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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Como gerar CVV/CVC - código de segurança cartão de crédito - moleza moleza

Bom vamos direto ao ponto... vou tentar achar a documentação sobre o algoritmo certinho, lembro de já ter lido alguma vez em algum manual da VISA que acabamos copiando pro ELO, na AMEX eu lembro bem, mas é outro esquema diferente da Visa e da Mastercard.


Basicamente precisa do:
-  CARTAO, vulgo PAN
- Vencimento 
e das chaves de criptografia 
o código de segurança varia de acordo com o que vamos calcular, mas bora deixar fixo em 999 que acho era o valor pra quando formos calcular o que fica atrás do cartao, o CVV2/CVC2/CVE2.

Vamos usar esses dados aqui

5067240000000019 --> confere pra ver se é 9 mesmo o digito verificador!
2512

CVK A - (em claro) - 0123456789012345
CVK B - (em claro) - ABCDEF0123456789

Beleza, nao precisamos de mais nada, só isso já basta

Agora é pra quem é virjão de tudo, pode ir nesse site aqui

http://software.codemagus.com/WebTools/cgi-bin/cmlvccomputevisacvv

e colocar os dados tudo e clicar em compute, puf, código gerado!

Figura 1 - Screen Shot site Code Magus


ou pode ser aqui
https://paymentcardtools.com/card-security-values/cvv-calculator
Figura 2 - Print Screen geracao do CVC pelo paymentcardtools.com


esse até mais legal que mostra até um KCV - key check value de cada chave! e valida o numero do cartao!


temos ainda outras opções, como o
https://fint-1227.appspot.com/cvvcalc/

Figura 3 - Geracao de código de segurança pelo site https://fint-1227.appspot.com/


Mas voce é curioso e quer saber como as coisas funcionam, fazer um código, um programa! Mas antes disso, vamos executar o calculo usando um grande companheiro, o BPTools

Figura 4 - Geracao do CVV usando o BPTools - módulo de Calculadora Criptografica


Mas poderiamos tambem gerar isso na mão, usando o 3DES aplicado igual mandam no figurino, só lembrando que o Triple DES nao é nada mais nada menos que o DES usado 3 vezes!!! 

Criptografa com a chave 1 -> Descriptografa com a chave 2 -> Criptografa com a chave 1


O algoritmo pra calcular o CVV é basicamente isso aqui

Dados necessários
- Chave em claro (2 componentes)
- Cartao
- Vencimento
- Código de serviço


Preparação dos Dados -> DATA
Combine os dados: Concatene o Número do Cartão (PAN), a data de validade e o código de serviço.
Complete com zeros: Adicione zeros à direita dessa sequência até que ela tenha 32 caracteres no total.

Processo de Criptografia 
Com a "DATA" preparada, o processo de criptografia e descriptografia é o seguinte:

- Criptografe a primeira metade da "DATA" (parte da esquerda) usando a primeira metade da chave, bom deixar claro, parte da esquerda é a primeira! (é uma operação DES) .
- Aplique uma operação XOR no resultado com a segunda metade da "DATA".
==> aqui é o tal do Triple DES (3DES)
- Criptografe novamente o resultado utilizando a primeira metade da chave (DES).
- Descriptografe o resultado com a segunda metade da chave (DES).
- Criptografe mais uma vez o valor obtido, usando a primeira metade da chave (DES).

Geração do CVV
Extraia apenas os dígitos da ultima operacao de DES, os primeiros três números correspondem ao CVV.




Segue o código abaixo de exemplo
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

from Crypto.Cipher import DES
import binascii
import re

# Função para verificar o dígito verificador - mod 10
def luhn_check(card_number):
    digits = [int(d) for d in card_number]
    checksum = 0
    parity = len(digits) % 2
    for i, d in enumerate(digits):
        if i % 2 == parity:
            d *= 2
            if d > 9:
                d -= 9
        checksum += d
    return checksum % 10 == 0

# Função para preencher à direita com zeros      
def pad_right(s, length, pad_char='0'):
    return s.ljust(length, pad_char)


# Funções de criptografia DES - encriptar
def des_encrypt(key, data):
    cipher = DES.new(key, DES.MODE_ECB)
    return cipher.encrypt(data)

