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sábado, 15 de março de 2025

A última vez que te vi... (introdução)

Reflexão sobre amizades, memórias e encontros da vida adulta

Por esses dias era aniversário de um amigo daqueles de longa data, tipo de mais de 20 anos, daqueles que dificilmente farei no resto da vida, como disse o Julio uma vez, pelo simples fato de nao ter mais tempo habil pra tal. Pô, passei poucas e boas com esse meu amigo, eu nao tenho muita distinção das caixinhas/esferas da vida, ainda mais no quesito amizades, mas uma hora nesse negócio da 'vida adulta' digo que perdi o contato e perdi o contato literalmente, o telefone que eu tinha pra mandar uma classica saudação de aniversário nem WhatsApp tinha... tenho amigos com diversos DDDs esse era 061.

Falando em DDD, me remeteu a uma grande inabilidade que tenho na vida, a de falar ao telefone, hoje em dia ela passa despercebido, afinal, quase ninguem mais usa voz sincrona no 'one o one' mas eu nao conseguia nem ligar na pizzaria.

Propaganda DDD Embratel
Figura 1: Garotos propaganda do DDD da Embratel

Ja usei orelhao, bem pouco, bem pouco mesmo, de ficha cinza da Telesp, de ficha 'metalica' de DDD nao tenho memória, cartao telefonico usei tambeḿ, mas mesmo esquema da ficha, quase nada... ligar pra operadora e ela fazer a ligacao tambem, já usei cabine de telefone, pager e fax ja tive que usar os 2 mas nunca tive e nos dias atuais, muito raramente uso celular para ligação de voz, exceções pra falar com a Ju, minha mae e meu pai, sobre esses itens de museu faz uma boa década que isso tudo nem faz mais sentido em existir, acho que só o DDD ainda o faz e o celular.

Voltando... fiquei pensativo com o fato de ter perdido o contato, não que não conseguisse localizar o Fabricio e conversar com ele ou mesmo visita-lo, mas a reflexão foi dura, e se me conheço, o que as vezes não sei ao certo, perdurará por um bom tempo!

No meio de 2019 eu me mudei pra São Paulo pra trabalhar em um emprego novo, eu ia de domingo a noite e voltava na sexta depois do almoço. Fiquei uns dias no meu pai no Ipiranga até arrumar um lugar pra ficar, se eu fosse de carro demorava coisa de umas 3 horas no trajeto ida e volta, de onibus, metro, metro e trem um pouco menos... la na Patriarca sem condição, demoraria umas 4 horas no minimo, como nao suporto tempo perdido sem necessidade me mudei pra pertinho do trampo, depois o trampo mudou e ficou mais perto ainda, de algumas estações de trem pra ir a pé em 20 minutos.

Bom, como não lido bem em ficar sozinho e estava em sampa só pra trabalhar, sem amigos, sem familia, sem vicios, sem hobbies e com tempo sobrando eu tava fadado a ter uma nova crise de depressão. Então maquinei um projeto um tanto quanto mirabolante para minha pessoa, mas que seria exequivel e me proporcionaria momentos prazeirosos durante minha estada pela selva de pedras.  Tem muita coisa na vida que não gosto e não vem ao caso pensar nisso agora, mas tem algumas coisas que gosto e estar com meus amigos falando abobrinha eu gosto. Isso posto, como diria o Rodrigo advogado, lá fui eu colocar o plano em pratica, encontrar meus amigos de São Paulo!

Devo ter encontrado, pensando agora nisso, uns 3! Lembro aqui de comer uma pizza com o Marcão e de ter ido na casa do Takaoka com o Guilherme numa chuva daquelas que alaga sao paulo. O projeto deu com os burros n' água logo no começo, o trampo acabou exigindo muito mais do que meu preconceito e logo na sequencia começou a pandemia... mal deu tempo de fazer amigos novos no serviço.

A pandemia afetou as pessoas de maneiras diversas eu perdi um dos negócios/atividades que eu sempre fiz, gostava mas não me dava conta, que era o almoço com a galera do trampo, galera pode ser de 1 a equipe toda.

