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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Retrospectiva 2024

Retrospectiva 2024

Família

- Tretas de sempre com a mamãe Eliana, tão menos frequentes e de menor tensão, mas invariavelmente ocorrem. Teve uma vez que fui lá pra casa dela e nem consegui entrar, coloquei uma gaiola na escada e fui pegar as outras mas não deu, fui embora, afinal como que pode eu ter ido pra lá sem levar as crianças junto comigo?

- Vovó Cristina desde que voltei do Rio ficou bem afastada, de setembro/outubro pra frente passou a ficar mais próxima das crianças, quer dizer, da Helena. Estamos nos virando bem sem ela dando aquele auxílio no dia a dia, na rotina da família, tá mais de vó mesmo.

- Família do Ipiranga ficou meio longe esse ano, nos falamos esporadicamente e nos vemos nos aniversários das crianças e na festa junina da escola.

- Tia Stephanie veio pra cá algumas vezes, as crianças se divertem, mas não tem aquele vínculo gostoso de tio, mais ou menos igual o tio Dante.

- Ribeiro vem mais ou menos uma vez por mês aqui em casa pra colocar a conversa em dia, ver as crianças e tomar um café.

- Ju ficou mais de boa esse ano, mesmo estando em transformação e sem saber direito o que fazer comigo depois que pegamos meu laudo de deficiente mental.

- Vinny tá osso, começa a não respeitar, não ajuda, fica xuxando a Helena sem parar, tomara que seja algo transitório, tá precisando fazer mais amizades. Fizemos o foguete de ar comprimido e a base, foi um belo trabalho, pena que a galera trambica no resultado da competição. Esse ano no Sirius foi legal, mas tava um clima chuvoso que atrapalhou um tanto, Vinny deu entrevista, mas nunca achei se publicaram. Fez umas olimpíadas de conhecimentos e curtiu bastante!

- Helena tá de boas, fez bastante amizade no prédio e na turma da escola. Passa pano pra quase todo mundo e às vezes que tá fazendo birra ou chorando consegue responder que não consegue parar e às vezes nem sabe o motivo direito.

Saúde

- Depressão das brabas

- Engordei 15 kilos

- Peguei pressão alta, descobri indo doar sangue e não podendo.

- Bronquite atacou feio em dezembro, teve uma outra vez ou duas que fui parar no centro médico pra medicarem.

- Diabetes controlada com o remédio faz uns anos já.

- Operei de uma hérnia na pança que apareceu 'do nada', só porque dei uma engordadinha básica. Operei também do nariz e arranquei uma bolota de banha que eu tinha nas costas.

Preciso me cuidar! Zero exercícios.

Trampo

- Sou Engenheiro de Processamento de Petróleo Junior, meio desanimado, aprendendo o ofício em passos de bebê, falta um tutor, um acompanhamento, não sirvo pra me virar sozinho, sem falar que nunca trabalhei na área... fácil não tá, mas tô de teletrabalho integral, o salário não é lá essas coisas mas tá valendo! Fiz zero novos amigos no serviço esse ano.

- De minha vida pregressa só saudades de trabalhar com algo que eu dominava e me instigava saber mais sobre o assunto, zona de conforto me faz um bem danado e não tenho mais isso.

Dinheiro

- Tem suas loucuras que acontecem, compramos o apartamento 11 pra ficar do ladinho da escola e aumentou um 'tiquito' os gastos mensais da família com 2 casas na mesma cidade. Não que a gente não tenha "2 casas" desde sei lá 2019, só que era diferente, tinha desculpa de ser gasto do serviço e tals, agora é tudo na rubrica de gasto gasto mesmo.

- Desinvestimento bruto na parca carteira de ações e demais investimentos, ano não bom pra renda variável, tipo estamos com metade do valor inicialmente comprado de papéis... e alguns deles nunca mais vão chegar sequer perto do valor que pagamos.

- Viagem de fim de ano deu uma boa assustada, quando compramos as passagens em janeiro, o dólar estava a 4,85 lá nos EUA no cartão de crédito chegou a 5,70 com IOF e a taxa que o banco coloca em cima da cotação.

Justiça

- Processo de correção dos FGTSs, nem sei se foi esse ano, mas foi pro vinagre, julgaram que do jeito que remuneram tá ok e azar, transitados em julgados, fim.

- Pagamento a maior dos INSSs, da Ju deu ok e receita devolveu os valores pagos a mais, o meu, processo igualzinho, cópia e cola, tá lá tramitando ainda, sem sentença proferida.

- Trabalhista Banco Original, duas vezes fui lá na Barra Funda e nada, juiz tava a fim de descolar um acordo, mas sem chances. Na primeira o Maicon e o Franco não conseguiram ir porque teve algum BO lá no BMG e eles estavam em Minas e na segunda a Aline perdeu a hora, ficou uma nova pra março de 2025.

- Trabalhista Banco do Brasil, execução da redução salarial, essa fiquei sabendo num churrasco de 20 anos de DITEC lá em Brasília na casa do Igor e entramos com a ação de execução no fim do ano, em andamento.

