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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Retrospectiva 2024

Retrospectiva 2024

Família

- Tretas de sempre com a mamãe Eliana, tão menos frequentes e de menor tensão, mas invariavelmente ocorrem. Teve uma vez que fui lá pra casa dela e nem consegui entrar, coloquei uma gaiola na escada e fui pegar as outras mas não deu, fui embora, afinal como que pode eu ter ido pra lá sem levar as crianças junto comigo?

- Vovó Cristina desde que voltei do Rio ficou bem afastada, de setembro/outubro pra frente passou a ficar mais próxima das crianças, quer dizer, da Helena. Estamos nos virando bem sem ela dando aquele auxílio no dia a dia, na rotina da família, tá mais de vó mesmo.

- Família do Ipiranga ficou meio longe esse ano, nos falamos esporadicamente e nos vemos nos aniversários das crianças e na festa junina da escola.

- Tia Stephanie veio pra cá algumas vezes, as crianças se divertem, mas não tem aquele vínculo gostoso de tio, mais ou menos igual o tio Dante.

- Ribeiro vem mais ou menos uma vez por mês aqui em casa pra colocar a conversa em dia, ver as crianças e tomar um café.

- Ju ficou mais de boa esse ano, mesmo estando em transformação e sem saber direito o que fazer comigo depois que pegamos meu laudo de deficiente mental.

- Vinny tá osso, começa a não respeitar, não ajuda, fica xuxando a Helena sem parar, tomara que seja algo transitório, tá precisando fazer mais amizades. Fizemos o foguete de ar comprimido e a base, foi um belo trabalho, pena que a galera trambica no resultado da competição. Esse ano no Sirius foi legal, mas tava um clima chuvoso que atrapalhou um tanto, Vinny deu entrevista, mas nunca achei se publicaram. Fez umas olimpíadas de conhecimentos e curtiu bastante!

- Helena tá de boas, fez bastante amizade no prédio e na turma da escola. Passa pano pra quase todo mundo e às vezes que tá fazendo birra ou chorando consegue responder que não consegue parar e às vezes nem sabe o motivo direito.

Saúde

- Depressão das brabas

- Engordei 15 kilos

- Peguei pressão alta, descobri indo doar sangue e não podendo.

- Bronquite atacou feio em dezembro, teve uma outra vez ou duas que fui parar no centro médico pra medicarem.

- Diabetes controlada com o remédio faz uns anos já.

- Operei de uma hérnia na pança que apareceu 'do nada', só porque dei uma engordadinha básica. Operei também do nariz e arranquei uma bolota de banha que eu tinha nas costas.

Preciso me cuidar! Zero exercícios.

Trampo

- Sou Engenheiro de Processamento de Petróleo Junior, meio desanimado, aprendendo o ofício em passos de bebê, falta um tutor, um acompanhamento, não sirvo pra me virar sozinho, sem falar que nunca trabalhei na área... fácil não tá, mas tô de teletrabalho integral, o salário não é lá essas coisas mas tá valendo! Fiz zero novos amigos no serviço esse ano.

- De minha vida pregressa só saudades de trabalhar com algo que eu dominava e me instigava saber mais sobre o assunto, zona de conforto me faz um bem danado e não tenho mais isso.

Dinheiro

- Tem suas loucuras que acontecem, compramos o apartamento 11 pra ficar do ladinho da escola e aumentou um 'tiquito' os gastos mensais da família com 2 casas na mesma cidade. Não que a gente não tenha "2 casas" desde sei lá 2019, só que era diferente, tinha desculpa de ser gasto do serviço e tals, agora é tudo na rubrica de gasto gasto mesmo.

- Desinvestimento bruto na parca carteira de ações e demais investimentos, ano não bom pra renda variável, tipo estamos com metade do valor inicialmente comprado de papéis... e alguns deles nunca mais vão chegar sequer perto do valor que pagamos.

- Viagem de fim de ano deu uma boa assustada, quando compramos as passagens em janeiro, o dólar estava a 4,85 lá nos EUA no cartão de crédito chegou a 5,70 com IOF e a taxa que o banco coloca em cima da cotação.