Quando eu estava em Campinas essa parte não existia, na verdade nem teria como, eu nao almoçava! Aflorou em Brasilia e logo quando aterrisei por lá, no curso de formação pra aprender a dominar dinossauros a turma toda almoçava junto, coisa linda de ver, um ou outro que se desgarrava pra resolver alguma coisa mas era uma beleza, com o tempo surgiram alguns grupos de maior afinidade, penso ser normal esse tipo de comportamento e ser inerente a condição de humanos... mas mesmo depois do curso continuamos almoçando juntos, se bem que foi mais por acaso que por escolha, afinal a maioria foi trabalhar junto, mas tinha sempre aquele almoço diferente de vez em quando; tinha a churrascaria da vila planalto, a pizza hut do pier 21, o embaixo da arvore, o gauchinho que acabava indo quase sempre eu, o Michel e mais algum perdido e tinha os achados do Taide que era sempre um mistério envolto de aventura, afirmações infladas, era sempre o melhor de Brasilia, mas quase sempre era furada na certa, mas eu me divertia, me sentia bem com meus amigos, a comida era coadjuvante.

Pausei aqui e fui atras dum video que eu gravei muito, muito tempo atrás, acho que nem iphone existia ainda... e nao é que achei?!


Video1 : Indo almoçar com o Taide e o Michel

O Marcelo a Ju encontrou com ele em Salvador ano passado, puta cara gente fina, saudades deles, bem ao encontro desse texto aqui.

Retomando, o pensamento vai looooonge mas ele consegue retornar ao assunto, eu sozinho é mais dificil, mas deu pra reler o que ja escrevi e vamos lá. Eu fiquei alguma madrugada dessas de insonia pensando bastante nos amigos que perdi ao longo da jornada, nao que perdi de ter virado estrelinha esses até o momento foram poucos, falo dos outros todos, nao apenas os que mudaram de CEP (igual naquela musica do Rashid, se o mundo acabar) mas tambem aqueles que lutamos juntos e nao vencemos ninguem (outra musica, a noite dorme la fora dos Inocentes), enfim, os que eu ainda posso ver, não os que só consigo encontrar nos meus sonhos.

Puxei pela memoria, nossa, esse faz tempo que nao tenho noticias, nao consegui lembrar a ultima vez que o vi, forcei a mente pra tentar lembrar entao a primeira vez, tambem nada, a voz ? nao, sem registro de frases ou bordoes... a imagem ?... essa é mais complicada ainda nao consigo visualizar nada, tipo aquelas nuvens de desenho animado que mostra o que esta pensando, aqui é sempre vazia, sem imagens, sei o que é um elefante, me vem um monte de memoria e informações sobre mas nao consigo visualizar., voltando ao meu amigo, esse que se precisar fazer um retrato falado eu nao consigo, mas que lembrei de quando dormi na casa dele depois de uma bebedeira da faculdade, de quando viajamos pra Bauru, do golzinho preto que era top de linha e ele se gabava do possante, que ele adora pipoca, é da turma do pedal (de vicio mesmo), que sempre trabalhou fazendo caixinha pra produtos, que curte um pedal, enfim, até que lembrei de bastante coisa, nao consegui lembrar o nome das filhas, acho que sao duas (será?, nao tenho certeza), já as vi ?!?!? lembrei de uma que vi bebe quando visitei eles em sampa uns pô, seila 15 anos atrás ? e assim se sucedeu com cada um dos que foram aparecendo em meus pensamentos, amigo aqui é menino ou menina, mas vou escrever sempre amigo. Enfim eu consegui lembrar de um apanhado de coisas, outras tentei e nao voltou nada, mas o que ficou é sentir que passei momentos agradaveis com ele e pra mim é um baita amigo. Mesmo que eu não o veja há um bom tempo!

Eu ja tinha despertado esse lance de por onde anda quando lembrei do vestibular e da matricula aqui na Unicamp e lá na USP, quer dizer a matricula na USP eu só tenho flashs, mas enfim, eu tentei achar o Vinicius e a Camila, o primeiro nem sinal de fumaça e olha que o cara tem um sobrenome bem incomum e seria facil encontrar mas nao achei foi é nada, nada e como nao tem amigo em comum, esse é um que além de não ver nunca mais eu sequer terei noticias. A Camila por sua vez respondeu o contato mas ainda nao retomei um dialogo, tipo vida de adulto é uma boa desculpa, sem falar que a mina é tipo presidente de alguma firma gringa la nos States e deve ter menos tempo que... seila quem que tem muito pouco tempo pra conversar, talvez alguem que trabalhe muito, que acho ser o caso.

Preciso ensair.

Terminando que tenho mais o que fazer, outro dia termino... (agora eram meio dia de um sabado)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Dois anos atrás comecei num emprego novo, mas esse texto nao é sobre isso!

