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sábado, 15 de março de 2025

A última vez que te vi... (introdução)

Reflexão sobre amizades, memórias e encontros da vida adulta

Por esses dias era aniversário de um amigo daqueles de longa data, tipo de mais de 20 anos, daqueles que dificilmente farei no resto da vida, como disse o Julio uma vez, pelo simples fato de nao ter mais tempo habil pra tal. Pô, passei poucas e boas com esse meu amigo, eu nao tenho muita distinção das caixinhas/esferas da vida, ainda mais no quesito amizades, mas uma hora nesse negócio da 'vida adulta' digo que perdi o contato e perdi o contato literalmente, o telefone que eu tinha pra mandar uma classica saudação de aniversário nem WhatsApp tinha... tenho amigos com diversos DDDs esse era 061.

Falando em DDD, me remeteu a uma grande inabilidade que tenho na vida, a de falar ao telefone, hoje em dia ela passa despercebido, afinal, quase ninguem mais usa voz sincrona no 'one o one' mas eu nao conseguia nem ligar na pizzaria.

Propaganda DDD Embratel
Figura 1: Garotos propaganda do DDD da Embratel

Ja usei orelhao, bem pouco, bem pouco mesmo, de ficha cinza da Telesp, de ficha 'metalica' de DDD nao tenho memória, cartao telefonico usei tambeḿ, mas mesmo esquema da ficha, quase nada... ligar pra operadora e ela fazer a ligacao tambem, já usei cabine de telefone, pager e fax ja tive que usar os 2 mas nunca tive e nos dias atuais, muito raramente uso celular para ligação de voz, exceções pra falar com a Ju, minha mae e meu pai, sobre esses itens de museu faz uma boa década que isso tudo nem faz mais sentido em existir, acho que só o DDD ainda o faz e o celular.

Voltando... fiquei pensativo com o fato de ter perdido o contato, não que não conseguisse localizar o Fabricio e conversar com ele ou mesmo visita-lo, mas a reflexão foi dura, e se me conheço, o que as vezes não sei ao certo, perdurará por um bom tempo!

No meio de 2019 eu me mudei pra São Paulo pra trabalhar em um emprego novo, eu ia de domingo a noite e voltava na sexta depois do almoço. Fiquei uns dias no meu pai no Ipiranga até arrumar um lugar pra ficar, se eu fosse de carro demorava coisa de umas 3 horas no trajeto ida e volta, de onibus, metro, metro e trem um pouco menos... la na Patriarca sem condição, demoraria umas 4 horas no minimo, como nao suporto tempo perdido sem necessidade me mudei pra pertinho do trampo, depois o trampo mudou e ficou mais perto ainda, de algumas estações de trem pra ir a pé em 20 minutos.

Bom, como não lido bem em ficar sozinho e estava em sampa só pra trabalhar, sem amigos, sem familia, sem vicios, sem hobbies e com tempo sobrando eu tava fadado a ter uma nova crise de depressão. Então maquinei um projeto um tanto quanto mirabolante para minha pessoa, mas que seria exequivel e me proporcionaria momentos prazeirosos durante minha estada pela selva de pedras.  Tem muita coisa na vida que não gosto e não vem ao caso pensar nisso agora, mas tem algumas coisas que gosto e estar com meus amigos falando abobrinha eu gosto. Isso posto, como diria o Rodrigo advogado, lá fui eu colocar o plano em pratica, encontrar meus amigos de São Paulo!

Devo ter encontrado, pensando agora nisso, uns 3! Lembro aqui de comer uma pizza com o Marcão e de ter ido na casa do Takaoka com o Guilherme numa chuva daquelas que alaga sao paulo. O projeto deu com os burros n' água logo no começo, o trampo acabou exigindo muito mais do que meu preconceito e logo na sequencia começou a pandemia... mal deu tempo de fazer amigos novos no serviço.

A pandemia afetou as pessoas de maneiras diversas eu perdi um dos negócios/atividades que eu sempre fiz, gostava mas não me dava conta, que era o almoço com a galera do trampo, galera pode ser de 1 a equipe toda.

Quando eu estava em Campinas essa parte não existia, na verdade nem teria como, eu nao almoçava! Aflorou em Brasilia e logo quando aterrisei por lá, no curso de formação pra aprender a dominar dinossauros a turma toda almoçava junto, coisa linda de ver, um ou outro que se desgarrava pra resolver alguma coisa mas era uma beleza, com o tempo surgiram alguns grupos de maior afinidade, penso ser normal esse tipo de comportamento e ser inerente a condição de humanos... mas mesmo depois do curso continuamos almoçando juntos, se bem que foi mais por acaso que por escolha, afinal a maioria foi trabalhar junto, mas tinha sempre aquele almoço diferente de vez em quando; tinha a churrascaria da vila planalto, a pizza hut do pier 21, o embaixo da arvore, o gauchinho que acabava indo quase sempre eu, o Michel e mais algum perdido e tinha os achados do Taide que era sempre um mistério envolto de aventura, afirmações infladas, era sempre o melhor de Brasilia, mas quase sempre era furada na certa, mas eu me divertia, me sentia bem com meus amigos, a comida era coadjuvante.

Pausei aqui e fui atras dum video que eu gravei muito, muito tempo atrás, acho que nem iphone existia ainda... e nao é que achei?!


Video1 : Indo almoçar com o Taide e o Michel

O Marcelo a Ju encontrou com ele em Salvador ano passado, puta cara gente fina, saudades deles, bem ao encontro desse texto aqui.

Retomando, o pensamento vai looooonge mas ele consegue retornar ao assunto, eu sozinho é mais dificil, mas deu pra reler o que ja escrevi e vamos lá. Eu fiquei alguma madrugada dessas de insonia pensando bastante nos amigos que perdi ao longo da jornada, nao que perdi de ter virado estrelinha esses até o momento foram poucos, falo dos outros todos, nao apenas os que mudaram de CEP (igual naquela musica do Rashid, se o mundo acabar) mas tambem aqueles que lutamos juntos e nao vencemos ninguem (outra musica, a noite dorme la fora dos Inocentes), enfim, os que eu ainda posso ver, não os que só consigo encontrar nos meus sonhos.

