro de software, o nome que o valha!

Até que virei bancário de novo, agora no Banco Original.

Conselhos Finais

Resumo da ópera, se não está legal, tente mudar, pode demorar, um dia você consegue!

Mude de setor, de empresa, de atividade!

Só não saia batendo portas e brigando com a galera porque pode ser que um dia você volte, por vontade própria ou por simples destino!

E quando voltar, se voltar, as coisas não serão as mesmas, muitas pessoas já não estarão por lá e talvez os motivos que te levaram a sair nem existam mais.

É isso, no final das contas eu continuo fazendo amigos no trabalho!

sábado, 24 de abril de 2021

Marcos e Comemorações - um post do facebook

Resumo: Buga conta a história de um whisky Johnnie Walker Blue guardado para ocasiões especiais, lista marcos pessoais e reflete sobre celebrar o cotidiano.

O Whisky que Nunca Abri: Uma Reflexão sobre Celebrar o Cotidiano

A Garrafa de Johnnie Walker

Comprei um whisky há muitos anos, acho que é um dos artigos que me acompanha há mais tempo, mais antigo que ele só a minha caixa de memórias e fotos reveladas mas essas estão na casa de mamãe Eliana.

O Jhonny Walker chegou há muito tempo, o pai do Marcelo que comprou em alguma viagem dele pro exterior, não lembro o porquê que pedi pro pai dele comprar e trazer, sei que paguei lá uns tantos dólares pela garrafa e fiquei com o pensamento de abri-la em momento futuro, em uma ocasião especial, um março, algo do tipo, para celebrar mesmo.

A fábrica de skates produz a primeira rodinha e o primeiro shape, nem lembrei do scotch ou se lembrei deixei pra próxima.

Marcos Pessoais sem o Whisky

Eis que vou morar com a Ju e não abri a garrafa, me formei e não abri, passei no vestibular e no mestrado aqui na Unicamp e não abri...

Fui padrinho do casamento do Allan e não tomei o uísque.

Terminei MBA na FGV,

Mudamos para Brasília e não abri na nossa despedida, compramos nosso apartamento e não comemorei tomando o whisky.

Fomos capa do jornal impresso Correio Brasiliense, acho que no aniversário de 50 anos da cidade... Tenho o jornal emoldurado, mas não abri a caixa do whisky.

A Ju passou no concurso da secretaria de Saúde do GDF...

Fui padrinho no casamento do Andre e da Carol.

Compramos nosso primeiro e único carro zero Km,

Meu pai conseguiu emprego na prefeitura depois de um bom tempo sem trampo, não comemorei.

Desmaiei no altar do casamento da Ma e do Du... Fomos padrinhos, o uísque continuou na caixa.

O Vinny nasceu,

Passei na UnB,

Os Pork's vão pra Brasília conhecer o Vinícius, nem lembrei de abrir o whisky.

Meu irmão teve uma parada cardio respiratória e não comemorei sua recuperação.

Minha irmã formou, meu irmão formou.

Fui promovido no serviço, ajudei a criar e fazer funcionar o cartão Amex no Banco do Brasil... e o cartão ELO, viajei pros States com o presidente do Banco do Brasil autorizando a viagem com publicação no diário oficial da união, ganhei um passaporte "oficial", baita marco na carreira... E o uísque nada, ali, na caixa, junto com outras bebidas no bar na cozinha.

Voltamos pra Campinas e não tomei o whisky na nossa despedida de Brasília.

Vivi um ano inteiro indo e vindo de Campinas pra São Paulo todo dia e não comemorei que conseguia ver minha família com frequência.

Fiz um treinamento inesquecível, me tornei educador corporativo, virei professor... de Cobol!

Pedi pra sair do Banco do Brasil e não tomei o whisky com meus amigos na minha despedida.

Mudo meu nome, crio o clã Buga... E ainda esperando um marco, um grande evento para comemorar com o uísque.

Termino uma pós graduação, passo no vestibular da Fatec para cursar computação...

A Ju toma umas 10 bolsas de plasma, a Helena nasce apagada... Tudo certo no final, o Jhonny Walker continua em sua caixa.

Meu pai realiza o sonho de ter um V8 de novo, veio me mostrar quando comprou, não comemorei.

Saio da IBM e vou trabalhar na CI&T, baita firma, negócio que a gente vê nas matérias de televisão, não comemorei...

A Ju consegue depois de muitas tentativas um emprego tão querido na indústria farmacêutica!

Volto pra IBM porque minha praia é mainframe e ia almoçar de novo com a Ju - igual nos tempos de Brasília!

Passo no vestibular da Unicamp...