- Gol que me cancelou 4 passagens porque o sistema deles é estúpido e não soube lidar com a mudança dos aeroportos lá do Rio do Santos Dumont pro Galeão, nossa que ódio! Era muito de boas ali no Santos Dumont, bom, como agora vou esporadicamente tá valendo, mas não faz sentido o que fizeram, sem falar que a tal da barca pelo que li esses dias não saiu do mundo das ideias. Enfim, juiz já julgou que tá ok meu pedido, mas a Gol recorreu só por recorrer e tô no aguardo.

- Cobasi dos Hamsters procriadores, teve audiência mas nada de acordo, esperando os próximos passos.

Amigos

- Acho que não fiz nenhum amigo novo esse ano que passou, também depois da overdose de 2023 tá bom demais.

- Acabei que não vi quase ninguém, teve no final do ano casamento do Rodolpho que reencontrei o Bruno e o Botti, trombei bastante o Boy, o Tadashi, o Fred e o Marcelo... teve um encontro Porks no começo do ano aqui em casa, fui pra praia e vi o Flávio, no carnaval o Bruno e o Rodolpho passaram aqui em casa, o Luis Felipe passou um dia de noite e fizemos um churrasquinho, ah, e o Tonin passou aqui out of the blue só pra tirar uma selfie! Encontrei o Hyam Nicacio, que não via há mais de década, veio aqui em casa, noite muito agradável, depois ainda conseguimos tomar uma no bar do Coxinha com a Dessa que também fazia uns bons anos que não via, todos bem na medida do possível. Consegui almoçar com o Franco, Maicon, Rene e o Cesão depois da audiência lá em Sampa. Encontrei o Julio umas 3-4 vezes, acho que a mesma quantidade de vezes que devo ter visto o Cae no ano, troquei umas ideias com o Paraguay e o Bob, mas quase sempre coisas do trampo.... Dei uma passada no Christian em Jaguariúna, tava uma chuva daquelas, foi só protocolar, nem trocamos muita ideia, ah, teve um churrasquinho com a galera da Stefanini na chácara da Dani também lá em Jaguariúna, teve um Outback com o Caio o mano Rewth, Odair e Alex, fui pra Brasília no encontro da galera da DITEC, reencontrei muita gente mesmo, grandes memórias, mas no fundo, fiquei com aquele sentimento de não pertenço mais aqui, e olha que era um sentimento que senti bem poucas vezes na vida, a de pertencer a um grupo, ali em casa nos churrascos na varanda eu me sentia parte da turma, de verdade... bom, acho que foi isso.

Viagens

- Fomos pra Barra Bonita na Páscoa fazer uma trilha de jipe, traumático pras crianças e pra Ju, não vai rolar mais, mas foi interessante o rolê.

- Praia em Ilha Comprida no começo do ano.

- Disney em dezembro todo.

- Parcas idas a São Paulo.

- Encontro em Ribeirão dos dentistas.

- Ju viajou horrores a trabalho.

- Fui pro Rio umas 3 vezes esse ano só, depois do carnaval não fui mais, tô devendo.

- Brasília, sozinho pro encontro da Ditec.

Estudos

- Nada, nem um Duolingozinho, mas fiz o ENEM pra ver qualé que era!

Filmes, Livros, Shows, Peças Teatrais

- Nada digno de nota, ah minto, não gostei dos 100 Anos de Solidão, tipo escroto na parte sexual da história, precisava disso não, lembro de ter lido algo parecido na adolescência tipo Capitães da Areia, mas sei lá, meio forte, curti não. O filme do cara do Feliz Ano Velho é legal, verídico, mas não achei nada de mais, vale o mote... 'alguma coisa ele fez'.

- Show, acho que não vi nenhum esse ano, teatro acho que idem.

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Se lembrar de mais caixinhas da vida eu coloco aqui.

sábado, 7 de dezembro de 2024

Diario das Ferias de 2024 - 06.12.2024 - Dia 6 - Viernes

Viagem para Orlando: aeroporto, voo e primeiras impressões

Deixei a família no aeroporto e fui pro estacionamento deixar o jipe.

Pequeno probleminha com a escolha do assento, seila o que que deu que o sistema resolveu mudar os assentos de uma das reservas, fizemos em duas, mas deu tudo certo.

Voo tranquilão, fui ver de conhecer o lounge azul, mas era só pra eu e 1 acompanhante ou pagava 300 cruzeiros pra entrar todo mundo, não foi dessa vez.

Lembrei de um amigo do trampo e como de costume, se lembro, entro em contato!

John mandou vídeo dele fazendo peripécias com caneta, vi ontem e hoje não abriu de jeito nenhum pra eu mostrar pro Vinny.

Li um tantão do livro lá dos Buendia em Macondo.

Aeroporto de Orlando fez terminal novo, desembarcamos nele. Imigração tranquila, pegar carro deu medo porque não ia caber as malas, mas aí apareceu uma devolução e cá estamos de Tucson.

Olha, não sei o que os americanos fizeram nos últimos 5 anos, mas não lembro os preços das coisas no valor que estao! Tipo subiu bem, coisa de inflamação mesmo. Sem falar na cotação histórica de 6 cruzeiros por uma verdinha.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Diario das Ferias de 2024 - 30.11.2024 - Dia 1 - Sabado

Primeiro dia das férias: audiências, amigos e burocracias

Por mim, férias deveriam sempre começar as quartas feiras!