Puxei pela memoria, nossa, esse faz tempo que nao tenho noticias, nao consegui lembrar a ultima vez que o vi, forcei a mente pra tentar lembrar entao a primeira vez, tambem nada, a voz ? nao, sem registro de frases ou bordoes... a imagem ?... essa é mais complicada ainda nao consigo visualizar nada, tipo aquelas nuvens de desenho animado que mostra o que esta pensando, aqui é sempre vazia, sem imagens, sei o que é um elefante, me vem um monte de memoria e informações sobre mas nao consigo visualizar., voltando ao meu amigo, esse que se precisar fazer um retrato falado eu nao consigo, mas que lembrei de quando dormi na casa dele depois de uma bebedeira da faculdade, de quando viajamos pra Bauru, do golzinho preto que era top de linha e ele se gabava do possante, que ele adora pipoca, é da turma do pedal (de vicio mesmo), que sempre trabalhou fazendo caixinha pra produtos, que curte um pedal, enfim, até que lembrei de bastante coisa, nao consegui lembrar o nome das filhas, acho que sao duas (será?, nao tenho certeza), já as vi ?!?!? lembrei de uma que vi bebe quando visitei eles em sampa uns pô, seila 15 anos atrás ? e assim se sucedeu com cada um dos que foram aparecendo em meus pensamentos, amigo aqui é menino ou menina, mas vou escrever sempre amigo. Enfim eu consegui lembrar de um apanhado de coisas, outras tentei e nao voltou nada, mas o que ficou é sentir que passei momentos agradaveis com ele e pra mim é um baita amigo. Mesmo que eu não o veja há um bom tempo!

Eu ja tinha despertado esse lance de por onde anda quando lembrei do vestibular e da matricula aqui na Unicamp e lá na USP, quer dizer a matricula na USP eu só tenho flashs, mas enfim, eu tentei achar o Vinicius e a Camila, o primeiro nem sinal de fumaça e olha que o cara tem um sobrenome bem incomum e seria facil encontrar mas nao achei foi é nada, nada e como nao tem amigo em comum, esse é um que além de não ver nunca mais eu sequer terei noticias. A Camila por sua vez respondeu o contato mas ainda nao retomei um dialogo, tipo vida de adulto é uma boa desculpa, sem falar que a mina é tipo presidente de alguma firma gringa la nos States e deve ter menos tempo que... seila quem que tem muito pouco tempo pra conversar, talvez alguem que trabalhe muito, que acho ser o caso.

Preciso ensair.

Terminando que tenho mais o que fazer, outro dia termino... (agora eram meio dia de um sabado)

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Retrospectiva 2024

Retrospectiva 2024

Família

- Tretas de sempre com a mamãe Eliana, tão menos frequentes e de menor tensão, mas invariavelmente ocorrem. Teve uma vez que fui lá pra casa dela e nem consegui entrar, coloquei uma gaiola na escada e fui pegar as outras mas não deu, fui embora, afinal como que pode eu ter ido pra lá sem levar as crianças junto comigo?

- Vovó Cristina desde que voltei do Rio ficou bem afastada, de setembro/outubro pra frente passou a ficar mais próxima das crianças, quer dizer, da Helena. Estamos nos virando bem sem ela dando aquele auxílio no dia a dia, na rotina da família, tá mais de vó mesmo.

- Família do Ipiranga ficou meio longe esse ano, nos falamos esporadicamente e nos vemos nos aniversários das crianças e na festa junina da escola.

- Tia Stephanie veio pra cá algumas vezes, as crianças se divertem, mas não tem aquele vínculo gostoso de tio, mais ou menos igual o tio Dante.

- Ribeiro vem mais ou menos uma vez por mês aqui em casa pra colocar a conversa em dia, ver as crianças e tomar um café.

- Ju ficou mais de boa esse ano, mesmo estando em transformação e sem saber direito o que fazer comigo depois que pegamos meu laudo de deficiente mental.

- Vinny tá osso, começa a não respeitar, não ajuda, fica xuxando a Helena sem parar, tomara que seja algo transitório, tá precisando fazer mais amizades. Fizemos o foguete de ar comprimido e a base, foi um belo trabalho, pena que a galera trambica no resultado da competição. Esse ano no Sirius foi legal, mas tava um clima chuvoso que atrapalhou um tanto, Vinny deu entrevista, mas nunca achei se publicaram. Fez umas olimpíadas de conhecimentos e curtiu bastante!

- Helena tá de boas, fez bastante amizade no prédio e na turma da escola. Passa pano pra quase todo mundo e às vezes que tá fazendo birra ou chorando consegue responder que não consegue parar e às vezes nem sabe o motivo direito.

Saúde

- Depressão das brabas

- Engordei 15 kilos

- Peguei pressão alta, descobri indo doar sangue e não podendo.

- Bronquite atacou feio em dezembro, teve uma outra vez ou duas que fui parar no centro médico pra medicarem.

- Diabetes controlada com o remédio faz uns anos já.

- Operei de uma hérnia na pança que apareceu 'do nada', só porque dei uma engordadinha básica. Operei também do nariz e arranquei uma bolota de banha que eu tinha nas costas.

Preciso me cuidar! Zero exercícios.

Trampo

- Sou Engenheiro de Processamento de Petróleo Junior, meio desanimado, aprendendo o ofício em passos de bebê, falta um tutor, um acompanhamento, não sirvo pra me virar sozinho, sem falar que nunca trabalhei na área... fácil não tá, mas tô de teletrabalho integral, o salário não é lá essas coisas mas tá valendo! Fiz zero novos amigos no serviço esse ano.

- De minha vida pregressa só saudades de trabalhar com algo que eu dominava e me instigava saber mais sobre o assunto, zona de conforto me faz um bem danado e não tenho mais isso.

Dinheiro

- Tem suas loucuras que acontecem, compramos o apartamento 11 pra ficar do ladinho da escola e aumentou um 'tiquito' os gastos mensais da família com 2 casas na mesma cidade. Não que a gente não tenha "2 casas" desde sei lá 2019, só que era diferente, tinha desculpa de ser gasto do serviço e tals, agora é tudo na rubrica de gasto gasto mesmo.

- Desinvestimento bruto na parca carteira de ações e demais investimentos, ano não bom pra renda variável, tipo estamos com metade do valor inicialmente comprado de papéis... e alguns deles nunca mais vão chegar sequer perto do valor que pagamos.

