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domingo, 16 de fevereiro de 2025

Mudar sem sair do lugar, nunca fui de usar as asas, sou mais de aprofundar a raiz.

Mudar sem sair do lugar, nunca fui de usar as asas, sou mais de aprofundar a raiz.

Lá nos idos de 1997 eu resolvi que estudaria na faculdade química, queria mesmo, eu acho, era fazer química, trabalhar em laboratório, fazer experimentos... mas não rolou, lembro claramente de minha mãe se opondo a eu estudar química, onde já se viu?! Trabalhar em laboratório ou numa fábrica e morrer de câncer ou na melhor das hipóteses virar professor! Jamais segundo ela! Meu pai não dá pitacos, muito menos nessa área, tanto que não se opôs quando meu irmão quis fazer faculdade de games alguns anos mais tarde e games nem era nada perto do que é hoje, teria dado muito certo, mas a mamãe dele, assim como a minha, também vetou.

Bom, voltando, como não deu pra eu estudar química, vamos achar uma alternativa, fui de engenharia química, na inocência de que aprenderia um pouco de química e ainda teria o título de engenheiro pra deixar minha mamãe orgulhosa, de ter um engenheiro na família!

Eu não sabia direito o que um engenheiro químico fazia, hoje 30 anos depois meio que continuo sem saber, na real, acho que ninguém sabe ao certo.

Vestibular e escolhas

Mas lá fui eu, o Enem não existia, a gente tinha que fazer um montão de vestibular, era bem exaustivo, mas eu gostava, no segundo ano, já tinha feito prova de treineiro na Fuvest e na Unicamp e tinha ido bem, fiz uns 6 meses de cursinho no Etapa lá da Ana Rosa num horário bem nada a ver, mas que casou certinho com minhas necessidades, era tipo das 4 às 9, o colégio era 'integral full' no terceiro ano, das 7 às 3 então dava certinho pra eu pegar o metrô no Belém e ir. Chegava em casa moído e no dia seguinte bora pra rotina de novo. Ah, de sábado tinha aula extra pra quem ia prestar ITA, grande decepção, na primeira prova tirei 4,8 e já estava eliminado, mas não tinha como saber e fiz tudo os outros dias de prova. Mas a publicação não era pra ser sobre vestibular, e sim sobre o mudar.

Bom, saíram os resultados na USP, não lembro direito como que funcionava a escolha das engenharias na Fuvest, mas sei que passei pra fazer engenharia civil, antes disso eu tinha me matriculado em Lorena, eu não, minha mãe fez essa pra mim, nem lembro como, mas ela foi lá e me matriculou, mas como era longe e acabei tropeçando na USP, bora de engenharia civil mesmo, aí um mês depois nem isso saiu a primeira lista da Unicamp e tava lá de engenharia química, bom, fui! Agradecimentos aqui pra Camilla Passarella Lazzarato, que estudava comigo no Agostiniano e também passou na Unicamp pra fazer Engenharia de Alimentos, mãe dela excepcional, ser humano diferenciado, me tratou super bem, me deu suporte num dia que foi bem doido mesmo, enfim, a Camilla encontrei com ela algumas vezes na faculdade, depois nem notícias, acho que tá nos EUA casada e com filho, vivendo o American Dream. Na parte da USP agradecimento ao Vinicius Kasabkojian, camarada do inglês que me deu carona nas 3 semanas que estive por lá, idem a Camilla, sem notícias há décadas.

Bom, post pausado no desenvolvimento porque fui pesquisar sobre os agradecidos e não são usuários ativos de redes sociais, então não deu pra atualizar, mas mandei umas mensagens que, quase certo, não serão respondidas.

Engenharia Química e tentativas na Química

Voltando ao cerne, acabei que cursei Engenharia Química na Unicamp, turma de 1998, me formei no longínquo agosto de 2004. Rolou uma vez só um encontro grande dos colegas, acho uma pena não ter encontros habituais, galera era gente fina, tem uns que ainda vejo, mas não na frequência que eu queria, vida de adulto é complicada.