Bom, hoje foi o primeiro dia das férias, sabado dia 30 de novembro de 2024, a semana tinha sido bem caótica, tive audiencia em sao paulo no forum da barra funda, foi legla que pude almoçar com amigos que não via há mais de ano! Mas foi cansativo a correria, sem falar que tive outra audiencia, essa virtual, na quinta e apresentei umas laminas sobre integridade na reuniao geral da firma.

La vamos nós, bom, dei uma passada no poupatempo pra entregar o papel de transferencia do jipe da Ju pra mim, que no mesmo dia que eu comecei o processo descobri que era só fazer direto pelo celular em poucos minutos, que ódio! E odio 2, porque uma vez iniciado o 'processo antigo' pra cancelar só indo no detran, enfim, entreguei o tal do papel e deve sair a restrição do documento em alguns dias.

Protocolo Detran - transferência do jipe
Figura 1: Protocolo Detran

Na sequencia, encontrei alguns amigos pra almoçar no outback, o mano Rewth e o Caio eu nao via há quase uma década, o OC e o Alex vi deve fazer uns 2 meses na casa da Dani que fizemos um churrasquinho pra matar a saudades e colocar o papo em dia. Não foi um outback classico igual teve algumas ocasioes no Rio de Janeiro, mas foi interessante!

Almoço no Outback com amigos
Figura 2: Almoço no Outback

Voltando pra casa passei no atacado que abriu no lugar do Macro, chama Giga, mais do mesmo.

Jantamos em casa e eu nem lembro o que que foi, tambem ja faz 3 dias, hoje é terça dia 03.12.2024.

domingo, 4 de agosto de 2024

Divagações no voo...

Quem é o Buga? Uma Apresentação Pessoal

Saudações,

Vida Pessoal

Sou o Buga, nasci em 1980 em São Paulo capital, mudei pra Campinas em 1998, fui pra Brasília em 2006 e retornei para Campinas em 2014.

Na família somos eu e meu pai.

Tenho uma acompanhante terapêutica, meu anjo na terra, a Ju está comigo há mais de 20 anos, ela prefere a alcunha esposa.

Somos pais de duas pessoas, a Helena com 8 anos e o Vinícius com 12, de uma cachorra, a Wendy e de 3 hamsters, o Paçoca, a Penélope e o Pequeno.

Formação e Carreira

Formei em engenharia química, fiz MBA em mercado financeiro, duas pós-graduações em tecnologia da informação, tentei por 3 vezes terminar faculdade de química, mas ainda não finalizei.

Tive uma fábrica de rodas e shapes de skate, que montamos do zero, eu e um amigo de infância com 20 e poucos anos, foi muito intenso e desafiador, aprendi muito, viajei bastante, conheci empresas, pessoas, trabalhava muito, não tanto quanto com cartões, mas era bastante mesmo, o sonho durou 6 longos anos.

Trabalhei a vida toda em banco, 20 longos anos, cuidava do sistema de autorização de cartões, as vezes funcionava aos trancos e barrancos, mas funcionava! Costumava dar uns probleminhas, mas não posso falar sobre isso publicamente, enfim, os riscos da atividade são inerentes a loucura do dia a dia. Teve vez aue fiz caca e fui promovido e teve vez que fiz caca e fui demitido, é da vida!

Abandonei esse mundo e desde o carnaval de 2023 virei engenheiro de processamento de petróleo júnior na Petrobras.

Vida Familiar e Crenças

A Ju é judia, eu sou deísta.

Saúde Mental e Neurodiversidade

Tenho minhas incontáveis idiossincrasias, tenho ciência de quase a totalidade delas, entretanto com o mascaramento de décadas e treinamentos/condicionamentos baseados no pior de Skinner, Vygotsky e Pavlov acabei sendo moldado para passar despercebido na multidão, na multidão, porque quem me conhece um pouco mais a fundo, consegue perceber que não sou muito ajustado.

Até falar ao telefone as vezes eu conseguia, quer dizer, as vezes não, muito raramente.

Não tenho hobbies, meus hiperfocos tem começo, meio e fim, não duram mais de 1 ano.

Tive até hoje, no máximo uns 10 episódios de desregulação total e o que me deixa sempre pasmo é que logo imediatamente após a explosão eu já me sentia pleno, num estado de torpor, uma paz em minha mente.

É desgastante ao extremo viver na normalidade, como consequência direta desenvolvi insônia crônica, não durmo direito desde que consigo me lembrar... Os remédios que controlam e induzem meu sono tem que ser trocados com frequência pois o efeito cessa depois de um par de anos.

Passei por alguns episódios de depressão ao longo da vida, geralmente desencadeados por alterações na minha rotina. Nesses momentos costumeiramente acompanham sintomas físicos, como vômitos, diarréia, sudorese que duram semanas até que eu consiga me adaptar novamente.

As crises de depressão severa duram de 6 meses a 1 ano.