- Viagem de fim de ano deu uma boa assustada, quando compramos as passagens em janeiro, o dólar estava a 4,85 lá nos EUA no cartão de crédito chegou a 5,70 com IOF e a taxa que o banco coloca em cima da cotação.

Justiça

- Processo de correção dos FGTSs, nem sei se foi esse ano, mas foi pro vinagre, julgaram que do jeito que remuneram tá ok e azar, transitados em julgados, fim.

- Pagamento a maior dos INSSs, da Ju deu ok e receita devolveu os valores pagos a mais, o meu, processo igualzinho, cópia e cola, tá lá tramitando ainda, sem sentença proferida.

- Trabalhista Banco Original, duas vezes fui lá na Barra Funda e nada, juiz tava a fim de descolar um acordo, mas sem chances. Na primeira o Maicon e o Franco não conseguiram ir porque teve algum BO lá no BMG e eles estavam em Minas e na segunda a Aline perdeu a hora, ficou uma nova pra março de 2025.

- Trabalhista Banco do Brasil, execução da redução salarial, essa fiquei sabendo num churrasco de 20 anos de DITEC lá em Brasília na casa do Igor e entramos com a ação de execução no fim do ano, em andamento.

- Gol que me cancelou 4 passagens porque o sistema deles é estúpido e não soube lidar com a mudança dos aeroportos lá do Rio do Santos Dumont pro Galeão, nossa que ódio! Era muito de boas ali no Santos Dumont, bom, como agora vou esporadicamente tá valendo, mas não faz sentido o que fizeram, sem falar que a tal da barca pelo que li esses dias não saiu do mundo das ideias. Enfim, juiz já julgou que tá ok meu pedido, mas a Gol recorreu só por recorrer e tô no aguardo.

- Cobasi dos Hamsters procriadores, teve audiência mas nada de acordo, esperando os próximos passos.

Amigos

- Acho que não fiz nenhum amigo novo esse ano que passou, também depois da overdose de 2023 tá bom demais.

- Acabei que não vi quase ninguém, teve no final do ano casamento do Rodolpho que reencontrei o Bruno e o Botti, trombei bastante o Boy, o Tadashi, o Fred e o Marcelo... teve um encontro Porks no começo do ano aqui em casa, fui pra praia e vi o Flávio, no carnaval o Bruno e o Rodolpho passaram aqui em casa, o Luis Felipe passou um dia de noite e fizemos um churrasquinho, ah, e o Tonin passou aqui out of the blue só pra tirar uma selfie! Encontrei o Hyam Nicacio, que não via há mais de década, veio aqui em casa, noite muito agradável, depois ainda conseguimos tomar uma no bar do Coxinha com a Dessa que também fazia uns bons anos que não via, todos bem na medida do possível. Consegui almoçar com o Franco, Maicon, Rene e o Cesão depois da audiência lá em Sampa. Encontrei o Julio umas 3-4 vezes, acho que a mesma quantidade de vezes que devo ter visto o Cae no ano, troquei umas ideias com o Paraguay e o Bob, mas quase sempre coisas do trampo.... Dei uma passada no Christian em Jaguariúna, tava uma chuva daquelas, foi só protocolar, nem trocamos muita ideia, ah, teve um churrasquinho com a galera da Stefanini na chácara da Dani também lá em Jaguariúna, teve um Outback com o Caio o mano Rewth, Odair e Alex, fui pra Brasília no encontro da galera da DITEC, reencontrei muita gente mesmo, grandes memórias, mas no fundo, fiquei com aquele sentimento de não pertenço mais aqui, e olha que era um sentimento que senti bem poucas vezes na vida, a de pertencer a um grupo, ali em casa nos churrascos na varanda eu me sentia parte da turma, de verdade... bom, acho que foi isso.

Viagens

- Fomos pra Barra Bonita na Páscoa fazer uma trilha de jipe, traumático pras crianças e pra Ju, não vai rolar mais, mas foi interessante o rolê.

- Praia em Ilha Comprida no começo do ano.

- Disney em dezembro todo.

- Parcas idas a São Paulo.

- Encontro em Ribeirão dos dentistas.

- Ju viajou horrores a trabalho.

- Fui pro Rio umas 3 vezes esse ano só, depois do carnaval não fui mais, tô devendo.

- Brasília, sozinho pro encontro da Ditec.

Estudos

- Nada, nem um Duolingozinho, mas fiz o ENEM pra ver qualé que era!

Filmes, Livros, Shows, Peças Teatrais

- Nada digno de nota, ah minto, não gostei dos 100 Anos de Solidão, tipo escroto na parte sexual da história, precisava disso não, lembro de ter lido algo parecido na adolescência tipo Capitães da Areia, mas sei lá, meio forte, curti não. O filme do cara do Feliz Ano Velho é legal, verídico, mas não achei nada de mais, vale o mote... 'alguma coisa ele fez'.

- Show, acho que não vi nenhum esse ano, teatro acho que idem.

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Se lembrar de mais caixinhas da vida eu coloco aqui.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

20 anos de Banco do Brasil, uma despedida dolorosa pro Buga

20 anos de Banco do Brasil: trajetória, despedida e reflexões

 Esse mês faria 20 anos de Banco do Brasil, faria, porque em Janeiro fui meio que obrigado a pedir demissão, meio porque a outra opção seria demissão por justa causa devido abandono de emprego. 

Figura 1 - Volta agora, peça demissão ou será demitido por justa causa

Senti na pele que para a maioria das empresas somos apenas um número, mais nada! 

Não tive uma das mais brilhantes trajetórias profissionais, entrei no banco ainda moleque, cursava o 2º ano de Engenharia Química aqui na Unicamp, em período integral, trabalhava 6 horas na agência Barão de Itapura, das 12:00 às 18:15, logo de inicio trabalhei no PAB da Telesp, depois fecharam o PAB e fui pra agencia propriamente dita, as vezes ia pro pab do CPQD do lado de casa, mas sempre eu conseguia assistir as aulas no período da manhã e as do noturno, tomava umas cervejas quase que semanalmente com o pessoal de lá, seja no posto, na cachaçaria, no Farol do Pirata, na casa do Vidson, na casa do Capela, lá em Sousas no Benito, no meu apartamento aqui em Barão, lá em Valinhos na casa do Japonês e em tantos outros lugares legais e alguns nem tanto, hoje a memoria já começa a pecar, preciso reaviva-las encontrado o pessoal. 