Vou morar em São Paulo de dia de semana com meu pai... não comemorei.

Começou a pandemia e volto a morar aqui em casa, tava duro longe das crianças, da Ju, da Sheeva e da Sophia, sequer lembrei do uísque.

A caixa do Jhonny Walker me acompanhou no AP do seu Madruga, depois no 44, lá na Hermantino Coelho, na Jasmim, foi pra Formosa, pra 716 norte, pra Águas Claras, voltou aqui pra Barão Geraldo e eu esperando um grande marco pra abrir e comemorar!

Lição Final

Com certeza esqueci grandes marcos e acontecimentos que mereciam ser celebrados com esse scotch... Mas na real eu tinha que ter tomado era mesmo em um churrasco qualquer rodeado dos meus amigos e da minha família.

Não guarde os talheres e louças especiais para ocasiões especiais!

Todo dia é especial!

Ah, e o whisky é muito bom. Mas não tenho paladar, sou mais o licor de menta mesmo!

Wisky johnie walker blue label
Figura 1: Johnie Walker Azul

quinta-feira, 16 de julho de 2015

livro livro porks - o dia do totó

O Dia do Totó

Passam no Moriva (buteko clássico em Barão) para comprar umas cervas e 3 Góes, digo 3 Goes porque para não perder o costume o Julio arrumou confusão com uns cara que estavam no estabelecimento querendo comprar os mesmos últimos 3 vinhos, os outros individuos estavam de bem com a vida e não criaram muito caso com os Pork´s levando os últimos vinhos e tirando sarro da cara deles.

Foram pra casa do BJ, onde se preparariam para a festa e onde rolaria uma pré, um aquecimento para a festa, muitos estavam presentes, os Pork´s em peso, exceto pelo Lemão que tava na zoropa e o Amaral que ainda não curtia uma balada nos naipes da galera, a mulherada compareceu em peso. Rolou muito vinho, muita vodca, umas cervas e muito pó de guaraná (para manter a galera acordada).

A festa a qual esse conto se referencia é uma daquelas imperdíveis no meio universitário de Campinas e regiao organizada pelo pessoal da engenharia de alimentos da Unicamp, a festa é a conhecida e aclamada, festa do contrario.

Todos já travados prontos para ir para a balada, já eram umas onze e pouco, estava um frio de lascar, mas todos vestidos a caráter, a mulecada dava até gosto de ver, se fosse depender de virar traveco pra ganhar dinheiro, morreriam de fome. O buga não quis ir, disse que iria só no último ano e tal, coisa de boiola, mas ficou até o final do aquecimento.

O pessoal tinha acabado com tudo o que era alcoólico na casa do BJ e ainda não satisfeitos dão uma passadinha no starmart onde o Julio encontra com alguns conhecidos da medicina e os apresenta aos pork´s, tomam mais uma brejas e vão de encontro ao desconhecido.

Na fila da balada o BJ encontra a super trunfo e não perdoa embrulha nossa colega (Ana veterana) afinal ele já tinha catado ela em ocasiões muito melhores ou piores, depende do ponto de vista (sóbrio nesse caso significa pior, porque não tem desculpa.)

Ao entrar na balada só risada de ver as figuras que existem no mundo a que elas se prestam, nada como o tal do álcool... De cara pelo estado dos meninos fica fácil imaginar o que iria acontecer na festa, de tudo um pouco conforme sera apresentado abaixo.

Logo pra começar os Pork´s se espalham, algo involuntário, mas quando se esta xapado com um monte de gente em volta, você se perde com uma facilidade e uma rapidez inimaginável.... Foi so entrarem na balada e já estavam separados...

O BJ logo de cara se atraca com uma loira gorda e nanica, lucro !!! O Julio ainda não tinha se perdido do BJ, mas os dois já estavam a muitas piscadas dos demais, para não ficar pra tras o Julio embrulha a escrota da Lilica (sentiu ciúmes do BJ catar uma escrota e ele não... então se sentiu na obrigação de acompanhar o amigo).

O Paragua sabia ao certo onde estava, como chegou lá e o que deveria fazer, mas nessas horas aqui de cima agente da uma ajudada e uma luz chegou ao garoto e ele percebeu que encontrava-se numa festa e também partiu para o ataque. Tentou embrulhar algumas transeuntes, mas seu estado deplorável, não permitia e como não encontrou nenhuma mina no seu mesmo estado ou próximo a ele, resolveu inconscientemente deitar-se na grama e tirar um pequeno cochilo para relaxar, afinal estava muito cansado... o pequeno cochilo pretendido, rolou até as 5 e meia da manha quando os pork´s reunidos novamente para o retorno o encontraram.