Sensibilidades Sensoriais

Meu paladar é infantil, tenho restrição alimentar alta (menor que de meu pai que é vegetariano desde que me conheço por gente), mas assim como no comportamento também fui condicionado a me alimentar de acordo com o cardápio mesmo não gostando. Tirando peixes, frutos do mar e afins que sou alérgico, acabo conseguindo com muito esforço comer praticamente de tudo, mas tem seu preço e faz um tempo que não tô pagando mais não.

Sons não me incomodam há mais de década, desenvolvi habilidade de estar constantemente com uma música de fundo na minha mente, por vezes ela sai e sou pego na ecolalia e aí são alguns minutos pra me regular novamente, uso abafador apenas quando vou me deitar para dormir, costumava deixar algum som no ambiente, mas ultimamente, 4 anos pra cá o abafador tá de boa.

Tenho hipersensibilidade ao toque, pele sensível, se começo a suar desencadeia urticária colinérgica, uma etiqueta na camisa me causa uma crise alérgica, uso o mesmo uniforme há décadas, com poucas variações. Costuma ser sempre bem folgado pra não ficar justo, colado na pele. Uso uma camiseta sem costura lateral, calça social quando o serviço obriga calça mas geralmente estou de bermuda folgada e tênis largo (estilo skate). As variações causam desconforto, jeans, camisa, ALL star não são bem vindos, uso, mas dão "coisa".

Até a pandemia utilizava toca na cabeça. Tanto que se não soubesse o que me dar de aniversário era só comprar uma que era sucesso garantido, tenho mais de 50, but usava quase sempre as mesmas 3. Descobrimos que era um amuleto e acabei, assim como minha corrente de bicheiro e acabei abandonando seu uso sem grandes prejuizos.

Possuo extrema dificuldade em ir ao cabeleleiro, evito ao máximo, a última vez que fui, foi em 2014, passo mal, acabou deixando o cabelo comprido justamente por isso, esporadicamente, a cada 1, 2, 3 anos, não tenho uma memória das datas, raspo careca, já já tá na hora de raspar novamente. Ah, costumo frequentemente enrolar o cabelo nos dedos até a ponta do dedo ficar roxa, faço isso desde que me conheço por gente.

Amigos e Conexões

Tenho amigos que não vejo mais, outros que nem notícias tenho, um que é praticamente meu vizinho e que passo semanas sem o ver, são bem poucos os que tenho algum contato rotineiro.

Nesse final de semana reencontrei amigos de Brasília, alguns dos quais não via há 10 anos e não tinha mais contato, gostei muito, deu pra me atualizar dos acontecimentos mais marcantes na vida da maioria deles, muitos acontecimentos maravilhosos, outros nem tanto, histórias engraçadas, assustadoras, apaixonantes, revoltantes, enfim, coisas da vida de meus amigos que eu nem imaginava... mas todos estão bem, na medida do possível!

Infelizmente sinto que, obviamente até pelo tempo e meu distanciamento, que não pertenço mais aquele mundo. Fiz grandes amigos na vida, sei que eles se preocupam comigo e me querem bem mesmo eu sendo, digamos, o Buga.

Há algum tempo não ouço mais a frase: - "Você que é o Buga?" Com entonação de surpresa/espanto e com certeza a expressão fácil não negaria o sentimento, mas eu acho, acho mesmo porque essa habilidade eu não possuo. Quem nunca tinha me visto com certeza me imaginava uma pessoa bem diferente! Estou bem com isso, nunca gostei da reputação me preceder.

Reflexão Final

Ah seila, é mais ou menos isso aí.

Se me perguntarem se eu preferia ter sido eu sempre; com certeza eu teria escolhido eu, mas não tive a opção e hoje sou essa mistureba maluca em constante luta comigo mesmo.

Parafraseando o poeta: "Acho que não sei quem sou só sei do que não gosto"

Fui, Buga
Brasília -> Campinas
4 de agosto de 2024

sábado, 24 de abril de 2021

Marcos e Comemorações - um post do facebook

Resumo: Buga conta a história de um whisky Johnnie Walker Blue guardado para ocasiões especiais, lista marcos pessoais e reflete sobre celebrar o cotidiano.

O Whisky que Nunca Abri: Uma Reflexão sobre Celebrar o Cotidiano

A Garrafa de Johnnie Walker

Comprei um whisky há muitos anos, acho que é um dos artigos que me acompanha há mais tempo, mais antigo que ele só a minha caixa de memórias e fotos reveladas mas essas estão na casa de mamãe Eliana.

O Jhonny Walker chegou há muito tempo, o pai do Marcelo que comprou em alguma viagem dele pro exterior, não lembro o porquê que pedi pro pai dele comprar e trazer, sei que paguei lá uns tantos dólares pela garrafa e fiquei com o pensamento de abri-la em momento futuro, em uma ocasião especial, um março, algo do tipo, para celebrar mesmo.

A fábrica de skates produz a primeira rodinha e o primeiro shape, nem lembrei do scotch ou se lembrei deixei pra próxima.

Marcos Pessoais sem o Whisky

Eis que vou morar com a Ju e não abri a garrafa, me formei e não abri, passei no vestibular e no mestrado aqui na Unicamp e não abri...