A turminha lá da Barão de Itapura era bem legal, alguns tenho contato até hoje, o filho do Zen fez medicina na Unicamp algumas turmas depois da Ju, sempre encontro ele em eventos do pessoal da medicina, moleque gente fina, igual o pai! Outros viraram amigos pra vida toda, alguns sumiram e nunca mais tive notícias, o Fabricio tinha voltado pra Manaus, achei que nunca mais o veria, encontrei ele uma das vezes que fui pra floresta amazonica e alguns anos depois ele se mudou pra Brasilia e nos trombamos algumas vezes por lá,.. enfim é o curso natural da vida, pessoas vem e vão... 

Eu me formaria quase sem nenhum atraso, nessa época a gente não pensa muito no futuro, ainda mais num futuro profissional, eu vendia meu tempo pro banco e ele me pagava um ordenado que era muito bem vindo.... Ao me aproximar do final da faculdade eu tinha que fazer estágio para me formar, os estágios, não lembro ao certo, mas pagavam por volta de 700 reais, eu lembro que meu salário era quase 3 vezes mais que isso, e voce se acostuma muito fácil com gastar quanto você ganha, na verdade sempre faltava algum no final do mês, na ponta do lápis não ia dar.

Fiz estágio só pra poder formar mesmo, fiquei uns meses indo pra Acme, firma do pai do Amaral de rodas de empilhadeira e acabei saindo de lá com a brilhante ideia de montar uma fábrica de rodinhas de skate, mas isso é outra história,.. mudei de agência quando o Wagner deixou de ser o gerente geral e foi virar superintendente, nunca mais tinha tido noticias dele, esses dias recebi um informe aos acionistas, virou diretor, não sei do que... enfim, meu santo nao bateu com o gerente novo, eu havia separado da Vera e trabalhar junto nao estava nem um pouco legal, o Vitão tinha saido do banco, o Christian também, o Andre tinha ido pra Europa...enfim, tava na hora de mudar, mas nao tinha um processo para troca de lugar de trabalho em vigencia no banco, cheguei a prestar concurso de novo pra tentar trocar de agencia, apareceu uma vaga antes de chegar o resultado do concurso... 

http://www37.bb.com.br/portalbb/resultadoConcursos/resultadoconcursos/arh0_lista.bbx?cid=169

Figura 2 - Volta agora, peça demissão ou será demitido por justa causa

Embarquei num projeto piloto de agencias nivel V, disruptivo pra época, uma agencia sem caixas! Fiquei um tempo na superintencia trabalhando com a Graça pra abrirmos a agencia, era no Shopping Dom Pedro, do lado de casa. Era eu de caixa, a Graça, o Marcos, a Chris (nunca mais tive noticias) e a Carla, turma excepcional também! Nesse meio tempo caiu a ficha que eu nao ia trabalhar de engenheiro mesmo, o salario do trainee ou do engenheiro recem formado já levava fumaça do meu trabalho no banco, ainda mais que a agencia era minuscula e quando a Graça saia tinha substituição, teve um ano que eu fiquei de gerente da agencia no mes do decimo terceiro que digo pra voces, nunca tinha visto tanto dinheiro na minha conta, no final do ano na segunda parcela do decimo terceiro, tive que fazer emprestimo pois ao inves de receber salario, tive um desconto em folha dos bons! Retomando a cronologia... fui atras de seleções internas para tentar virar gerente, nunca fui fã do TAO, sistema de "talentos e oportunidades" tinham falhas e mesmo voce estando bem classificado o que vale sempre é a entrevista e nessas, nunca, nunca me dei bem, sou um cara muito eu e não consigo deixar passar ou interpretar um papel. Eu escutava, poxa Buga, ao menos nao vai de toca e de tenis pra entrevista, pare de perguntar se a entrevista é séria ou se já tem alguem escolhido pra vaga! Não gosto, nunca gostei, nao encaro esse tipo de teatro! 

Não lembro ao certo o como ou porque, deve ser coisa do TAO... acabei sendo aprovado para cursar um MBA patrocinado pelo banco na FGV para executivos, show de bola, vamos que vamos, já que eu ficaria no banco mesmo, vamos investir... nesse meio tempo eu estava com a fabrica de rodinhas rodando, com bolsa de ingles do banco, cursando Quimica com a irmã do Boy e fazendo mestrado com o Paoli em plasticos degradáveis, pra variar não deu pra largar o banco ṕra receber bolsa de mestrado, declinei a bolsa e o mestrado estava rodando sem patrocinio... em teoria eu não poderia receber bolsa se eu tivesse um emprego, regras sao regras, vai entender!...

Sei que um dia na agencia de noticias apareceu um "processo seletivo" pra trabalhar na Diretoria de Tecnologia, nao tinha pre requisito muito claro, me inscrevi no TAO e acabei sendo convocado pra entrevista, sabe-se la porque fui fazer em Curitiba, aproveitei dei uma passada lá em São Bento do Sul pra visitar o Jean e fechei a compra da fabrica de shapes dele! Outra historia das boas! O processo seletivo foi muito interessante, lembro bem ainda, acho que pelo ineditismo da situação e pela transparencia no processo, pela manha um bate papo com 3 entrevistadores e 6 candidatos, e a tarde uma conversa tecnica sobre assuntos de tecnologia, eu até então de tecnologia só sabia programar em assembler de micro, foi um show de horrores, não sabia responder nada, mas sempre sobrava algo de lógica e bom senso que dava pra dar uns pitacos! Eu depois da terceira pergunta que passei, pedi desculpas por estar ali desperdiçando o tempo do pessoal, mas falaram que nao tinha problema e vamos em frente, no final do dia tivemos o feedback, lembro bem chamaram cada candidato individualmente e eu fui o ultimo, acho que aquele dia, só o Idelvan passou, o Evaristo nem lembrava dele, mas quando ele chegou lá por Brasilia a memoria ativou, pra ele nao tinha sido daquela vez, mas pŕa mim foi e foi muito doido, entrei na sala, a entrevistadora me descascou, que minha postura não é adequada, que parece que eu estava lá de brincadeira, que nao era nem pra eu ter me inscrito se não tinha formação em tecnologia e bla bla bla, ali rolou aquela lagrima velada e a engolida seca, agradeci e estava pra me levantar da cadeira e o Osiris falou, espera, não acabou, pensei caralho, vai me por mais pŕa baixo ainda, mas não ele falou com um ar de "vou te dar o beneficio da dúvida", que embora eles 3 concordassem com o que - cara, não lembro o nome da japa, vou ter que perguntar pro michel - ela disse, eles acharam que eu tinha grande potencial e que seria dado um treinamento a todos que fossem ṕra Brasilia trabalhar na Diretoria de Tecnologia (DITEC) pois quase nada do que se ensina na faculdade era utilizado por lá. Parabéns Buga, voce esta aprovado, quando finalizarmos o processo entramos em contato.