Meu primeiro emprego e trajetória no Banco do Brasil

Meu primeiro emprego e acho que deva ser o mais duradouro da minha vida foi no Banco do Brasil.

Até 2005 eu trabalhei em agências bancarias majoritariamente como caixa, atuando na retaguarda do atendimento, quase nunca atendia clientes, trabalho rotineiro, repetitivo, operacional puro, sem grandes variações das tarefas, eu adorava! Meu horario de trabalho foi diferenciado por muito tempo, conseguia fazer a faculdade de manha, trabalhava a tarde e de noite voltava pra faculdade. Teve um ano que deu ruim esse esquema porque teve apagão de energia eletrica e resolveram que os bancos iam abrir as 9 da manha, ai dancei, nao teve jeito, a agencia ia fechar as 5 e eu tinha que entrar no máximo as 11, deixei de fazer algumas matérias que estavam no gatilho naqueles 2 semestres. Tirando esse periodo do apagão, no geral foi esse o esquema durante a faculdade.

Eu morava com o Boy desde que entramos na faculdade em 98, mas a gente colava direto no ap do Poin, do Guidi e do Matheus porque lá ficava o video cassete, o computador e posteriormente o DVD que lembro como se fosse ontem o dia que fomos comprar ele no Carrefour da Dom Pedro, paguei com carnê! Grana sempre foi bem regrada, minha mae ajudava com o aluguel e o condominio (eu acho, nem lembro mais direito, ela pagava direto pra mae do Boy), seu Irá longe disso, desde que me lembro por gente finanças nunca foi o forte dele, depois de velho uma vez conversando com ele, ele acha que nunca na vida gastou menos do que ganhava, seu Irá aparecia de vez em quando sempre pedindo uns cheques pra rolar alguma divida e pra eu comprar um carrinho financiado no meu nome pra ele, que ele ia pagar e tals, igual os cheques que nao iam voltar, mas enfim eu ficaquei fugindo do oficial de justiça por algum tempo... sapeca queria tomar de volta pro banco só porque seila pagou só as 3 primeiras parcelas, esse aqui deu pano pra manga e no final das contas minha mae que me salvou dessa, tipo acordo com advogado e tudo certo, foi por pouco que nao me mandaram embora do banco nessa época, afinal de contas era justa causa funcionario com descontrole de financas com cheque devolvido, nome no CCF, SPC, Serasa, dureza, bom que nessa época era tanta coisa acontecendo junto que nem dava muito tempo pra pensar na zona que ficou minha vida financeira por alguns anos.

Sei que em 2002-2003 a gente mudou de apartamento e foi morar junto com o Tadashi e o Marcelo ali no Primavera, nessa época minha mãe parou de ajudar com as contas. Mas tenho que deixar registrado que ela sempre falou pra eu largar o banco e fazer estagio, depois pra fazer trainee, de largar por largar e tentar trabalhar com outra coisa, mas nunca deu certo, sempre que tava nos finalmentes rolava um, veja bem... coisas da vida.... Em janeiro de 2004 fui morar com a Ju, voltando pros estudos....eu me formei em Engenharia Química aqui na Unicamp no meio do ano, não posso afirmar que nunca trabalhei na área, afinal de contas fiz estagio na ACME, montamos uma fabrica de rodinhas de skate do zero, compramos uma de shapes... então um pouco de experiência posso dizer que tive, mas foi bem pouco.

Bom, a vida era bem corrida nessa época, lembro que eu estava tocando a fabrica, fazendo MBA, ingles, mestrado e graduação tudo junto, o ano era 2005.

O emprego no banco sempre me pagou o suficiente pra eu nao conseguir sair dele!

Quando fui atrás de estágio bateu o desespero, sem estagio nao me formava e com estagio as contas nao fechariam.... A solução foi arrumar um bem bolado nas ferias e finais de semana, pro bono, com objetivo claro de estagiar as horas necessarias para cumprir os requisitos da faculdade, o estágio foi bem da hora, aprendi um mundo novo, o mundo do poliuretano e devo dizer foi nele que tive a ideia pra montar a fabrica de rodinhas pouco tempo depois.

