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quinta-feira, 16 de julho de 2015

livro livro porks - o dia do totó

O Dia do Totó

Passam no Moriva (buteko clássico em Barão) para comprar umas cervas e 3 Góes, digo 3 Goes porque para não perder o costume o Julio arrumou confusão com uns cara que estavam no estabelecimento querendo comprar os mesmos últimos 3 vinhos, os outros individuos estavam de bem com a vida e não criaram muito caso com os Pork´s levando os últimos vinhos e tirando sarro da cara deles.

Foram pra casa do BJ, onde se preparariam para a festa e onde rolaria uma pré, um aquecimento para a festa, muitos estavam presentes, os Pork´s em peso, exceto pelo Lemão que tava na zoropa e o Amaral que ainda não curtia uma balada nos naipes da galera, a mulherada compareceu em peso. Rolou muito vinho, muita vodca, umas cervas e muito pó de guaraná (para manter a galera acordada).

A festa a qual esse conto se referencia é uma daquelas imperdíveis no meio universitário de Campinas e regiao organizada pelo pessoal da engenharia de alimentos da Unicamp, a festa é a conhecida e aclamada, festa do contrario.

Todos já travados prontos para ir para a balada, já eram umas onze e pouco, estava um frio de lascar, mas todos vestidos a caráter, a mulecada dava até gosto de ver, se fosse depender de virar traveco pra ganhar dinheiro, morreriam de fome. O buga não quis ir, disse que iria só no último ano e tal, coisa de boiola, mas ficou até o final do aquecimento.

O pessoal tinha acabado com tudo o que era alcoólico na casa do BJ e ainda não satisfeitos dão uma passadinha no starmart onde o Julio encontra com alguns conhecidos da medicina e os apresenta aos pork´s, tomam mais uma brejas e vão de encontro ao desconhecido.

Na fila da balada o BJ encontra a super trunfo e não perdoa embrulha nossa colega (Ana veterana) afinal ele já tinha catado ela em ocasiões muito melhores ou piores, depende do ponto de vista (sóbrio nesse caso significa pior, porque não tem desculpa.)

Ao entrar na balada só risada de ver as figuras que existem no mundo a que elas se prestam, nada como o tal do álcool... De cara pelo estado dos meninos fica fácil imaginar o que iria acontecer na festa, de tudo um pouco conforme sera apresentado abaixo.

Logo pra começar os Pork´s se espalham, algo involuntário, mas quando se esta xapado com um monte de gente em volta, você se perde com uma facilidade e uma rapidez inimaginável.... Foi so entrarem na balada e já estavam separados...

O BJ logo de cara se atraca com uma loira gorda e nanica, lucro !!! O Julio ainda não tinha se perdido do BJ, mas os dois já estavam a muitas piscadas dos demais, para não ficar pra tras o Julio embrulha a escrota da Lilica (sentiu ciúmes do BJ catar uma escrota e ele não... então se sentiu na obrigação de acompanhar o amigo).

O Paragua sabia ao certo onde estava, como chegou lá e o que deveria fazer, mas nessas horas aqui de cima agente da uma ajudada e uma luz chegou ao garoto e ele percebeu que encontrava-se numa festa e também partiu para o ataque. Tentou embrulhar algumas transeuntes, mas seu estado deplorável, não permitia e como não encontrou nenhuma mina no seu mesmo estado ou próximo a ele, resolveu inconscientemente deitar-se na grama e tirar um pequeno cochilo para relaxar, afinal estava muito cansado... o pequeno cochilo pretendido, rolou até as 5 e meia da manha quando os pork´s reunidos novamente para o retorno o encontraram.

O Bob não estava muito melhor que os outros 3 cavaleiros e para não partir corações nem morrer na praia saiu na captura e pelo que comenta-se era uma baranga daquelas que nem Deus lembra, mas para tirar a zica vale qualquer uma, e no caso especifico o bom é que sempre da pra colocar a culpa na maldita da cachaça.

A festa estava bombando de gente, mal da pra andar direito, tanto que voltaram a se encontrar as 5 horas da manha, tinham ido com o carro do Julio e estava faltando o Paragua, até que o encontram capotado na grama dormindo igual a Cinderela... O Julio e o Bj pra variar não queriam ir embora, não tinham quebrado nada nem realizado algum ato digno de ser lembrado, mas mesmo assim foram embora.