Nesse meio tempo, acabei saindo da agencia do Dom Pedro e voltado pra Barão de Itapura, tinham inventado no TAO um sistema de remoção automatica e lá fui eu trabalhar num PAB dentro do elefante branco CTI Renato Archer lá na Dom Pedro, num belo dia a Paula me liga perguntando se eu ainda estava a fim de ir pra Brasilia, já devia ter passado um ano da entrevista em Curitiba, não tinha desencanado, mas estava com poucas esperanças... respondi que precisava de uns dias pra pensar, conversei com minha mãe, com o Allan, com meu pai e com a Ju e ficamos assim, o seu Irá ia cuidar da fabrica, a Ju ia terminar a residencia e eu em Janeiro ia pra Brasilia trabalhar na Ditec!

A Ju descolou um republica no Cruzeiro de um menino da Unb pra eu morar e lá fomos nós de carro levando tudo que coube no Uninho e que eu fosse precisar nos proximos meses, Chegamos em Brasilia num dia chuvoso, cai num buraco, entortou a roda, tive que trocar o pneu na chuva, nao tinha waze ainda, google maps idem, na real nem lembro como que conseguimos chegar no apartamento do cruzeiro. Sei que não fui uma bela impressão que tive da cidade nesse meu primeiro contato.

No treinamento conheci mais um monte de colegas que tinham acabado de largar tudo pra trás e assim como eu se aventurado no planalto central, eu diferente dos demais, tinha caido de paraquedas, afinal não tinha formação ou conhecimento de informatica. O treinamento foi longo e bem completo, sai de lá com muitos amigos - que nos acompanharam todos os anos que tivemos em Brasilia - e como um desenvolvedor mainframe!... Sabia JCL, Cobol, DB2, Natural, sabia usar o Roscoe e apertar F1 se tivesse alguma duvida no TSO, alguns instrutores eram muito bons, outros nem tanto, tiveram provas bem difíceis, programas elaborados, testes, palestras, apresentações, posso dizer que foi um belo dum aprendizado. 

Saindo do treinamento fui parar na equipe do autorizador, fiquei com medo, me disseram que era o coração do sistema, naquele ponto a gente já tinha um conhecimento do que era o sistema VIP pois ledo engano quase todos do curso iriamos trabalhar com cartão e assistimos algumas palestras sobre o sistema, nunca me imaginei com tanta responsabilidade, basicamente os módulos que eu trabalharia são os responsáveis por aprovar ou não uma compŕa com o cartão de qualquer cliente do Banco do Brasil.

O que mais devo ter feito na Ditec foram cursos, cara, como eu estudei, aprendi como que funcionava o sistema de pagamentos com cartões, fiquei craque na ISO8583, aprendi como funciona o chip do cartao, criptografia, assembler de mainframe, GRI, CICS, DB2, VSAM e mais uma salada de letrinhas, aprendi a usar os simuladores de transações das bandeiras (bandeiras são a Visa, Mastercard) quando entrei tinha só essas duas, depois fizemos o sistema processar Amex que nem tem mais, algum tempo depois surgiram com a bandeira Elo, foram muitos anos de aprendizado e trabalho duro.

Tive promoção seguida de promoção, não acredito que só por mérito, estava no lugar certo na hora certa, e o santo do chefe Mané bateu legal com o meu, tinha gente que nao curtia ele não, eu achava um cara justo, as vezes meio escroto, mas dava pra levar numa boa... talvez algumas madrugadas com o Luizinho junto vendo a dedicação da equipe, enfim, a gente era muito phoda e a galera de cima sabia disso e nos recompensou, na equipe do autorizador depois de 2 anos que eu estava lá, todos nós já estavamos com cargo de analista senior. 

Figura 3 - Convite comemoração promoção/aniversário do Buga 

Iamos pra Sao Paulo participar de treinamentos com as bandeiras, reunioes na Visanet e na Redecard, testes na TecBan, cheguei a ir pros Estados Unidos com o Perez, ali foi o ápice da minha carreira e a certeza que quando o Cabelo aposentasse eu ficaria com a vaga de consultor dele, afinal pra gerente eu nunca tive o "perfil". 

Me especializei de um tanto que ainda hoje consigo lembrar de trechos do código dos programas OFOVPIN (que um dia achei que iria reescreve-lo), das chamadas com start de transacao com reqid para derrubar e seguir depois de 1 segundo (será que o CICS já baixou esse tempo, preciso estudar isso) se nao tivemos resposta, do OFOVCTL e a trilha 2 compactada que era um parto pra abrir e processar o CVV da trilha, do OFOMCTL... e seu clone limpinho que fizemos pra processar Amex OFOACTL e depois pra processar elo, o OFOECTL, muito criativos nós eramos para os nomes! Lembro de campos nos books FMLxx, das telas do OFCJ, de mapas BMS feitos para parecer identicos a um mapa feito no natural, dos experimentos com programas em C que quse ninguem usava, do book GRMKFAS, muito firmeza pra ajudar nosso trabalho com novos programas e log automatico de erros ou mesmo as subrotinas que pediamos pra equipe do Nakanishi desenvolver pra gente. 

Creio que hoje no Brasil não existam nem 30 profissionais que detenham conhecimento similar ao meu no Vision Plus que sejam especializados no FAS, mas isso não significa nada, para a empresa, como já disse, voce é apenas um número mais nada.

A perda do Naffer foi um grande baque, era um profissional fantastico, muito do que aprendi veio dele, sem falar que ele sempre me acompanhava nas madrugadas de implantações. 

Figura 4 - Tinha dia que a gente trabalhava bastante mesmo!