Nesse mesmo ano, fiz prova pra ingressar no mestrado da química e também fiz vestibular pra cursar química, afinal continuava com vontade de ser químico.

Resumo, em 2005 tava eu fazendo matérias do mestrado e da graduação (essa com um mega hiper bug na Matrix, que eu tava na sala da irmã do Boy), o projeto do mestrado era bem bom, tipo de fotodegradação polimérica, tava muito incipiente ainda, mas hoje são as sacolinhas de mercado que desmancham em menos de mês.

Reviravoltas profissionais

Em 2006 a vida deu uma reviravolta, em 2005 apareceu uma 'publicação' na 'agenda de notícias' do trampo que estavam precisando de gente pra trabalhar lá em Brasília com computação e que ia abrir um processo seletivo, li as regras tudo e em nenhum lugar falava que precisava ser formado em computação ou algo assim, enfim, fiz o processo, em Curitiba, aproveitei e visitei o Jean, creio que foi a última vez que o vi, tentei achar aqui ele nas redes, mas nem isso, galera com nome 'normal' não dá pra achar, cidadezinha gostosa lá viu, São Bento do Sul. Foi o dia todo de entrevistas, eu e mais 5, passaram eu e um outro figura só, Japonesa do demônio, deixou claro que não era pra eu ir, mas os outros 2 gerentes apostaram as fichas em mim, não decepcionei! Ah, dos que não passaram, o Everisto apareceu lá na Ditec uns anos depois e acabou voltando pra casa um pouco antes de mim.

Conversei com o De Paoli, meu orientador do mestrado pra ver se conseguia continuar o mestrado lá por Brasília, não rolou e lá na UNB não achei, na verdade nem fui atrás direito, mas o mestrado ficou pra depois... a graduação em química não dava pra transferir, então fui fazer vestibular, não passei, é aquelas prova do demônio do CESPE de uma errada anula uma certa, eu com 26 anos não tinha como não chutar, resultado, minha nota não valeu nem pra lerem a redação, desencanei da química.

BB, mainframe e novas formações

No BB passei por um 'curso de formação' para aprender a trabalhar com o desconhecido COBOL e o incrível mainframe, nem quem tinha feito curso de computador na faculdade saberia trabalhar sem ter feito o treinamento, fui alocado pra trabalhar no autorizador de cartão e o resto é história.

Acho que em 2011, não lembro ao certo e não vejo necessidade de pesquisar pra ser certeiro, o Michel que tava fazendo alguma outra graduação lá na UNB, acho que a primeira dele era computação e ele tava fazendo administração, acho que era isso sim, fui até na formatura dele, carinha gente fina, curtia bastante ele, falo com ele bem menos do que deveria, virou bolsonarista de carteirinha! Nem deve ter tomado vacina do Covid... deixa eu perguntar, perguntei!

Complementando, teve vestibular de vagas remanescentes pra quem tivesse diploma de ensino superior, fui lá e fiz, gostei bastante da prova, fazia uns bons anos que eu não fazia nenhuma, era escrita, teve até um exercício com integral e eu acertei! Tava enferrujado, mas deu bom. Em 2012 retomei meu projeto de me formar em química, a Ju tava junto em todas essas doideiras, lembro da gente indo fazer a matrícula com o Vinny no colo!

Primeiro semestre foi bem diferente, como eu já tinha um zilhão das matérias básicas de exatas já cursadas, fui só de humanas... pedi equivalência, nessa o Tadashi ajudou lá de Campinas em pedir pra Unicamp as ementas e meu histórico completo que precisavam na UNB impressos! É, os tempos eram cruéis e difíceis, burocracia ainda era em papel... agradecimento aqui ao japonês também, nessa época ele ainda não tinha formado, faltava um nadica, mas ainda não tava formado.

O segundo semestre foi igual ao primeiro porque não tinham finalizado o processo de equivalência, lembro até de ter reclamado na ouvidoria da faculdade e mesmo assim nada, só saiu as equivalências no terceiro semestre, mas aí já era tarde, no final de 2013 retornamos pra 'casa'.