Os programas de trainee eram bem interessantes, mas sou totalmente avesso a processos seletivos, tenho sérias limitações, lembro de ficar extremamente ansioso, tinha tremores, falta de ar, as mãos suavam, gaguejava, era um show de horror pra mim, simplesmente nao consigo participar de dinamicas de grupo e todo o teatro envolvido, lembro de ter comentado isso no discurso da formatura. Cheguei a ir embora no meio de uma dinamica de grupo que um ser ia ser o tubarao e os outros nadariam no chao fugindo dele...Enfim, cheguei a participar de alguns processo de trainee, mas em virtude do exposto acima, dificilmente passaria, e mesmo se tivesse dado bom, talvez nao desse pra encarar 'largar o banco', o salario no banco e o do trainee, com rarissimas exceçoes eram iguais, sem falar que a fábrica ja estava rodando e um trabalho em tempo integral ia complicar bastante o fino ajuste das engrenagens da minha vida.

Quando fui fazer mestrado ai foi desesperador, a bolsa era algo em torno de 1/5 do meu salario, abdiquei da bolsa e continuei trabalhando no banco, resignado.

Ai no final de 2005 uma reviravolta.

Eu tinha feito um processo seletivo, viajei até curitiba pra participar (aproveitei e visitei o Jean na ocasiao), pra ir trabalhar com computação, la em Brasilia na diretoria de tecnologia, nesse processo era tipo pra habilitar a gente pra poder ir, se tivesse vaga e quando tivesse chamariam a gente, nao demorou nem 1 ano, a Paula ligou falando que eu ia e fiquei tao pasmo que sequer peguei os dados dela pra retornar com duvidas e tals, foi só aguardar e um dia chegou a convocação.

A Ju ainda tava fazendo residencia, eu tava fazendo a graduacao em quimica, o mestrado em degradação de polimeros, o MBA na FGV de executivo em financas pelo banco e a fabrica quase engrenando, tudo indicava que eu continuaria estudando, tocando a fabrica e esperando um dia poder 'largar' o banco e ficar só com a fabrica ou mesmo virar professor, seila, nao tinha um plano, tava seguindo na inercia do que foi acontecendo.

Resumindo objetivamente o que aconteceu, a Ju descolou uma republica pra eu morar lá no Cruzeiro até ela terminar a residencia e ir pra la morar junto comigo. Me mudei com o Uninho abarrufado de coisas, a Ju foi meses depois com a mudança de caminhao que acabamos deixando num guarda moveis, que me protestou uns boletos na louca e quase me fez perder o trampo, mas assim que descobri os caras resolveram. Voltando, compramos um AP sem ver, antes mesmo de ir pra Brasilia, só tinha umas fotos no site da cooperativa e vamos lá, vai dar, vendemos o Palio e demos a entrada. Era pra entregar seila em maio mas atrasou coisa de um ano, um ano e meio, a Ju arrumou emprego em formosa, mudamos pra lá, de formosa pra brasilia era coisa de 70km, demorava uma hora pra ir pro serviço e umas 2 pra voltar. Era bem corrido, mas tava valendo. As vezes eu ia de carro, poucas, na maioria das vezes era de onibus mesmo, que o banco até ressarcia, sabe-se la como mas pagava. tinha mototaxi por la, anos luz a frente do seu tempo, agora 2025 que ta bombando os uber moto e o 99 moto.

Bom, ai nesse meio do caminho acabei deixando mao da quimica, da fabrica, de virar professor, da engenharia e acabei virando domador de dinossauros, quer dizer, eu virei um programador Cobol!... Trabalho esse que me acompanhou por mais de uma década, até que fui trabalhar no Original e nunca mais programei nada e virei meio que um analista de negocios, funcional, seila que raio de nome que tinha, o que eu fazia era deixar o sistema de compras e saques com cartao funcionando!

E foi isso ai.

domingo, 4 de agosto de 2024

Divagações no voo...

Quem é o Buga? Uma Apresentação Pessoal

Saudações,

Vida Pessoal

Sou o Buga, nasci em 1980 em São Paulo capital, mudei pra Campinas em 1998, fui pra Brasília em 2006 e retornei para Campinas em 2014.

Na família somos eu e meu pai.

Tenho uma acompanhante terapêutica, meu anjo na terra, a Ju está comigo há mais de 20 anos, ela prefere a alcunha esposa.

Somos pais de duas pessoas, a Helena com 8 anos e o Vinícius com 12, de uma cachorra, a Wendy e de 3 hamsters, o Paçoca, a Penélope e o Pequeno.

Formação e Carreira

Formei em engenharia química, fiz MBA em mercado financeiro, duas pós-graduações em tecnologia da informação, tentei por 3 vezes terminar faculdade de química, mas ainda não finalizei.

