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sábado, 24 de abril de 2021

Marcos e Comemorações - um post do facebook

Resumo: Buga conta a história de um whisky Johnnie Walker Blue guardado para ocasiões especiais, lista marcos pessoais e reflete sobre celebrar o cotidiano.

O Whisky que Nunca Abri: Uma Reflexão sobre Celebrar o Cotidiano

A Garrafa de Johnnie Walker

Comprei um whisky há muitos anos, acho que é um dos artigos que me acompanha há mais tempo, mais antigo que ele só a minha caixa de memórias e fotos reveladas mas essas estão na casa de mamãe Eliana.

O Jhonny Walker chegou há muito tempo, o pai do Marcelo que comprou em alguma viagem dele pro exterior, não lembro o porquê que pedi pro pai dele comprar e trazer, sei que paguei lá uns tantos dólares pela garrafa e fiquei com o pensamento de abri-la em momento futuro, em uma ocasião especial, um março, algo do tipo, para celebrar mesmo.

A fábrica de skates produz a primeira rodinha e o primeiro shape, nem lembrei do scotch ou se lembrei deixei pra próxima.

Marcos Pessoais sem o Whisky

Eis que vou morar com a Ju e não abri a garrafa, me formei e não abri, passei no vestibular e no mestrado aqui na Unicamp e não abri...

Fui padrinho do casamento do Allan e não tomei o uísque.

Terminei MBA na FGV,

Mudamos para Brasília e não abri na nossa despedida, compramos nosso apartamento e não comemorei tomando o whisky.

Fomos capa do jornal impresso Correio Brasiliense, acho que no aniversário de 50 anos da cidade... Tenho o jornal emoldurado, mas não abri a caixa do whisky.

A Ju passou no concurso da secretaria de Saúde do GDF...

Fui padrinho no casamento do Andre e da Carol.

Compramos nosso primeiro e único carro zero Km,

Meu pai conseguiu emprego na prefeitura depois de um bom tempo sem trampo, não comemorei.

Desmaiei no altar do casamento da Ma e do Du... Fomos padrinhos, o uísque continuou na caixa.

O Vinny nasceu,

Passei na UnB,

Os Pork's vão pra Brasília conhecer o Vinícius, nem lembrei de abrir o whisky.

Meu irmão teve uma parada cardio respiratória e não comemorei sua recuperação.

Minha irmã formou, meu irmão formou.

Fui promovido no serviço, ajudei a criar e fazer funcionar o cartão Amex no Banco do Brasil... e o cartão ELO, viajei pros States com o presidente do Banco do Brasil autorizando a viagem com publicação no diário oficial da união, ganhei um passaporte "oficial", baita marco na carreira... E o uísque nada, ali, na caixa, junto com outras bebidas no bar na cozinha.

Voltamos pra Campinas e não tomei o whisky na nossa despedida de Brasília.

Vivi um ano inteiro indo e vindo de Campinas pra São Paulo todo dia e não comemorei que conseguia ver minha família com frequência.

Fiz um treinamento inesquecível, me tornei educador corporativo, virei professor... de Cobol!

Pedi pra sair do Banco do Brasil e não tomei o whisky com meus amigos na minha despedida.

Mudo meu nome, crio o clã Buga... E ainda esperando um marco, um grande evento para comemorar com o uísque.

Termino uma pós graduação, passo no vestibular da Fatec para cursar computação...

A Ju toma umas 10 bolsas de plasma, a Helena nasce apagada... Tudo certo no final, o Jhonny Walker continua em sua caixa.

Meu pai realiza o sonho de ter um V8 de novo, veio me mostrar quando comprou, não comemorei.

Saio da IBM e vou trabalhar na CI&T, baita firma, negócio que a gente vê nas matérias de televisão, não comemorei...

A Ju consegue depois de muitas tentativas um emprego tão querido na indústria farmacêutica!

Volto pra IBM porque minha praia é mainframe e ia almoçar de novo com a Ju - igual nos tempos de Brasília!

Passo no vestibular da Unicamp...

Vou morar em São Paulo de dia de semana com meu pai... não comemorei.

Começou a pandemia e volto a morar aqui em casa, tava duro longe das crianças, da Ju, da Sheeva e da Sophia, sequer lembrei do uísque.

A caixa do Jhonny Walker me acompanhou no AP do seu Madruga, depois no 44, lá na Hermantino Coelho, na Jasmim, foi pra Formosa, pra 716 norte, pra Águas Claras, voltou aqui pra Barão Geraldo e eu esperando um grande marco pra abrir e comemorar!

Lição Final

Com certeza esqueci grandes marcos e acontecimentos que mereciam ser celebrados com esse scotch... Mas na real eu tinha que ter tomado era mesmo em um churrasco qualquer rodeado dos meus amigos e da minha família.

Não guarde os talheres e louças especiais para ocasiões especiais!

Todo dia é especial!

Ah, e o whisky é muito bom. Mas não tenho paladar, sou mais o licor de menta mesmo!