O Vinicius nasceu, falei que meu ritmo iria diminuir, logo depois o Perez aposentou e com ele a vaga de Analista Master / Consultor foi junto, fui perdendo um pouco do entusiasmo, do tesão pela coisa, perdendo a garra, continuava dando treinamentos, ensinando o que eu sabia pro colegas, conheci praticamente a Ditec toda com essa historia de multiplicador, isso eu ainda gostava de fazer, nao tinha mais a cenoura lá na frente pra ir buscar e isso me incomodava, estava prestes a ter mais uma daquelas reviravoltas na vida!...  

Aparece na agencia de noticias processo seletivo pra trabalhar na tecnologia em Sáo Paulo, eu já tinha pedido ao longo dos anos pra voltar pra sampa, mas a galera sempre me ajudando com a cenoura la na frente e fomos ficando, já tinha ido pra Sao Paulo algumas vezes pra ensinar Cobol Cics com Container pro pessoal e pensado que um dia poderia ir trabalhar lá..,agora nao ia ter mais jeito, a Ju nunca gostou mesmo de Brasilia, meu tesão tinha diminuido um montão, me inscrevi pra seleção, mesmo cargo que eu tinha mas pra trampar em sampa, fiz o processo, passei, em Dezembro estavamos de volta a Campinas e em Janeiro comecei uma das fases que mais me fodi na vida...

O trampo era de boas, pessoas sensacionais, sem muitos desafios, sem plantao, sem trabalhar de madrugada, sem a Dicar ligando pra analisar alguma coisa urgente, sem treinamentos nas bandeiras, mas com uma pegada diferente, acharam que eu tinha pinta pra educador corporativo, era tipo um premio de consolação por nao ter sido promovido la em Brasilia e quando eu desse treinamentos minha remuneração seria compativel com a do cargo de consultor... no ano que passei em São Paulo aprimorei os treinamentos que eu dava, fiz inumeros treinamentos e virei o tal do Educador Corporativo, apice 2 da carreira, daria pra ficar lá até aposentar, fazia o trampo direitinho, chegava no horario, o pessoal foi bem acolhedor, mas o estilo era outro, nunca fui num happy hour com a equipe de São Paulo, num churrasco, o pessoal era colega de trabalho, não amigo, igual os que fiz na época da agencia e lá na Ditec, estava complicado minha cabeça, nao ficava o tempo que eu queria ficar com o Vinny, o tempo perdido no fretado e no Cometa me tiravam do sério, não aguentei o tranco, achei que ia ser tranquilo morar em campinas e trabalhar em sao paulo, mas nao dei conta não, depois de um ano, fiquei tristão, deprimi e vi que precisava de um tempo. O Paulo Vaz entendeu completamente meu pedido de afastamento do banco e um ano depois da minha chegada estava eu de licença interesse nao remunerada do Banco do Brasil.

Tentei voltar algumas vezes desde que sai, mas nunca deu certo.... Em Janeiro de 2020, ao inves de eu tentar voltar, o banco resolveu que eu voltaria, mas não pra trabalhar com tecnologia, onde passei 10 anos e conheço o oficio e que aprimorei bastante os conhecimentos nos ultimos anos... era para trabalhar de escritutario em uma agencia em São Paulo, como já disse nunca tive uma carreira, fui na onda, mas voltar pra estaca zero depois de 20 anos nao ia dar, se fosse aqui por Campinas talvez tivesse voltado, afinal pra ganhar 4 conto por mes fazendo uns apertos até que daria, mas pra sampa e eu lembrava bem do tempo que fiz a loucura de ir e voltar todo dia sem chance.

Na maioria do tempo que fiquei no banco me diverti a beça, aprendi muito mesmo, conheci pessoas fantasticas, tive alguns dessabores, mas não acho que minha "carreira" deveria terminar assim.

Figura 5 - Crachas do Buga no BB

E-mail que enviei depois que tentei conversar com alguem de gestao de pessoas, tentando alguma alternativas, mas foi em vão, afinal era eu, apenas um numero, mais nada.

Minha história no BB não deveria terminar assim...

Saudações,

Meu nome é Buga e escrevo esse e-mail com lágrimas nos olhos.

Entrei no BB em 2001 e estou em licença interesse desde 2015. Certa vez fiquei desempregado e tentei retornar ao BB. Conseguimos o "de acordo" das pessoas necessárias, mas infelizmente ocorreram mudanças no banco e não foi possível.

Eis que de repente recebo uma convocação para voltar. Infelizmente nas condições propostas não será possível: morar em outra cidade, começar tudo de novo, jogar fora toda minha experiência adquirida em TI tanto no BB como "no mercado", sem mencionar que as contas não fechariam e a minha família seria resistente a mais uma mudança.

Sou grato pelos anos que passei no BB e espero que as políticas e normativos sejam revistos para que a empresa não perca outros funcionários que investiram tanto na formação e que conhecem alguns sistemas, produtos e serviços como poucos.

Não pretendia escrever sobre minha história no Banco do Brasil ou depois dele, mas já escutei que minha saída do Banco é uma situação em que todos perdem, e no fundo eu acredito que isso seja verdade.

Desde que fui para a DITEC em 2006 sempre trabalhei no autorizador do cartão de crédito (cujo uso crescia rapidamente), sistema fascinante! Trabalhávamos muito, mas éramos a cara do BB para cliente. Perdi a conta das madrugadas, finais de semana, feriados e datas comemorativas que ficavamos tensos trabalhando para que tudo desse certo. Participei de projetos grandiosos e sempre me realizei quando via o resultado final!... Saudades do pessoal e por vezes, por que não, do proprio sistema, seja ele o GRM, o VisionPlus ou mesmo o PPG.

Ainda sobre minha formação: o TAO ainda deve existir e uma das poucas coisas que deve ter mudado no meu "curriculo" é que deixei de ser educador corporativo (adorei o treinamento, um dos mais intensos que já participei) provavelmente a regra/normativo não deve ter mudado e como não atuei ensinando mais ninguém a desenvolver em Cobol no BB nos ultimos 2 anos, precisaria de reciclagem.