Fui padrinho do casamento do Allan e não tomei o uísque.

Terminei MBA na FGV,

Mudamos para Brasília e não abri na nossa despedida, compramos nosso apartamento e não comemorei tomando o whisky.

Fomos capa do jornal impresso Correio Brasiliense, acho que no aniversário de 50 anos da cidade... Tenho o jornal emoldurado, mas não abri a caixa do whisky.

A Ju passou no concurso da secretaria de Saúde do GDF...

Fui padrinho no casamento do Andre e da Carol.

Compramos nosso primeiro e único carro zero Km,

Meu pai conseguiu emprego na prefeitura depois de um bom tempo sem trampo, não comemorei.

Desmaiei no altar do casamento da Ma e do Du... Fomos padrinhos, o uísque continuou na caixa.

O Vinny nasceu,

Passei na UnB,

Os Pork's vão pra Brasília conhecer o Vinícius, nem lembrei de abrir o whisky.

Meu irmão teve uma parada cardio respiratória e não comemorei sua recuperação.

Minha irmã formou, meu irmão formou.

Fui promovido no serviço, ajudei a criar e fazer funcionar o cartão Amex no Banco do Brasil... e o cartão ELO, viajei pros States com o presidente do Banco do Brasil autorizando a viagem com publicação no diário oficial da união, ganhei um passaporte "oficial", baita marco na carreira... E o uísque nada, ali, na caixa, junto com outras bebidas no bar na cozinha.

Voltamos pra Campinas e não tomei o whisky na nossa despedida de Brasília.

Vivi um ano inteiro indo e vindo de Campinas pra São Paulo todo dia e não comemorei que conseguia ver minha família com frequência.

Fiz um treinamento inesquecível, me tornei educador corporativo, virei professor... de Cobol!

Pedi pra sair do Banco do Brasil e não tomei o whisky com meus amigos na minha despedida.

Mudo meu nome, crio o clã Buga... E ainda esperando um marco, um grande evento para comemorar com o uísque.

Termino uma pós graduação, passo no vestibular da Fatec para cursar computação...

A Ju toma umas 10 bolsas de plasma, a Helena nasce apagada... Tudo certo no final, o Jhonny Walker continua em sua caixa.

Meu pai realiza o sonho de ter um V8 de novo, veio me mostrar quando comprou, não comemorei.

Saio da IBM e vou trabalhar na CI&T, baita firma, negócio que a gente vê nas matérias de televisão, não comemorei...

A Ju consegue depois de muitas tentativas um emprego tão querido na indústria farmacêutica!

Volto pra IBM porque minha praia é mainframe e ia almoçar de novo com a Ju - igual nos tempos de Brasília!

Passo no vestibular da Unicamp...

Vou morar em São Paulo de dia de semana com meu pai... não comemorei.

Começou a pandemia e volto a morar aqui em casa, tava duro longe das crianças, da Ju, da Sheeva e da Sophia, sequer lembrei do uísque.

A caixa do Jhonny Walker me acompanhou no AP do seu Madruga, depois no 44, lá na Hermantino Coelho, na Jasmim, foi pra Formosa, pra 716 norte, pra Águas Claras, voltou aqui pra Barão Geraldo e eu esperando um grande marco pra abrir e comemorar!

Lição Final

Com certeza esqueci grandes marcos e acontecimentos que mereciam ser celebrados com esse scotch... Mas na real eu tinha que ter tomado era mesmo em um churrasco qualquer rodeado dos meus amigos e da minha família.

Não guarde os talheres e louças especiais para ocasiões especiais!

Todo dia é especial!

Ah, e o whisky é muito bom. Mas não tenho paladar, sou mais o licor de menta mesmo!

Wisky johnie walker blue label
Figura 1: Johnie Walker Azul

sábado, 6 de junho de 2015

livro livro porks - O dia do dumont

 

O Dia do Dumont


Estavam planejando a ida a um rodeio desde que entraram na faculdade, mas havia uma impossibilidade técnica e financeira que os impediu de irem juntos no primeiro ano de faculdade, o que fez com que a vontade ficasse sufocante, esperando o momento certo para poderem sacia-la.


O tão esperado dia se aproxima, rodeião em Americana, show do rio Negro e Solimões, convites na mão, Julio com a carta de motorista, lá se vão eles (Julio, BJ, Paragua, Pornô) saíram cedo para terem certeza de não perderem nada da festa tão esperada.


O Julio passa em barão e pega a molecada, que estavam reunidos no Quartel General (a casa do BJ), pegam a dom Pedro sentido anhanguera, ao pegarem a anhanguera, Julio se vira aos demais e comenta que esquecera de cagar antes de sair de casa e que estava com muita vontade, não deu pra segurar, seta acionada pra esquerda, carro parado, pisca alerta se acende o comentário é geral, ele não vai fazer isso... Mas como sempre o que se pensa acontece, mesmo sendo o pior, os caras fazem!!!