Novas tentativas e pandemia

Em 2016, já licenciado do BB, resolvi fazer faculdade de TI, afinal de contas já havia uma década que eu trabalhava com computação e não tinha um certificado/diploma que fosse, minto, tinha um de mainframe da IBM que fiz lá em Brasília quase que junto do Bulats de inglês. Como diz minha sogra, nada melhor pro Buga voltar a fazer faculdade do que o nascimento de um filho!

Lá fui eu fazer "Gestão da Tecnologia da Informação" na Fatec ali do lado do cemitério.... Curso interessante, curti, outro bug na Matrix, tava na mesma sala da menina que, esqueci o nome, mas já já eu lembro, anos mais tarde tava lá numa sala de reuniões do Itaú. Bom, comecei a ter que ir pra Sampa pra trabalhar no Itaú, a faculdade ficou pra depois. No final de 2018, resolvi que ia terminar química, fiz o vestibular na Unicamp e tô lá matriculado em 2019, em licenciatura em química. Nesse meio tempo aí teve uma prova da Unicamp de vagas remanescente mas não passei na segunda fase de provas específicas, tinha uma prova de fim de curso de física 3, quase entreguei em branco, triste, não passei... bom, tá lá eu felizão, fazendo matérias de humanas, Vinny andando de patinete da Yellow na Unicamp, tudo indo bem, dessa vez eu formo, que nada! Bora trabalhar em Sampa de novo, agora fixo e até quando eu aguentar, isso era junho de 2019, fiz só 1 semestre de química nesse meu retorno, falta tão pouco... um dia, um dia termino! Na real eu mandei mal, porque se tivesse ido atrás, quer dizer, deixa pra lá, o "pé de se" não faz parte do universo que vos escrevo.

Bom, aí veio a pandemia e no final de sei lá que ano, fiz a prova da Petrobras de engenharia química, deve ter uma meia dúzia a dúzia cheia de contemporâneos da Unicamp que estão por lá, da minha turma são especificamente 4, que pedi ajuda antes de entrar pra ver se dava pra ter uma certeza que eu viria aqui pra refinaria de Paulínia, mas descobri depois que não tem como ter ideia de como funciona a firma, é muito engessada, bem mais que o BB, mas fui lá eu, fiz a prova e vishi, deixa pra lá que não deu, não estudei, conferi o gabarito e deu metade da prova mais um pouquinho, foi legal ter feito, mas passar no concurso não ia rolar.

Retorno à engenharia e raízes

Aí em novembro de 2022 chega um e-mail e 3 dias depois um telegrama me convocando pra assumir a vaga do concurso, não entendi nada, foi uma decisão daquelas, mas que tinha que ser tomada e caiu na hora certa, sendo que hora certa é qualquer hora, sempre! Natalia, a mina da faculdade e do Itaú chama Natalia, da época do Itaú acho que só tenho contato com o Jheimes que encontro esporadicamente sem combinar umas 2 vezes por aí e a galera da Stefanini, a grande maioria nem notícias tenho mais.

Bom, lá fui eu trabalhar com engenharia química 20 anos depois de formado, assim como no BB quando cheguei em Brasília, na Petrobras também teve curso de formação pra aprender a trabalhar, fiquei morando no Rio de Janeiro quase 1 ano e sem saber qual seria meu futuro, só sabia que se não viesse trabalhar aqui em Paulínia não ia ter jeito de trabalhar na Petrobras, aí no meio pro final do curso, lançaram um projeto piloto pra trabalho remoto integral, li as regras e tava tudo ok pra eu pedir, assim que terminou o curso eu ingressei no trabalho e em janeiro de 2024 eu já estava 'de volta' pra casa.

Hoje, fevereiro 2025, não sei se vou um dia terminar a química, não tem muito porque, dificilmente trabalharei com química, e muito menos serei professor, então vida que segue, tem umas coisas que a gente quer que nem sabe direito o porque.

É isso, tô de volta pra casa.