Nos anos fora do BB não parei de estudar. Fiz uma pós graduação em desenvolvimento de sistemas mainframe com o pessoal do extinto HSBC lá de Curitiba, e uma dúzia (sem exagero) de certificações em TI das mais variadas (meu curriculo vai em anexo) desde especificação de requisitos - que esta fora de moda com as Metodologias Ágeis - passando por certificação Scrum, Lean, de testes e até uma aventura pelo mundo da nuvem que me deu o titulo de "Google certified Professional Cloud Architect" o qual para alguém que sempre trabalhou e se especializou em mainframes me dá orgulho.

Como o Mainframe não podia ser deixado de lado no meu período fora do BB tive duas passagens pela IBM, aprendi bastante coisa nova sobre mainframes, aproveitei e me certifiquei como desenvolvedor CICS e DB2 além de umas 2 dúzias de badges de treinamentos diversos (sem exagero 2).

Em relação ao trabalho fora, além da IBM que já citei, trabalhei na Stefanini como consultor mainframe na fábrica de software, onde dava treinamentos para estagiários que estavam adentrando o mundo do mainframe.... Tive também uma experiência magnifica de transformação digital junto a CI&T que tinha como mote ensinar outras empresas a trabalhar com as metodologias ágeis.

Obrigado pelo tempo e atenção dispensada, espero de verdade que em algum momento nos processos do Banco deixemos de ser apenas uma "matrícula inativa" e que tenhamos nossa historia levada em consideração.

Não era de minha intenção a saída definitiva do banco nesse momento e foi muito desagradável receber um e-mail dizendo simplesmente que eu "posso pedir minha demissão na minha agência de relacionamento."

Me afastei do BB na época por motivos familiares de adaptação e não por não gostar do meu trabalho. Gostaria sinceramente que esse tipo de resposta que recebi dos contatos que tive com o pessoal da DIPES/GEPES não fossem enviadas para mais ninguém...

Fui,
Buga

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Pra não esquecer - Naffer

Memórias e saudades do Naffer

Sinceramente não lembro sempre fui péssimo para datas, o uso de ferramentas do tipo agenda sempre me foram muito úteis, agora nos tempos de nuvem e com integração de todos os lados essa tarefa de lembrar ficou muito mais fácil, porém o que queria lembrar era algo meio mórbido, no caso a data que um grande camarada meu veio a falecer... esse tipo de coisa você não coloca na agenda, ainda mais que não fui ao velório então sequer existe registro de alguma atividade relacionada a esse evento em “minha agenda”, coloquei entre aspas porque quem a comanda hoje (na maioria dos eventos é o google).

Enfim, a tarefa até que foi simples porque lembrei de uma singela lembrança que postei no facebook quando soube de seu falecimento sobre um joguinho de trocar letras on-line tipo scramble que esse meu amigo adorava passar seu tempo vago jogando.

Achei a tal da publicação e lembrei mais ou menos a data não é precisa, mas isso também não importa. O que importa é o que um dia a Ju me falou de um pai de um paciente que morreu de câncer e o maior medo dele – lagrimas escorrem do meu olho nesse momento, pausa volto depois de me recompor – era o de esquecer.

E não sei dizer o porque mas ontem lembrei do Naffer algumas vezes durante o dia, como minha memória de curto e médio prazo é quase inexistente quem me deu um toque sobre isso foi a Ju - Ou... você já falou do Naffer umas 4 vezes hoje! – dai eu tentar lembrar se fazia um ano que ele tinha falecido ou mesmo descobrir o porque da memoria ativada, não faz uma ano, faz um pouquinho mais, pelo que consegui resgatar ele deu baixa em 22 de março de 2014... ai só sobrou o que realmente importava, o não esquecer.

Me lembro apenas da ultima lembrança que tive ontem (não falei que minha memoria é péssima) enfim, foi a de um dormindo a noite antes de sair de carro para ir a algum lugar. Fazia alguns anos que já isso não mais acontecia na minha vida; resumindo, costumava trabalhar nas madrugadas de quarta para quinta-feira (mesmo tendo trabalhado na quarta e ter jornada normal na quinta, 11 horas de descanso entre as jornadas é para os fracos – ossos do óficio como diria o seu Irá) e num dado momento depois de algumas modificações e ajustes na estrutura da equipe ficamos só eu e o Naffer realizando essa magnifica tarefa. Eu ia pra casa normalmente na quarta feira, dormia um pouco mais cedo que o habitual e acordava umas 2:30 para ir trampar, comia alguma coisa, separava besteiras e um suco de caixinha ou similar, pegava o maço de Marlboro a chave do carro, descia até a garagem (sempre com as luzes acesas) e dirigia 20 minutos pelo planalto central quase sem ninguém nas estradas, ligava pro Naffer na descida do Carrefour (com comando de voz) avisando ele que eu estava chegando em 5 minutos. Eu nunca me atraso, não precisava ligar, ele sabia que eu estaria lá na portaria do condomínio dele na hora marcada 5 pras 3 (la vem novas lagrimas, acho que devo ter parado cedo demais de tomar o remédio de depressão, ou deve ser normal quando a gente lembra que nunca mais vamos ver alguém), conversa de nada novo, do tipo e ai bastante frio , essa chuva que não passa ou essa seca ta brava esse ano, ou mesmo alguma coisa que ele falava de futebol e eu só balançava a cabeça afinal nunca me interessei ou entendi algo desse universo, o Naffer curtia o tal do Futebol, não tanto quanto o Thyago Luiz mas gostava bastante, sempre dava um jeito de ir trampar com alguma camisa de time de futebol que ficava apertando a pança de leve. 5 minutos depois já estávamos no imponente complexo central de tecnologia do conglomerado do Banco do Brasil, vulgo, sede IV. Revisavamos os “check-list” do que tínhamos que fazer, uma analisada ou outra de ultima hora em algum pedaço de código que tenha gerado dúvida (como não lembro, mas sinto que nunca encontrei nenhuma merda digna de nota que ele tenha feito, exceto não comentar nada dentro do código, mas que com o tempo e muita encheção de saco ele começou a fazer isso e até hoje posso dizer que está entre os 5 melhores analistas/programadores que já conheci) e ficávamos aguardando a baixa no TIM e o newcopy para acompanhar se deu tudo certo ou se tínhamos de sair ligando pra Deus e o mundo pra dar newcopy na mão ou recompilar tudo de novo com a versão antiga e sair pra prancheta analisando o que deu errado (algumas vezes voltamos pra prancheta e não achamos o erro, baixamos a versão de novo na outra semana e magicamente dessa vez funcionou... lembrei aqui de uma exit do cics do ICSF que não voltava nunca se a compilação não fosse estática... até hoje não sei se já arrumaram isso), voltando ao mineiro quieto que como diria o Leandro muito quieto demora pra responder porque enquanto ele pensa ele esta localizando dentro da memoria dele o código do label (o programa era tão doido que nem section tinha, e os labels tinham código tipo o K200 que ia lá no AMOA procurar o registro uma vez que não achamos no log (nossa eu também ainda lembro!) e não cabia na AWS do roscoe de tanta linha que tem, enfim, o cara manjava, muito do negocio!