Tive uma fábrica de rodas e shapes de skate, que montamos do zero, eu e um amigo de infância com 20 e poucos anos, foi muito intenso e desafiador, aprendi muito, viajei bastante, conheci empresas, pessoas, trabalhava muito, não tanto quanto com cartões, mas era bastante mesmo, o sonho durou 6 longos anos.

Trabalhei a vida toda em banco, 20 longos anos, cuidava do sistema de autorização de cartões, as vezes funcionava aos trancos e barrancos, mas funcionava! Costumava dar uns probleminhas, mas não posso falar sobre isso publicamente, enfim, os riscos da atividade são inerentes a loucura do dia a dia. Teve vez aue fiz caca e fui promovido e teve vez que fiz caca e fui demitido, é da vida!

Abandonei esse mundo e desde o carnaval de 2023 virei engenheiro de processamento de petróleo júnior na Petrobras.

Vida Familiar e Crenças

A Ju é judia, eu sou deísta.

Saúde Mental e Neurodiversidade

Tenho minhas incontáveis idiossincrasias, tenho ciência de quase a totalidade delas, entretanto com o mascaramento de décadas e treinamentos/condicionamentos baseados no pior de Skinner, Vygotsky e Pavlov acabei sendo moldado para passar despercebido na multidão, na multidão, porque quem me conhece um pouco mais a fundo, consegue perceber que não sou muito ajustado.

Até falar ao telefone as vezes eu conseguia, quer dizer, as vezes não, muito raramente.

Não tenho hobbies, meus hiperfocos tem começo, meio e fim, não duram mais de 1 ano.

Tive até hoje, no máximo uns 10 episódios de desregulação total e o que me deixa sempre pasmo é que logo imediatamente após a explosão eu já me sentia pleno, num estado de torpor, uma paz em minha mente.

É desgastante ao extremo viver na normalidade, como consequência direta desenvolvi insônia crônica, não durmo direito desde que consigo me lembrar... Os remédios que controlam e induzem meu sono tem que ser trocados com frequência pois o efeito cessa depois de um par de anos.

Passei por alguns episódios de depressão ao longo da vida, geralmente desencadeados por alterações na minha rotina. Nesses momentos costumeiramente acompanham sintomas físicos, como vômitos, diarréia, sudorese que duram semanas até que eu consiga me adaptar novamente.

As crises de depressão severa duram de 6 meses a 1 ano.

Sensibilidades Sensoriais

Meu paladar é infantil, tenho restrição alimentar alta (menor que de meu pai que é vegetariano desde que me conheço por gente), mas assim como no comportamento também fui condicionado a me alimentar de acordo com o cardápio mesmo não gostando. Tirando peixes, frutos do mar e afins que sou alérgico, acabo conseguindo com muito esforço comer praticamente de tudo, mas tem seu preço e faz um tempo que não tô pagando mais não.

Sons não me incomodam há mais de década, desenvolvi habilidade de estar constantemente com uma música de fundo na minha mente, por vezes ela sai e sou pego na ecolalia e aí são alguns minutos pra me regular novamente, uso abafador apenas quando vou me deitar para dormir, costumava deixar algum som no ambiente, mas ultimamente, 4 anos pra cá o abafador tá de boa.

Tenho hipersensibilidade ao toque, pele sensível, se começo a suar desencadeia urticária colinérgica, uma etiqueta na camisa me causa uma crise alérgica, uso o mesmo uniforme há décadas, com poucas variações. Costuma ser sempre bem folgado pra não ficar justo, colado na pele. Uso uma camiseta sem costura lateral, calça social quando o serviço obriga calça mas geralmente estou de bermuda folgada e tênis largo (estilo skate). As variações causam desconforto, jeans, camisa, ALL star não são bem vindos, uso, mas dão "coisa".

Até a pandemia utilizava toca na cabeça. Tanto que se não soubesse o que me dar de aniversário era só comprar uma que era sucesso garantido, tenho mais de 50, but usava quase sempre as mesmas 3. Descobrimos que era um amuleto e acabei, assim como minha corrente de bicheiro e acabei abandonando seu uso sem grandes prejuizos.

Possuo extrema dificuldade em ir ao cabeleleiro, evito ao máximo, a última vez que fui, foi em 2014, passo mal, acabou deixando o cabelo comprido justamente por isso, esporadicamente, a cada 1, 2, 3 anos, não tenho uma memória das datas, raspo careca, já já tá na hora de raspar novamente. Ah, costumo frequentemente enrolar o cabelo nos dedos até a ponta do dedo ficar roxa, faço isso desde que me conheço por gente.