O BJ estava de co-piloto, o Julio do lado de fora vira pra ele e fala o procura uns papel ai! O BJ não quis entender ou escutar o que o Julio estava dizendo, então o paragua da uma ajuda e acha aqueles panfletos de propaganda de imóveis dado nos semáforos e passa pro colega em apuros. Caminhões e ônibus passam, pela estrada e buzinam piscam luzes gritam xingam e os pork´s do lado de dentro do carro se esbugalhando de rir da posição do Julio agachadinho passando um folder de um apartamento de 3 quartos na bunda.


Depois das necessidades fisiológicas do motorista satisfeitas seguiram para o destino certo. Ao chegarem no rodeio abandonam o carro no estacionamento e partem em destino a entrada do tal rodeio. Descem para a arena, o show ainda não havia começado e para não perder tempo nem costume a caçada se inicia.


O Bj naquela época achava que se fosse mulher e fizesse sombra dava pra encarar, o Julio era adepto da mesma teoria, já o toro estava meio pra baixo, mas o que viesse seria lucro, o Paragua tava pronto pro que der e vier. Começam a analisar as garotas da arena e acham duas tampas perdidas a procura de alguém, como sempre muito solícitos vão para o encontro o Bj e o Julio o Paragua e o toro ficam no local zero só analisando a atuação dos companheiros, a atuação foi bem sucedida, as escrotas eram incataveis em condições normais de operação, como estavam fora dessas condições, vale tudo.


Em poucos momentos retornam para o ponto zero para serem aloprados pelos que ali ficaram e não se atreveram a tal peripécia. Risadas a parte, não poderiam faltar os dedos de checada de óleo na cara pra manter a tradição e os comentários de como estava a vontade das garotas. O paragua sai com o toro para comprarem cerveja, estavam a muitos minutos sem álcool novo, uma facada a cerveja 2 real a latinha (duas notas de 1, naquela época ainda não existia um Noronha), eis que cada um compra duas e vão de encontro aos demais.


O toro retorna ao ponto zero, e o bj e o Julio perguntam cadê o paragua, boa pergunta responde o toro, eles estavam voltando juntos e o toro se distanciou muito do paragua que ao invés de ir atrás ou voltar ao ponto zero resolve sair em sua empreitada em busca do sucesso.


Nesse ponto da historia o show já havia começado e a arena estava como um formigueiro não dava mal para andar no meio da muvuca, os três cavaleiros continuam a curtir com a mulherada que pasava por ali e nem se deram muita importância para o sumisso do companheiro paraguaio.


Em sua empreitada, paragua logra êxito com duas cervejas na mão, sempre muito cavalheiro vê ao longe mas olhando em sua direção uma beldade de mulher, uma moca com não mais que 25 anos, sentiu na hora que seria ela, assim o fez, dirigiu-se até a garota conversa vai e vem a cerveja que estava fechada é aberta, as musicas rolam a cerveja acaba, no meio daquele monte de gente pouca coisa era clara, só deu para perceber que a garota foi olhar para o palco tentando ver o show e foi tempo mais que suficiente para o Paragua sumir.


Retorna paragua ao ponto zero e fica igual ao nada uns 5 minutos sem os caras perceberem que ele havia retornado, eis que ele vira pro lemao e pergunta:


  • O lemao, que horas são ?

  • Seilá paragua, não to de relógio...


O paragua não satisfeito vira pro bj e pergunta:

  • O Bj, que horas são ?

  • Num sei cumpadi, deixei meu relógio em casa...


Inconformado com a resposta dos cara, insiste mais uma vez e vira pro Julio e pergunta mais uma vez, esperando uma resposta diferente desta vez.


  • O Julio, que horas são ?

O Julio com todo seu jeito delicado de ser, se vira pro paraguai e lança:

  • Caralho paragua, pra que se quer saber que horas são, porra, to sem relógio.

Mas os cara não tavam entendendo e o paragua pergunta mais uma vez, vocês não sabem que horas são ? em coro respondem : - Não sabemos caralho !!! ai o Paragua viu que prendeu a atenção dos demais e me lança esta daqui:


  • Pergunta pra mim, pergunta pra mim que horas são .


Os cara pensaram que viria alguma daquelas bosta de criança ou de bêbado no estilo do papai papudo 5 pra daqui a pouco, algo nesse naipe. Mas o que se sucedeu foi uma cena indescritível. De verem que o paragua queria muito que perguntasse que horas são o bj vira pra ele e pergunta ta bom paragua que horas são, e ele chama o bj de canto que retorna cambaleando de tanto rir, o toro e o Julio nao entendem nada e vão perguntar pro bj o porque de tanto riso, o bj mal conseguindo respirar, soh disse assim: “- Cara, não acredito nisso.” Ai o toro vira-se pro paragua e pergunta, que ta pegando ? que , que , que horas são ?


O paragua vê que é a hora não poderia ser a mais propicia para colocar na roda que horas são, e ele disse que horas eram, ou melhor, mostrou que horas eram, retirando do bolso de sua calca uma pulseira prateada com o fecho aberto, faltando alguns gomos e no final dessa pulseira encontrava-se as horas, um relógio Dumont que havia ganho de guento da mina que ele tinha embrulhado.