A postos, vão embora, a balada foi na Pachá uma casa noturna perto da Puc ao lado da Dom Pedro, naquela época era o Cabral Campinas. Na saída do estacionamento, umas barraquinhas e umas towers com cachorro quente e refrigerante para recompor o animo da galera, pois festa boa acontece de quinta feira e algums tem que ir trabalhar na sexta e outros raríssimos tem aula cedo e merecem uma boa refeicao pela manha depois de uma noite daquelas.

Eis que Julio avista um desses kidog, vendendo dog a um conto numa tower, palhaço do cara tava com a porra dum desses banquinhos de plástico branco baxotinhos no meio da rua, em poucos instantes Julio esta com o banquinho ao seu lado esquerdo muito perto do seu carro, não se sabe ao certo se o banquinho estava no meio da rua ou se o Julio chegou perto o suficiente da calcada para conseguir alcança-lo e num movimento mais rápido que o the flash abraça seu novo troféu e já joga pra dentro do carro.Já era !... Haviam faturado um banquinho de plástico de 50cm de altura super resistente que esta na casa do Julio até hoje, o banquinho é utilizado pela Ana (mãe do Julio) para apoiar o pé quando vai ler jornal (no qual ele aparece com a testa rasgada mas essa é uma outra historio e depois eu conto...).

Cabe aqui salientar que o cara ficou muito puto e começou a ter pit´s e gritava xingava e veja só o dialogo travado entre o cara do kidog e o Julio com a metade do corpo pra fora do corsa dirigindo e gritando.

K-dog: “FILHO DA PUTA !!!”

Julio : “UM ABRAÇO !!!”

Para os Pork´s o final de qualquer discussão no caso não houve discussao, mas o final de qualquer acontecimento acaba com essa frase, um abraço e eles não se agüentaram e foram cagando de rir embora e repetindo umas 300.000 vezes “Daí ele falou : Filho da Puta” e a resposta “ Um abraço”.

Esse conto poderia muito bem terminar por aqui se não fosse o tal do espírito pork´s de ser e essa facilidade que os cara tem em chamar a confusao pra eles e se ela não existe eles a criam...

Estavam indo numa boa em direção a Barão Geraldo, o Julio iria deixar o bj o paragua e o bob em suas respectivas casas, eis que avistam ao fundo bem ao longe no meio da avenida que liga a puc a unicamp um corsa com umas patricinhas dentro vestidas de homem (haviam com toda certeza do mundo ido a mesma festa) e como estavam muito felizes com o ultimo souvenir adquirido resolveram parar para ver se as garotas estavam precisando de algo, se estavam com algum problema e se daria pra rolar um sexo.

A primeira vista as garotas não conseguiam dar a partida no carro, todos ainda muito bêbados, porém com tudo sob controle, oferecem-se para empurrar o carro, os engenheiros acharam fácil que a bateria tinha ido pro saco e um bom tranco no carro iria resolver o problema.

Então que a Filha da Puta da patrícia que estava ao volante diz em voz bem aguda, fresca e estridente :” Não pode tem injeção eletrônica”.

Os cara não se agüentaram de ver a mina falando aquilo pro Julio que tava todo solicito querendo ajudar e cairam na gargalhada novamente. Naquele momento Julio percebe que seu sangue subira a cabeça e que ele poderia fazer algo e ele diz:” Ah, não pode empurrar né ? Tem injeção eletronica !... Ta bom então !”.

Ouve-se o runir de um gato no cambio do corsinha do Julio, era engatada a marcha ré ao perceberem o que estava prestes a acontecer o comentário geral foi que ele não vai fazer isso, mas ele da ré, faz a baliza para atrás do carro das vagabundas olha no retrovisor delas, a cara de espanto da motorista é bem visível, engata-se a primeira marcha e toto no caro das minas, as vacas começam a gritar em coro :” Pára!!! Pára!!!” com a mesma voz que deixa qualquer ser humano a beira de um ataque de nervos.. Uns 20 metros depois engata-se novamente a ré, emparelha-se com o carro das ilustres garotas e Julio abaixa o vidro olha bem para a cara da motorista e diz : “Injeção Eletrônica, né ?” .

Foram embora, o julio deixou todos em casa, estavam felizes da vida!!! Todos em suas respectivas casas com o mesmo sentimento de grandeza, o de irem dormir mais um dia com consciência tranqüila e com a sensação do dever cumprido.

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