Amigos e Conexões

Tenho amigos que não vejo mais, outros que nem notícias tenho, um que é praticamente meu vizinho e que passo semanas sem o ver, são bem poucos os que tenho algum contato rotineiro.

Nesse final de semana reencontrei amigos de Brasília, alguns dos quais não via há 10 anos e não tinha mais contato, gostei muito, deu pra me atualizar dos acontecimentos mais marcantes na vida da maioria deles, muitos acontecimentos maravilhosos, outros nem tanto, histórias engraçadas, assustadoras, apaixonantes, revoltantes, enfim, coisas da vida de meus amigos que eu nem imaginava... mas todos estão bem, na medida do possível!

Infelizmente sinto que, obviamente até pelo tempo e meu distanciamento, que não pertenço mais aquele mundo. Fiz grandes amigos na vida, sei que eles se preocupam comigo e me querem bem mesmo eu sendo, digamos, o Buga.

Há algum tempo não ouço mais a frase: - "Você que é o Buga?" Com entonação de surpresa/espanto e com certeza a expressão fácil não negaria o sentimento, mas eu acho, acho mesmo porque essa habilidade eu não possuo. Quem nunca tinha me visto com certeza me imaginava uma pessoa bem diferente! Estou bem com isso, nunca gostei da reputação me preceder.

Reflexão Final

Ah seila, é mais ou menos isso aí.

Se me perguntarem se eu preferia ter sido eu sempre; com certeza eu teria escolhido eu, mas não tive a opção e hoje sou essa mistureba maluca em constante luta comigo mesmo.

Parafraseando o poeta: "Acho que não sei quem sou só sei do que não gosto"

Fui, Buga
Brasília -> Campinas
4 de agosto de 2024

sábado, 24 de abril de 2021

Marcos e Comemorações - um post do facebook

Resumo: Buga conta a história de um whisky Johnnie Walker Blue guardado para ocasiões especiais, lista marcos pessoais e reflete sobre celebrar o cotidiano.

O Whisky que Nunca Abri: Uma Reflexão sobre Celebrar o Cotidiano

A Garrafa de Johnnie Walker

Comprei um whisky há muitos anos, acho que é um dos artigos que me acompanha há mais tempo, mais antigo que ele só a minha caixa de memórias e fotos reveladas mas essas estão na casa de mamãe Eliana.

O Jhonny Walker chegou há muito tempo, o pai do Marcelo que comprou em alguma viagem dele pro exterior, não lembro o porquê que pedi pro pai dele comprar e trazer, sei que paguei lá uns tantos dólares pela garrafa e fiquei com o pensamento de abri-la em momento futuro, em uma ocasião especial, um março, algo do tipo, para celebrar mesmo.

A fábrica de skates produz a primeira rodinha e o primeiro shape, nem lembrei do scotch ou se lembrei deixei pra próxima.

Marcos Pessoais sem o Whisky

Eis que vou morar com a Ju e não abri a garrafa, me formei e não abri, passei no vestibular e no mestrado aqui na Unicamp e não abri...

Fui padrinho do casamento do Allan e não tomei o uísque.

Terminei MBA na FGV,

Mudamos para Brasília e não abri na nossa despedida, compramos nosso apartamento e não comemorei tomando o whisky.

Fomos capa do jornal impresso Correio Brasiliense, acho que no aniversário de 50 anos da cidade... Tenho o jornal emoldurado, mas não abri a caixa do whisky.

A Ju passou no concurso da secretaria de Saúde do GDF...

Fui padrinho no casamento do Andre e da Carol.

Compramos nosso primeiro e único carro zero Km,

Meu pai conseguiu emprego na prefeitura depois de um bom tempo sem trampo, não comemorei.

Desmaiei no altar do casamento da Ma e do Du... Fomos padrinhos, o uísque continuou na caixa.

O Vinny nasceu,

Passei na UnB,

Os Pork's vão pra Brasília conhecer o Vinícius, nem lembrei de abrir o whisky.

Meu irmão teve uma parada cardio respiratória e não comemorei sua recuperação.

Minha irmã formou, meu irmão formou.

Fui promovido no serviço, ajudei a criar e fazer funcionar o cartão Amex no Banco do Brasil... e o cartão ELO, viajei pros States com o presidente do Banco do Brasil autorizando a viagem com publicação no diário oficial da união, ganhei um passaporte "oficial", baita marco na carreira... E o uísque nada, ali, na caixa, junto com outras bebidas no bar na cozinha.