Ninguém conseguiu agüentar, essa é uma das historias por nos vividas e que mias se discipou entre os conhecidos e desconhecidos e quem quiser ter a prova do crime é só dar uma passada em são Paulo e trocar uma idéia com a mãe do paragua e perguntar a marca do relógio de de pulso que ela usa no momento, e de quebra ainda pode perguntar quando ela ganhou o presente do seu filho Laslo. Deixa eu dizer aqui, vai que algum retardado vai perguntar pra ela... Depois de uma passadinha num relojoeiro e duma pulseira nova foi um ótimo presente de dia das mães.


terça-feira, 2 de junho de 2015

livro livro porks - o dia do bilhar

O Dia do Bilhar

Antes de iniciarmos nosso conto devo informar ao leitor que ele é baseado em uma historia real, todos seus participantes estão cientes dos fatos aqui apresentados, afinal participaram da historia e colaboraram na elaboração desse engodo.

A historia aqui narrada aconteceu em meados de junho, todos seu integrantes são maiores de idade, sem antecedentes criminais e universitários, exceto o Julio, que abandonara a faculdade naquele semestre e agora tornara-se vestibulando. São eles (em ordem alfabética): BJ, Buga, Julio, Paragua e o Toro, não direi que são amigos de infância, pois se conheciam a pouco mais de um ano, mas para eles o tempo pouco importava, todos se consideravam irmãos e dos bons.

Denominavam-se “pork’s”, e na realidade os caras são, você verá ao longo desse conto... Não explicarei aqui o porque do nome, veja o filme e tire suas próprias conclusões.

Tudo começou quando o Toro ouvira falar de um barzinho que havia inaugurado a poucos dias, um bar um tanto eclético, meio gótico chamado “The Bloody Coven Bar”, desde a inauguração do bar ele enchia o saco dos pork’s para irem nesse tal de Coven “Pô, vamos ao Coven, Veio!”. De tanto falar os caras toparam, tudo aconteceu numa terça feira...

Estavam previamente combinados de visitarem o recinto o BJ, o Toro e o Paragua, como não podia faltar, ligaram para o Buga (de vez em quando ele não bebe e tem carro) o qual nessa altura do campeonato via uma aula por semana com os caras, e olhe lá! Buga apareceu no quartel general (casa do BJ) e então se dirigiram para o tão famoso... Foram de BugaMovel, pois o Buga foi o motorista “escolhido” do dia e não iria beber.

Dirigiram-se então para o barzinho, chegando lá a grande surpresa, o bar encontrava-se fechado, isso mesmo, fechado com o portão fechado, tudo apagado... Acharam muito estranho, o horário não era cedo (por volta de 9:40), para não perder a viajem, analisaram o lugar, parecia muito louco, com um tumulo no jardim, tudo escuro e sem ninguém, como já saíram da casa do BJ meio altos, ficaram em coro chamando os vampiros, mas nada deles saírem...

Uma faixa muito bonita estava na porta do bar, como precisavam de algo para mostrar que tinham ido ao lugar, levaram a faixa como um prova de terem passado pelo recinto. Muito insatisfeitos com a casa fechada, lembraram do Julio, que era o rei em dar “relaxos” (como eles mesmo comentavam), dito e feito, passaram na casa do Julio e foram informados pela Dona Ana (mãe do Julio) que ele estava no cursinho, mas já estaria chegando, aguardaram.

Julio chega poucos minutos depois com um dogão, aqueles de duas salsichas por um real, seus companheiros nem ao menos o deixam entrar em casa, simplesmente o raptam para um destino incerto.

E ai? Aonde vocês vão? – Julio faz sua primeira pergunta. “Seilá” - a galera responde, “oh, vamos jogar bilhar”, alguém teve a grande idéia, até ai tudo bem, o difícil era saber aonde ir. Deveriam ter ido ao Chaplin na Norte-Sul, mas nada disso, dirigiram-se para o bilhar mais podre de Campinas e Região, perto do Taquaral, um galpão caindo aos pedaços, pouco iluminado e servindo chopp Germânia...

Os caras não são nenhum Rui Chapéu, jogam bem, mas não é tudo isso, o pior e o Buga, tem que ver a maneira com que ele joga, é jeito de viado como diz o Julio. Pegaram umas cinco fichas de bilhar e umas cervejas para acompanhar, jogo vai, cerva vai... Ate que o Buga diz “cansei vamos jogar pimbolim“, ai que começou a diversão! Compraram uma única ficha de pimbolim, colocaram um boné em cada gol e jogaram ate os pulsos doerem por 50 centavos...

Jogaram mais uma partida de bilhar, fecharam a conta e saíram na boa, ao entrarem no carro contam os brindes: uma bola 8 guentada no bolso da jaqueta pelo Paragua, uma bola de pimbolim também da mesma fonte, um copo de cerveja tungado pelo BJ e dois cinzeiros pegos pelo Buga. Naquela noite como o leitor pode perceber eles estavam empolgados para pegar souveniers.... E ai vamos pra onde? A indagação foi geral, isso o relógio batia uma da manhã... Ah seilá vamos comer alguma coisa. Beleza, saíram a vagar pela linda e formosa cidade de Campinas, onde nada há para se fazer numa terça-feira, a procura de comida foram incorporando mais souveniers, placas de transito, pneus e cones de sinalização, e o porta-malas do BugaMovel foi-se enchendo...