O Bob não estava muito melhor que os outros 3 cavaleiros e para não partir corações nem morrer na praia saiu na captura e pelo que comenta-se era uma baranga daquelas que nem Deus lembra, mas para tirar a zica vale qualquer uma, e no caso especifico o bom é que sempre da pra colocar a culpa na maldita da cachaça.

A festa estava bombando de gente, mal da pra andar direito, tanto que voltaram a se encontrar as 5 horas da manha, tinham ido com o carro do Julio e estava faltando o Paragua, até que o encontram capotado na grama dormindo igual a Cinderela... O Julio e o Bj pra variar não queriam ir embora, não tinham quebrado nada nem realizado algum ato digno de ser lembrado, mas mesmo assim foram embora.

A postos, vão embora, a balada foi na Pachá uma casa noturna perto da Puc ao lado da Dom Pedro, naquela época era o Cabral Campinas. Na saída do estacionamento, umas barraquinhas e umas towers com cachorro quente e refrigerante para recompor o animo da galera, pois festa boa acontece de quinta feira e algums tem que ir trabalhar na sexta e outros raríssimos tem aula cedo e merecem uma boa refeicao pela manha depois de uma noite daquelas.

Eis que Julio avista um desses kidog, vendendo dog a um conto numa tower, palhaço do cara tava com a porra dum desses banquinhos de plástico branco baxotinhos no meio da rua, em poucos instantes Julio esta com o banquinho ao seu lado esquerdo muito perto do seu carro, não se sabe ao certo se o banquinho estava no meio da rua ou se o Julio chegou perto o suficiente da calcada para conseguir alcança-lo e num movimento mais rápido que o the flash abraça seu novo troféu e já joga pra dentro do carro.Já era !... Haviam faturado um banquinho de plástico de 50cm de altura super resistente que esta na casa do Julio até hoje, o banquinho é utilizado pela Ana (mãe do Julio) para apoiar o pé quando vai ler jornal (no qual ele aparece com a testa rasgada mas essa é uma outra historio e depois eu conto...).

Cabe aqui salientar que o cara ficou muito puto e começou a ter pit´s e gritava xingava e veja só o dialogo travado entre o cara do kidog e o Julio com a metade do corpo pra fora do corsa dirigindo e gritando.

K-dog: “FILHO DA PUTA !!!”

Julio : “UM ABRAÇO !!!”

Para os Pork´s o final de qualquer discussão no caso não houve discussao, mas o final de qualquer acontecimento acaba com essa frase, um abraço e eles não se agüentaram e foram cagando de rir embora e repetindo umas 300.000 vezes “Daí ele falou : Filho da Puta” e a resposta “ Um abraço”.

Esse conto poderia muito bem terminar por aqui se não fosse o tal do espírito pork´s de ser e essa facilidade que os cara tem em chamar a confusao pra eles e se ela não existe eles a criam...

Estavam indo numa boa em direção a Barão Geraldo, o Julio iria deixar o bj o paragua e o bob em suas respectivas casas, eis que avistam ao fundo bem ao longe no meio da avenida que liga a puc a unicamp um corsa com umas patricinhas dentro vestidas de homem (haviam com toda certeza do mundo ido a mesma festa) e como estavam muito felizes com o ultimo souvenir adquirido resolveram parar para ver se as garotas estavam precisando de algo, se estavam com algum problema e se daria pra rolar um sexo.

A primeira vista as garotas não conseguiam dar a partida no carro, todos ainda muito bêbados, porém com tudo sob controle, oferecem-se para empurrar o carro, os engenheiros acharam fácil que a bateria tinha ido pro saco e um bom tranco no carro iria resolver o problema.

Então que a Filha da Puta da patrícia que estava ao volante diz em voz bem aguda, fresca e estridente :” Não pode tem injeção eletrônica”.

Os cara não se agüentaram de ver a mina falando aquilo pro Julio que tava todo solicito querendo ajudar e cairam na gargalhada novamente. Naquele momento Julio percebe que seu sangue subira a cabeça e que ele poderia fazer algo e ele diz:” Ah, não pode empurrar né ? Tem injeção eletronica !... Ta bom então !”.

Ouve-se o runir de um gato no cambio do corsinha do Julio, era engatada a marcha ré ao perceberem o que estava prestes a acontecer o comentário geral foi que ele não vai fazer isso, mas ele da ré, faz a baliza para atrás do carro das vagabundas olha no retrovisor delas, a cara de espanto da motorista é bem visível, engata-se a primeira marcha e toto no caro das minas, as vacas começam a gritar em coro :” Pára!!! Pára!!!” com a mesma voz que deixa qualquer ser humano a beira de um ataque de nervos.. Uns 20 metros depois engata-se novamente a ré, emparelha-se com o carro das ilustres garotas e Julio abaixa o vidro olha bem para a cara da motorista e diz : “Injeção Eletrônica, né ?” .