Voltamos pra Campinas e não tomei o whisky na nossa despedida de Brasília.

Vivi um ano inteiro indo e vindo de Campinas pra São Paulo todo dia e não comemorei que conseguia ver minha família com frequência.

Fiz um treinamento inesquecível, me tornei educador corporativo, virei professor... de Cobol!

Pedi pra sair do Banco do Brasil e não tomei o whisky com meus amigos na minha despedida.

Mudo meu nome, crio o clã Buga... E ainda esperando um marco, um grande evento para comemorar com o uísque.

Termino uma pós graduação, passo no vestibular da Fatec para cursar computação...

A Ju toma umas 10 bolsas de plasma, a Helena nasce apagada... Tudo certo no final, o Jhonny Walker continua em sua caixa.

Meu pai realiza o sonho de ter um V8 de novo, veio me mostrar quando comprou, não comemorei.

Saio da IBM e vou trabalhar na CI&T, baita firma, negócio que a gente vê nas matérias de televisão, não comemorei...

A Ju consegue depois de muitas tentativas um emprego tão querido na indústria farmacêutica!

Volto pra IBM porque minha praia é mainframe e ia almoçar de novo com a Ju - igual nos tempos de Brasília!

Passo no vestibular da Unicamp...

Vou morar em São Paulo de dia de semana com meu pai... não comemorei.

Começou a pandemia e volto a morar aqui em casa, tava duro longe das crianças, da Ju, da Sheeva e da Sophia, sequer lembrei do uísque.

A caixa do Jhonny Walker me acompanhou no AP do seu Madruga, depois no 44, lá na Hermantino Coelho, na Jasmim, foi pra Formosa, pra 716 norte, pra Águas Claras, voltou aqui pra Barão Geraldo e eu esperando um grande marco pra abrir e comemorar!

Lição Final

Com certeza esqueci grandes marcos e acontecimentos que mereciam ser celebrados com esse scotch... Mas na real eu tinha que ter tomado era mesmo em um churrasco qualquer rodeado dos meus amigos e da minha família.

Não guarde os talheres e louças especiais para ocasiões especiais!

Todo dia é especial!

Ah, e o whisky é muito bom. Mas não tenho paladar, sou mais o licor de menta mesmo!

Wisky johnie walker blue label
Figura 1: Johnie Walker Azul

sábado, 7 de dezembro de 2013

Manual Forno Eletrico Layr 2400W Super Luxo

Restaurante Asa Gaúcha – Manual do forno aqui de casa

Manual forno aqui de casa.

https://drive.google.com/file/d/1b23E15epktKYKdwTL1lBcCn5SZrim5mF/view?usp=sharing

Para baixar o manual completo, clique no botão abaixo:

Baixar Manual Completo (PDF)

Aqui em Brasília descolo peças pra ele na 710 norte - no (Junior Equipamentos 3347-8880/4215) quase 709) do lado do estacionamento do Asa Gaúcha, falando nisso tenho uma foto de um dia que fui lá

Restaurante Asa Gaúcha em Brasília, fila para entrar

Figura 1: Restaurante Asa Gaúcha

Brasília

e digo: - "Não, eles não estão dando comida, e essa não é a fila pra pagar, é pra entrar no restaurante !!!"

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Formulário de aproveitamento de estudos UNB - Editável (.doc)

Formulário de Aproveitamento de Estudos UNB - Editável (.doc)

Resumo: Baixe o formulário editável de aproveitamento de estudos da UNB (.doc) e confira uma explicação detalhada do processo de equivalência de disciplinas.

Download do Formulário

Clique aqui e baixe o arquivo:

Solicitação de Aproveitamento de Estudos UNB

Visualização do Formulário

Segue formulário abaixo

Logo da Universidade de Brasília (UnB)

Universidade de Brasília

Secretaria de Administração Acadêmica

SOLICITAÇÃO DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

1 - Identificação do aluno

Nome

Matrícula

Tipo ingresso

Código de opção


Endereço ou e-mail                           Cidade      CEP      Telefone


2 - Identificação da instituição de origem

Nome                                              Curso de origem



3 - Identificação das disciplinas

Nº de ordem

Disciplina cursada

Carga horária























____/____/____ _________________________________

data                                  assinatura do aluno

4 – Encaminhamento

Ao _____________ para análise do aproveitamento de estudos

Ao ________ para análise das disciplinas correspondentes ao nº de


solicitado.

ordem __________.