Justiça

- Processo de correção dos FGTSs, nem sei se foi esse ano, mas foi pro vinagre, julgaram que do jeito que remuneram tá ok e azar, transitados em julgados, fim.

- Pagamento a maior dos INSSs, da Ju deu ok e receita devolveu os valores pagos a mais, o meu, processo igualzinho, cópia e cola, tá lá tramitando ainda, sem sentença proferida.

- Trabalhista Banco Original, duas vezes fui lá na Barra Funda e nada, juiz tava a fim de descolar um acordo, mas sem chances. Na primeira o Maicon e o Franco não conseguiram ir porque teve algum BO lá no BMG e eles estavam em Minas e na segunda a Aline perdeu a hora, ficou uma nova pra março de 2025.

- Trabalhista Banco do Brasil, execução da redução salarial, essa fiquei sabendo num churrasco de 20 anos de DITEC lá em Brasília na casa do Igor e entramos com a ação de execução no fim do ano, em andamento.

- Gol que me cancelou 4 passagens porque o sistema deles é estúpido e não soube lidar com a mudança dos aeroportos lá do Rio do Santos Dumont pro Galeão, nossa que ódio! Era muito de boas ali no Santos Dumont, bom, como agora vou esporadicamente tá valendo, mas não faz sentido o que fizeram, sem falar que a tal da barca pelo que li esses dias não saiu do mundo das ideias. Enfim, juiz já julgou que tá ok meu pedido, mas a Gol recorreu só por recorrer e tô no aguardo.

- Cobasi dos Hamsters procriadores, teve audiência mas nada de acordo, esperando os próximos passos.

Amigos

- Acho que não fiz nenhum amigo novo esse ano que passou, também depois da overdose de 2023 tá bom demais.

- Acabei que não vi quase ninguém, teve no final do ano casamento do Rodolpho que reencontrei o Bruno e o Botti, trombei bastante o Boy, o Tadashi, o Fred e o Marcelo... teve um encontro Porks no começo do ano aqui em casa, fui pra praia e vi o Flávio, no carnaval o Bruno e o Rodolpho passaram aqui em casa, o Luis Felipe passou um dia de noite e fizemos um churrasquinho, ah, e o Tonin passou aqui out of the blue só pra tirar uma selfie! Encontrei o Hyam Nicacio, que não via há mais de década, veio aqui em casa, noite muito agradável, depois ainda conseguimos tomar uma no bar do Coxinha com a Dessa que também fazia uns bons anos que não via, todos bem na medida do possível. Consegui almoçar com o Franco, Maicon, Rene e o Cesão depois da audiência lá em Sampa. Encontrei o Julio umas 3-4 vezes, acho que a mesma quantidade de vezes que devo ter visto o Cae no ano, troquei umas ideias com o Paraguay e o Bob, mas quase sempre coisas do trampo.... Dei uma passada no Christian em Jaguariúna, tava uma chuva daquelas, foi só protocolar, nem trocamos muita ideia, ah, teve um churrasquinho com a galera da Stefanini na chácara da Dani também lá em Jaguariúna, teve um Outback com o Caio o mano Rewth, Odair e Alex, fui pra Brasília no encontro da galera da DITEC, reencontrei muita gente mesmo, grandes memórias, mas no fundo, fiquei com aquele sentimento de não pertenço mais aqui, e olha que era um sentimento que senti bem poucas vezes na vida, a de pertencer a um grupo, ali em casa nos churrascos na varanda eu me sentia parte da turma, de verdade... bom, acho que foi isso.

Viagens

- Fomos pra Barra Bonita na Páscoa fazer uma trilha de jipe, traumático pras crianças e pra Ju, não vai rolar mais, mas foi interessante o rolê.

- Praia em Ilha Comprida no começo do ano.

- Disney em dezembro todo.

- Parcas idas a São Paulo.

- Encontro em Ribeirão dos dentistas.

- Ju viajou horrores a trabalho.