Wisky johnie walker blue label
Figura 1: Johnie Walker Azul

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Master The Mainframe 2018 - Acesso a mainframe de graça, pra todos!

Master the Mainframe: Competição Global de Mainframe da IBM

Logotipo Master the Mainframe
Figura 1 - Logotipo - Master the Mainframe

https://www.ibm.com/it-infrastructure/z/education/master-the-mainframe

Em tese é um concurso, está em sua décima quarta edição agora em 2018, eu recomendo pra todos! Iniciantes e dinossauros quase extintos! Sempre tem uns negócios novos, alguma coisa que você só tinha ouvido falar e o mais legal de tudo:

  • Você tem um usuário e senha pra usar
  • A parada é fabulosa, entra lá, segue uns desafios, veja as edições anteriores e desenferruje-se ou aprenda o novo!
  • Se você é estudante de faculdade, aproveita que os caras sempre mandam brinde!

http://mtm2018.mybluemix.net/

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

livro livro porks - Contribuição do Julio - Testemunha de Jeova

Encontro Inusitado: Ciência, Religião e Coincidência

Hoje aconteceu-me algo deveras curioso. Estava eu lendo jornal na sala qd ouvi alguém bater palma no portão. Fui atender e olhando por uma janelinha do muro perguntei o que o cidadão desejava. Ele disse:

  -O senhor podeira abrir o portão para a gente conversar

  -E por acaso do que se trata - disse eu

  -É sobre a bíblia

  -Obrigado mas eu não tenho interesse.

  -O sr não tem religião?

  -Não

  -Mas o sr acredita em Deus?

  -Também não

  -Mas em que o sr acredita?

  -Eu acredito na ciência.

  -O sr é um cientista?...

  -Sou médico

  -Que bacana, eu sou físico

   Neste momento lembrei-me das palavras do meu pai e pensei que talvez valesse a pena ouvir algo que viesse desse cara, sem compromisso. Físico carola era novidade pra mim.

   Abri o portão e comecei a conversar o sujeito de + ou - 1,60 camisa de cobrador de ônibus e um lindo bigode.

  Nos apresentamos e em dois segundos esqueci o seu nome, lógico, na verdade acho que nem cheguei a ouvir ou ao menos nem prestei atenção.

  Começamos a conversar e ele me disse:

  -Como pode um médico não acreditar em Deus?

   Então eu disse: -Pois eu só abri o portão justamente para perguntar-lhe como é que pode um físico ACREDITAR em Deus?

   Ele deu risada e realmente não levou a mal a minha pergunta, pq se começasse a se comportar como um fanático incapaz de conversar ia ganhar uma bela porta no nariz.... Resolvi retribuir a atitude e olhar para aquele ser vestido de trabalhador do transporte público com menos preconceito do que o habitual.

  Esqueci de dizer que o nosso missionário estava acompanhado de um indivíduo de mais ou menos 1,90, facies de polaco cortador de cana do Paraná e talvez por ser tão desinteressante e visivelmente menos culto e com pior oratória nem lhe dei muita atenção. Mais tarde viria eu a descobrir que seu nome era José Carlos.

   Continuamos eu e o cobrador de ônibus a conversar, ele me contou que se formou em São Carlos, contei-lhe que sou ex-estudante de engenharia, falamos sobre ciência, medicina, religião, doação de sangue, entre muitos outros.... Ele, com um conhecimento impressionante do pequeno livro preto em suas mãos e com uma rapidez para encontrar textos no livro relacionados ao assunto sobre o qual versávamos muito maior do que a minha velocidade para achar o "A" no dicionário, tentava sempre me trazer para o caminho da salvação.

   Percebendo que o pequeno pregador me chamava pelo nome a todo instante resolvi, por educação perguntar-lhe:

  -Me desculpe, mas eu esqueci o nemo do sr?

 Qual não foi minha confusão qd ele me respondeu:

 -Sinézio.

   Revirando o imenso baú da memória e viajando por volta de oito anos atrás cheguei ao seguinte pensamento: Os únicos seres humanos que conheço com esse nome são a excelentíssima dona Sinézia, mãe do Paraguai, e um antigo professor de termodinâmica dos tempos de EQ.

   -O sr disse que é físico?...

   -Sim

   -Por acaso já deu aula na Unicamp?

   -Sim sou professor.

   -Acho que fui seu aluno.

-Vc fez EQ?

-Sim

  Não acreditava, o velho Sinézio virou crente desses que nos acordam aos fins de semana qd queremos dormir até mais tarde. Conversamos mais um pouco e então dispensei-lhe pq já tava chegando a hora do almoço. Mas foi uma manhã de sábado bem diferente das habituais, no mínimo interessante. E aprendi uma lição.

  Calma, não virei testemunha de Jeová. Nem mesmo ele me convenceu de acreditar em Deus. 

  A lição que eu aprendi é que sendo menos preconceituoso e ao invés de conversar pela janelinha eu abrir o portão, não necessariamente minha vida vai mudar mas posso ao menos ter uma boa conversa num sábado de manhã.

Abraços saudosos, Julio.