Eis que passam por uma rua no bairro Cambuí, uma esquina linda de uma loja de moveis toda envidraçada todinha iluminada por dentro e a rua um breu só, dito e feito, Buga para o carro, apaga as luzes e adivinhem bola 8 no vidro. BJ estava no banco da frente, saiu normalmente do carro parou na calcada, com a bola 8 na mão, entre ele e a vidraça nada mais que uns 3 metros e eis que sai a bala...

Aquela parábola perfeita, ângulo de lançamento de 45 graus, todos acompanham a trajetória da bola, quadro a quadro, parecia ate que a bola nunca chegaria, foi um momento longo, ate que, “Pof” a bolinha bate na vidraça quiçá no chão e desce vagarosamente a calcada, a vidraça, nem um arranhão, eis que o Paraguai que estava no banco de trás sai do carro numa velocidade, gritando “Seu Japoneis Burro” e corre desesperado atrás da bolinha...

Agora vai! Paraguai recupera a bolinha, BJ entra no carro, BugaMovel ligado, com a porta aberta, pronta para a fuga, Paragua se posiciona a meio metro da vidraça e lança...

“Téin” foi a maior ricocheteada já vista, nada aconteceu no vidro, Buga sai em disparada e a risada e geral...

Não muito distante desse ponto carro em movimento, eis que o Toro diz “abaixa ai paragua” e mais um lançamento ocorre, dessa vez foi a bolinha de pimbolim indo direto na janela de um pobre coitado, essa foi certeira e o vidro não era blindado!

A noite estava ficando boa, embora não estivessem xapados estavam um pouco alegres. Dando uma volta pelo centro de convivência ainda a procura de comida, deparam-se com um amontoado de cadeiras de um restaurante, todas na calcada esperando para serem destruídas.

Como era de praxe quebrar era a lei, pararam o carro, desceram todos os elementos, exceto o buga que ficou de prontidão para a fuga, eis que só as risadas e pedaços de madeira voando, voltam para o carro o Julio e o Toro, cadê os cara pergunta Buga, já vem vindo, vem o Paragua gritando abre o porta mala buga... E Vem ele com uma cadeira na mão e tenta coloca-la no porta malas, como o porta malas já estava abarrotado de artigos diversos, tiveram a grande idéia de seguirem seu passeio com o porta malas aberto, imagine a cena, um citroen preto com 5 elementos dentro com o porta malas aberto e uma cadeira pra fora, foi demais!

Seguem a rotatória do centro de convivência, eis que surgem os coxinha (denominação carinhosa dada aos homens da lei) num corsinha vindo pela contra mão em alta velocidade ao cruzarem o bugamovel dão um cavalinho de pau e começam uma perseguição, nessa hora, todos pensam em apanhar muito e ficar preso uns dias...

Em situações desse tipo um segundo parece uma eternidade, o citroen em alta velocidade dobra a direita e toro diz, joga a cadeira, “push”, paragua joga a cadeira e Julio abaixa a tampa do porta malas, eis que ouvem... “Ai caralho, para Buga. Para!” Era Julio desesperado de dor por ter prendido sua mão enquanto fechava o porta malas. Todos em coro gritan, não para não buga, não para, guenta ai Julião.Descem a uns 120 por hora a rua da prefeitura, atravessam a avenida Anchieta como um raio, entram em umas quebradas e beleza, policia despistada, agora podem parar o carro, um pouco sossegados...

Julio fica a assoprar sua mão por muito tempo, e dizendo olha ta roxa, vai necrosar. Depois do susto foram só gargalhadas e reflexões sobre a fuga... Decidiram para de dar relaxo e quebrar tudo, mas ainda estavam com fome, lembraram de uma padaria 24 horas que fica no Castelo e pra lá se dirigiram.

Chegando lá o capeta decidiu testa-los pela ultima vez, estavam todos na boa, já haviam pedido seus respectivos lanches, pra falar a verdade, pediram 5 pães e 300 gramas de mortadela, sentados conversando sobre a noite e tal, escutam o “thu-thu-thu-tuuu” do freio a ar de algum caminhão ou ônibus, no caso era um ônibus, um cometão, lindão, mas ate ai ele nem haviam se ligado no que os esperava.

Depois de comerem os deliciosos lanches, saíram da padaria e ficaram esperando o Paragua que estava sem troco pagar a conta, e repararam que o cometão estava ligado, com os faróis acesos, pronto para ir dar uma voltinha com eles, olharam dentro da padoca e o bigode (motorista do buzão) estava sentado de costas pra rua tomando um cafezinho, nisso Paragua chega e todos olharam pra ele, muito rápido por sinal Paragua vira e diz, “nem fodendo, dessa vez e cana na certa”, “mas pêra ai” diz Buga, “oh Toro, se tem carteira C não tem?”

“Tenho, mas não rola, não estamos tão xapados assim, nos vamos é ser presos”.Ai a voz da sabedoria diz “Vamos embora, logo, quem sabe um outro dia”.

Entraram todos no carro e foram para casa.