- Fui pro Rio umas 3 vezes esse ano só, depois do carnaval não fui mais, tô devendo.

- Brasília, sozinho pro encontro da Ditec.

Estudos

- Nada, nem um Duolingozinho, mas fiz o ENEM pra ver qualé que era!

Filmes, Livros, Shows, Peças Teatrais

- Nada digno de nota, ah minto, não gostei dos 100 Anos de Solidão, tipo escroto na parte sexual da história, precisava disso não, lembro de ter lido algo parecido na adolescência tipo Capitães da Areia, mas sei lá, meio forte, curti não. O filme do cara do Feliz Ano Velho é legal, verídico, mas não achei nada de mais, vale o mote... 'alguma coisa ele fez'.

- Show, acho que não vi nenhum esse ano, teatro acho que idem.

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Se lembrar de mais caixinhas da vida eu coloco aqui.

domingo, 4 de agosto de 2024

Divagações no voo...

Quem é o Buga? Uma Apresentação Pessoal

Saudações,

Vida Pessoal

Sou o Buga, nasci em 1980 em São Paulo capital, mudei pra Campinas em 1998, fui pra Brasília em 2006 e retornei para Campinas em 2014.

Na família somos eu e meu pai.

Tenho uma acompanhante terapêutica, meu anjo na terra, a Ju está comigo há mais de 20 anos, ela prefere a alcunha esposa.

Somos pais de duas pessoas, a Helena com 8 anos e o Vinícius com 12, de uma cachorra, a Wendy e de 3 hamsters, o Paçoca, a Penélope e o Pequeno.

Formação e Carreira

Formei em engenharia química, fiz MBA em mercado financeiro, duas pós-graduações em tecnologia da informação, tentei por 3 vezes terminar faculdade de química, mas ainda não finalizei.

Tive uma fábrica de rodas e shapes de skate, que montamos do zero, eu e um amigo de infância com 20 e poucos anos, foi muito intenso e desafiador, aprendi muito, viajei bastante, conheci empresas, pessoas, trabalhava muito, não tanto quanto com cartões, mas era bastante mesmo, o sonho durou 6 longos anos.

Trabalhei a vida toda em banco, 20 longos anos, cuidava do sistema de autorização de cartões, as vezes funcionava aos trancos e barrancos, mas funcionava! Costumava dar uns probleminhas, mas não posso falar sobre isso publicamente, enfim, os riscos da atividade são inerentes a loucura do dia a dia. Teve vez aue fiz caca e fui promovido e teve vez que fiz caca e fui demitido, é da vida!

Abandonei esse mundo e desde o carnaval de 2023 virei engenheiro de processamento de petróleo júnior na Petrobras.

Vida Familiar e Crenças

A Ju é judia, eu sou deísta.

Saúde Mental e Neurodiversidade

Tenho minhas incontáveis idiossincrasias, tenho ciência de quase a totalidade delas, entretanto com o mascaramento de décadas e treinamentos/condicionamentos baseados no pior de Skinner, Vygotsky e Pavlov acabei sendo moldado para passar despercebido na multidão, na multidão, porque quem me conhece um pouco mais a fundo, consegue perceber que não sou muito ajustado.

Até falar ao telefone as vezes eu conseguia, quer dizer, as vezes não, muito raramente.

Não tenho hobbies, meus hiperfocos tem começo, meio e fim, não duram mais de 1 ano.

Tive até hoje, no máximo uns 10 episódios de desregulação total e o que me deixa sempre pasmo é que logo imediatamente após a explosão eu já me sentia pleno, num estado de torpor, uma paz em minha mente.

É desgastante ao extremo viver na normalidade, como consequência direta desenvolvi insônia crônica, não durmo direito desde que consigo me lembrar... Os remédios que controlam e induzem meu sono tem que ser trocados com frequência pois o efeito cessa depois de um par de anos.

Passei por alguns episódios de depressão ao longo da vida, geralmente desencadeados por alterações na minha rotina. Nesses momentos costumeiramente acompanham sintomas físicos, como vômitos, diarréia, sudorese que duram semanas até que eu consiga me adaptar novamente.