____/____/____ ______________

____/____/____ ______________


data                 assinatura/carimbo

data                           assinatura/carimbo


5 - Parecer do Aproveitamento


Nº de ordem

Código da disciplina UnB

Nome da disciplina UnB

Nº de créditos

Créditos Direto

Exame Nacional:

Est. Complementares

Não há eqv.

Rubrica Professor

Matrícula do Professor


6 - Homologação


Vice-Diretor da Unidade



____/____/____

      _____________________________


data

            assinatura/carimbo

8 - Anotações SAA Anotações da Secretaria de Administração Acadêmica da UnB

Explicação do Processo de Aproveitamento de Estudos

Abaixo uma explicação do processo...

  • Conversa iniciada - 23 de dezembro de 2012

  • 12:27

  • Juliano De Almeida Elias

  • Oi Walter! Estou inscrito pra licenciatura em química na UnB, como portador de diploma, e vi que foste o único aprovado na última seleção. Se não for muito abuso perguntar, queria saber se é muito complicado a parte de demonstrar os 20% de disciplinas cursadas, e como é feita essa parte da seleção. Valeu

  • Hoje

  • 17:36

  • Walter Ramos Buga Neto

  • Cara, só vi sua mensagem hoje, não sou muito de usar o facebook e não manjo muito... foi mal. Seguinte, na hora da inscrição pra prova eles pedem o histórico (mas é pra inglês ver) o problema é o pedido de equivalências/aproveitamento de estudos... pelos documentos que pesquisei no site da UnB o processo demoraria no máximo até o final do semestre corrente, mas eu entrei com meu processo em novembro, o semestre acabou faz 15 dias, já me matriculei pro próximo e nada das equivalências de química entrarem... das outras disciplinas até que deu certo algumas, mas da química nenhuma e no próximo semestre não conseguirei fazer muitas disciplinas pois não tenho pré-requisito nenhum em química... o processo é um porre, fui inúmeras vezes na secretaria de graduação do curso de química, falei com um monte de professores e nada, acho que um dia sai, mas até lá vou cursar matérias de licenciatura e nada de química, pelo menos por enquanto...
    Basicamente você precisa pegar a ementa de todas disciplinas que você foi aprovado na sua faculdade anterior (na unicamp pedi na secretaria geral e demorou mais de mês pra me devolverem o processo e ainda "esqueceram" e/ou não localizaram 12 ementas !!!!!) e custou um dinheirinho (não lembro ao certo quanto), de posse disso e de seu histórico escolar, você senta com um funcionário do serviço de Apoio ao Estudante (o mesmo que fez sua matrícula) quando você virou aluno da UnB e ele vai matéria por matéria vendo de que faculdade/instituto/departamento você deve pedir a equivalência. Depois disso você preenche 1 formulário pra cada departamento anexando LPC, o histórico, a ementa e listando as matérias que você quer ter o estudo aproveitado e espera, muito !!!!
    Boa sorte, espero ter ajudado,
    Buga

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Mistura para pão Australiano da Fleischmann

Mistura para Pão Australiano Fleischmann: Experiência e Reclamação

Resumo: Experiência com a mistura para pão australiano da Fleischmann, problemas com a textura, reclamação ao SAC e solução com novos pacotes.

Atualização de 2024 sobre o Pão Australiano

2024 09 25 - Atualização
Continuo curtindo pão australiano, nao tenho mais a maquina de fazer pao, mas agora tem uns wickiboldy grosso, de embalagem roxo/azul que ja comprei o errado mais de uma vez e cheguei a reclamar com eles e recebi um retorno qualquer automatico do sistema, uma pena, porque igual eu muito mais gente deve comprar o pao australiano mas chega em casa e ve que é o seila o que de fibras, mas enfim, tem tambem na Suifiti congelado de 2 em 2 bem igualzinho, até o formato com o do Outback.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Inédita na minha vida ! Gordo com fome! Delivery nao entregou e me chamou de louco!

Inédita na Minha Vida! Gordo com Fome e Problemas com Delivery

Experiência Frustrante com Restaurante Chinês em Brasília

Atualização 2024 09 25 - Com o iFood isso nao mais aconteceria! quer dizer o nao entregar acontece direto, atrasar idem, mas me chamar de doido nao, porque teria registro!


ah, o restaurante do Rubinho faliu ha uns bons anos, numas das vezes que fomos pra brasilia ele ja nao tava no mesmo lugar e no outro lugar ja era.