Nos nossos churrascos sempre na dele, quietão conversando com um ou outro, circulando pelas rodinhas, bebia moderadamente e costumava voltar de taxi sempre, seilá porque mas como ele era extremamente reservado devia ser algum trauma de andar com motorista bêbado ou seilá, acho que essa é a mais provável, trauma, uma vez que ele não dirigia. Devo ter perguntado alguma vez o porque ou alguém deve ter me contado, mas olha ai, não lembro, esqueci... que merda!... Gostava bastante também de falar de filmes velhos (seilá o que é velho hoje, mas uma vez me arrisquei a pegar um que o Aldisio tinha emprestado pra ele - ledo engado esse DVD da NetMovies deve ter sido extraviado! – nossa esse foi outro mercado que surgiu muito rápido e desapareceu mais rápido ainda (aluguel de filmes por “courrier”) – enfim, os dois haviam falado extremamente bem do filme e tal do ator, do carro, do enredo, resumo da ópera, filmão! Filmão porra nenhuma, puta filme tosco do caralho... spoiler alert - um cara que rouba um carro, sai fugindo pelos estado unidos e se mata no final batendo o carro contra uma barricada da policia, infelizmente, fica aqui meu pedido de desculpas, mas não lembro o nome do filme e não tenho certeza se ele roubava o carro ou se o filme já começava com ele no carro e nem ficamos sabendo qual o crime que ele cometeu ou mesmo o porque de estra em fuga. Talvez quando eu fique velho, fale isso pra molecada de algum filme que achei o máximo (tipo matrix) e eles tenham essa mesma impressão.

Ele estava sempre matutando alguma coisa pra implementar de melhoria no sistema... suas sacadas e tiradas de sarro eram sutis e palavrões nunca eram proferidos, exceto em situações extremamente tragicomicas do tipo de alguém vir com um problema daqueles que já ficou mais de semana tentando resolver e senta do lado dele explica tudo e ele só prestando atenção e anotando uma ou outra coisa em sua companheira inseparável folha de papel A4 ininteligivel para outros humanos, depois de algum tempo e de analisar o código (sempre em silencio) ele vira e pergunta, você fez tal coisa no código ? (ele já sabia a resposta, era sempre uma pergunta retórica) sempre a resposta era ou que fez ou que não fez (afinal não existe outra possibilidade para essa resposta, se respondesse não sei ou não lembro não estaria trabalhando na nossa equipe, quer dizer, não lembro eu respondia direto, mas ia rapidinho procurar e voltava com a resposta (essa daqui aprendi com o Perez!). E depois da resposta que vinha o bordão clássico, então é ai que fudeu!

Agora deixa eu ir dormir que são 5 da manhã, qualquer dia continuo, se não continuar fica aqui uma pitada de lembrança pra essa cuca que não lembra muito bem das coisas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O melhor currículo do mundo !

Charge: Currículo Simplificado e Ironia na Entrevista

Charge Cliffs Notes Inc: entrevista de emprego e currículo simplificado
Fonte: vide imagem!

Descrição da charge

A imagem é uma charge em preto e branco, desenhada por John McPherson, publicada originalmente em 2004 pela Universal Press Syndicate, com o título “CLIFFS NOTES INC.” no topo. A cena mostra uma entrevista de emprego: à esquerda, um homem sentado (o candidato) é visto de perfil, enquanto à direita, outra pessoa (o entrevistador), de óculos, segura e lê o currículo do candidato.

  • Nome: Bob Miller
  • Localização: Colorado
  • Experiência de trabalho: manager (gerente)
  • Educação: college (faculdade)
  • Referências: Dave

Abaixo da imagem, há uma legenda irônica:
“VERY impressive resume, Mr. Miller!”
(Em português: “Currículo muito impressionante, Sr. Miller!”)

A piada da charge está na simplicidade e falta de detalhes do currículo, contrastando com o comentário exageradamente positivo do entrevistador.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Teste de Personalidade, descubra um pouco mais sobre você mesmo(a)!

Teste VIA Character: Autoconhecimento e Relatório

Atualizacao 2024 09 25

Até hoje um dos testes mais ok e da horas que já fiz sobre me conhecer!

Desde que retornei a São Paulo meu serviço/trabalho mudou bastante, atualmente tenho tido tempo de aprimorar áreas até então desconhecidas! Devo agradecer o modelo de gestão adotado por aqui o qual valoriza o indivíduo e sua evolução/aprendizagem não só no âmbito profissional, algo que até então eu não conhecia em uma empresa, estou achando bem interessante.

Enfim, uma dessas novidades que tive contato foi a sugestão de que respondêssemos um questionário para descobrir nossa personalidade, melhor dizendo, para nos autoconhecer, saber quais são nossos pontos fortes e fracos, características que desconhecemos possuir ou que não julgamos serem tão boas ou tão ruins.

No meu caso, segue mais abaixo meu relatório, o item 1 e o 24 bateram como uma luva! Afinal quem me conhece sabe que sou um cara bem humorado e extremamente humilde e modesto! Sim, o teste bate como uma luva, isso é, se você tiver um mínimo de noção e autoconhecimento, no meu caso fui auxiliado na interpretação dos resultados, mas todos foram unânimes com o rankeamento!

E não demora muito a ser feito não, coisa de 10/20 minutos para responder 120 questões (tudo de marcar X'inho' e receber o resultado!) e é de grátis! Eles te vendem um pacote completo de análise, mas pra se divertir apenas vendo o relatório já vale a pena!

O site é o:

http://www.viacharacter.org

O questionário está disponível em português do Brasil e tudo!

Abaixo o meu relatório, só pra deixar de backup e pra você me conhecer um pouco mais!

Download do relatório de resultados (PDF)