As crises de depressão severa duram de 6 meses a 1 ano.

Sensibilidades Sensoriais

Meu paladar é infantil, tenho restrição alimentar alta (menor que de meu pai que é vegetariano desde que me conheço por gente), mas assim como no comportamento também fui condicionado a me alimentar de acordo com o cardápio mesmo não gostando. Tirando peixes, frutos do mar e afins que sou alérgico, acabo conseguindo com muito esforço comer praticamente de tudo, mas tem seu preço e faz um tempo que não tô pagando mais não.

Sons não me incomodam há mais de década, desenvolvi habilidade de estar constantemente com uma música de fundo na minha mente, por vezes ela sai e sou pego na ecolalia e aí são alguns minutos pra me regular novamente, uso abafador apenas quando vou me deitar para dormir, costumava deixar algum som no ambiente, mas ultimamente, 4 anos pra cá o abafador tá de boa.

Tenho hipersensibilidade ao toque, pele sensível, se começo a suar desencadeia urticária colinérgica, uma etiqueta na camisa me causa uma crise alérgica, uso o mesmo uniforme há décadas, com poucas variações. Costuma ser sempre bem folgado pra não ficar justo, colado na pele. Uso uma camiseta sem costura lateral, calça social quando o serviço obriga calça mas geralmente estou de bermuda folgada e tênis largo (estilo skate). As variações causam desconforto, jeans, camisa, ALL star não são bem vindos, uso, mas dão "coisa".

Até a pandemia utilizava toca na cabeça. Tanto que se não soubesse o que me dar de aniversário era só comprar uma que era sucesso garantido, tenho mais de 50, but usava quase sempre as mesmas 3. Descobrimos que era um amuleto e acabei, assim como minha corrente de bicheiro e acabei abandonando seu uso sem grandes prejuizos.

Possuo extrema dificuldade em ir ao cabeleleiro, evito ao máximo, a última vez que fui, foi em 2014, passo mal, acabou deixando o cabelo comprido justamente por isso, esporadicamente, a cada 1, 2, 3 anos, não tenho uma memória das datas, raspo careca, já já tá na hora de raspar novamente. Ah, costumo frequentemente enrolar o cabelo nos dedos até a ponta do dedo ficar roxa, faço isso desde que me conheço por gente.

Amigos e Conexões

Tenho amigos que não vejo mais, outros que nem notícias tenho, um que é praticamente meu vizinho e que passo semanas sem o ver, são bem poucos os que tenho algum contato rotineiro.

Nesse final de semana reencontrei amigos de Brasília, alguns dos quais não via há 10 anos e não tinha mais contato, gostei muito, deu pra me atualizar dos acontecimentos mais marcantes na vida da maioria deles, muitos acontecimentos maravilhosos, outros nem tanto, histórias engraçadas, assustadoras, apaixonantes, revoltantes, enfim, coisas da vida de meus amigos que eu nem imaginava... mas todos estão bem, na medida do possível!

Infelizmente sinto que, obviamente até pelo tempo e meu distanciamento, que não pertenço mais aquele mundo. Fiz grandes amigos na vida, sei que eles se preocupam comigo e me querem bem mesmo eu sendo, digamos, o Buga.

Há algum tempo não ouço mais a frase: - "Você que é o Buga?" Com entonação de surpresa/espanto e com certeza a expressão fácil não negaria o sentimento, mas eu acho, acho mesmo porque essa habilidade eu não possuo. Quem nunca tinha me visto com certeza me imaginava uma pessoa bem diferente! Estou bem com isso, nunca gostei da reputação me preceder.

Reflexão Final

Ah seila, é mais ou menos isso aí.

Se me perguntarem se eu preferia ter sido eu sempre; com certeza eu teria escolhido eu, mas não tive a opção e hoje sou essa mistureba maluca em constante luta comigo mesmo.

Parafraseando o poeta: "Acho que não sei quem sou só sei do que não gosto"

Fui, Buga
Brasília -> Campinas
4 de agosto de 2024