Foram embora, o julio deixou todos em casa, estavam felizes da vida!!! Todos em suas respectivas casas com o mesmo sentimento de grandeza, o de irem dormir mais um dia com consciência tranqüila e com a sensação do dever cumprido.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

livro livro porks - Contribuição do Julio - Testemunha de Jeova

Encontro Inusitado: Ciência, Religião e Coincidência

Hoje aconteceu-me algo deveras curioso. Estava eu lendo jornal na sala qd ouvi alguém bater palma no portão. Fui atender e olhando por uma janelinha do muro perguntei o que o cidadão desejava. Ele disse:

  -O senhor podeira abrir o portão para a gente conversar

  -E por acaso do que se trata - disse eu

  -É sobre a bíblia

  -Obrigado mas eu não tenho interesse.

  -O sr não tem religião?

  -Não

  -Mas o sr acredita em Deus?

  -Também não

  -Mas em que o sr acredita?

  -Eu acredito na ciência.

  -O sr é um cientista?...

  -Sou médico

  -Que bacana, eu sou físico

   Neste momento lembrei-me das palavras do meu pai e pensei que talvez valesse a pena ouvir algo que viesse desse cara, sem compromisso. Físico carola era novidade pra mim.

   Abri o portão e comecei a conversar o sujeito de + ou - 1,60 camisa de cobrador de ônibus e um lindo bigode.

  Nos apresentamos e em dois segundos esqueci o seu nome, lógico, na verdade acho que nem cheguei a ouvir ou ao menos nem prestei atenção.

  Começamos a conversar e ele me disse:

  -Como pode um médico não acreditar em Deus?

   Então eu disse: -Pois eu só abri o portão justamente para perguntar-lhe como é que pode um físico ACREDITAR em Deus?

   Ele deu risada e realmente não levou a mal a minha pergunta, pq se começasse a se comportar como um fanático incapaz de conversar ia ganhar uma bela porta no nariz.... Resolvi retribuir a atitude e olhar para aquele ser vestido de trabalhador do transporte público com menos preconceito do que o habitual.

  Esqueci de dizer que o nosso missionário estava acompanhado de um indivíduo de mais ou menos 1,90, facies de polaco cortador de cana do Paraná e talvez por ser tão desinteressante e visivelmente menos culto e com pior oratória nem lhe dei muita atenção. Mais tarde viria eu a descobrir que seu nome era José Carlos.

   Continuamos eu e o cobrador de ônibus a conversar, ele me contou que se formou em São Carlos, contei-lhe que sou ex-estudante de engenharia, falamos sobre ciência, medicina, religião, doação de sangue, entre muitos outros.... Ele, com um conhecimento impressionante do pequeno livro preto em suas mãos e com uma rapidez para encontrar textos no livro relacionados ao assunto sobre o qual versávamos muito maior do que a minha velocidade para achar o "A" no dicionário, tentava sempre me trazer para o caminho da salvação.

   Percebendo que o pequeno pregador me chamava pelo nome a todo instante resolvi, por educação perguntar-lhe:

  -Me desculpe, mas eu esqueci o nemo do sr?

 Qual não foi minha confusão qd ele me respondeu:

 -Sinézio.

   Revirando o imenso baú da memória e viajando por volta de oito anos atrás cheguei ao seguinte pensamento: Os únicos seres humanos que conheço com esse nome são a excelentíssima dona Sinézia, mãe do Paraguai, e um antigo professor de termodinâmica dos tempos de EQ.

   -O sr disse que é físico?...

   -Sim

   -Por acaso já deu aula na Unicamp?

   -Sim sou professor.

   -Acho que fui seu aluno.

-Vc fez EQ?

-Sim

  Não acreditava, o velho Sinézio virou crente desses que nos acordam aos fins de semana qd queremos dormir até mais tarde. Conversamos mais um pouco e então dispensei-lhe pq já tava chegando a hora do almoço. Mas foi uma manhã de sábado bem diferente das habituais, no mínimo interessante. E aprendi uma lição.

  Calma, não virei testemunha de Jeová. Nem mesmo ele me convenceu de acreditar em Deus. 

  A lição que eu aprendi é que sendo menos preconceituoso e ao invés de conversar pela janelinha eu abrir o portão, não necessariamente minha vida vai mudar mas posso ao menos ter uma boa conversa num sábado de manhã.

Abraços saudosos, Julio.