# Funções de criptografia DES - decriptar
def des_decrypt(key, data):
    cipher = DES.new(key, DES.MODE_ECB)
    return cipher.decrypt(data)

# Função para converter string hexadecimal em bytes
def hexstr_to_bytes(hexstr):
    return binascii.unhexlify(hexstr)

# Função para gerar o código de segurança!
# CVV (Card Verification Value) CVC (Card Verification Code) CVE (Código de Verificacao ELO)

def generate_cvv(pan, expiry, service_code, key_hex):
    # Quebra a chave em duas partes ("chave a e chave b") com 16 caracteres cada
    key_a = hexstr_to_bytes(key_hex[:16])
    key_b = hexstr_to_bytes(key_hex[16:32])

    # Concatena Cartao, vencimento (AAMM) e código de serviço
    data = pan + expiry + service_code
    # "pad" com zeros até 32 caracteres
    data = pad_right(data, 32, '0')  
   
    # Quebra em duas metades left e right halves com 16 caracteres cada
    left = data[:16]
    right = data[16:]
   
    # Converte para hexadecimal
    left_bytes = binascii.unhexlify(left)
    right_bytes = binascii.unhexlify(right)
   
    # Criptografa a parte da esqueda com a "chave_a"
    encrypted_left = des_encrypt(key_a, left_bytes)

    # Faz XOR com o resultado com a parte direita
    xor_result = bytes([a ^ b for a, b in zip(encrypted_left, right_bytes)])
   
    # Criptografa com a "chave a"
    TDES_passo1 = des_encrypt(key_a, xor_result)
   
    # Decriptografa com a "chave b"
    TDES_passo2 = des_decrypt(key_b, TDES_passo1)

    # Criptografa novamente com a "chave a"
    TDES_passo3 = des_encrypt(key_a, TDES_passo2)

    # Pega apenas os dígitos do resultado, afinal estavamos trabalhando com hexadecimal
    digits = re.sub(r'\D', '', TDES_passo3.hex())

    # e queremos os primeiros 3 dígitos que é nosso CVV
    return digits[:3]  

# Nossos dados de entrada #
key_hex = "0123456789012345ABCDEF0123456789"
pan = "5067240000000019"
expiry = "2512"      
service_code = "999"  

# Validações dos dados de entrada #
if not luhn_check(pan):
    raise ValueError("Número do cartão inválido (verifique o dígito verificador).")
if len(pan) != 16 or not pan.isdigit():
    raise ValueError("O PAN deve ter 16 dígitos numéricos.")
if len(expiry) != 4 or not expiry.isdigit():
    raise ValueError("A data de validade deve ter 4 dígitos numéricos (YYMM).")
if len(service_code) != 3 or not service_code.isdigit():
    raise ValueError("O código de serviço deve ter 3 dígitos numéricos.")
if len(key_hex) != 32 or not all(c in '0123456789ABCDEF' for c in key_hex.upper()):
    raise ValueError("A chave deve ter 32 caracteres hexadecimais (16 bytes).")
if not key_hex.isalnum():
    raise ValueError("A chave deve conter apenas caracteres alfanuméricos (hexadecimais).")
if not key_hex.isupper():
    raise ValueError("A chave deve estar em letras maiúsculas (hexadecimais).")
# Se todos os dados de entrada forem válidos, gera o CVV
else:
    cvv = generate_cvv(pan, expiry, service_code, key_hex)
    print("CVV gerado :", cvv)
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

que da um belo display de saida 

CVV gerado : 728


ou podemos usar um HSM, ai é coisa séria, bonita de ver!

Digamos que voce vá usar o Thales Payshield 9000 (que ja ta fora de linha e acho que é bem bom pra ilustrar os comandos e mesmo ser simulado), bom, nao vou dar aula de chaves aqui, mas a de CVV é do esquema U, e do tipo 402, variante 4 e o setimo par de chaves de LMK, que sao {"E0E0010101010101", "F1F1010101010101"} e  usando novamente nosso amigo BP-TOOLS, vai dar isso aqui!

UC68879EF8F0E22A2B8A51FE73409DC16

na real nao estou importando, o comando seria o A4, se nao me engano!

Figura 5 - "Importação da Chave" no HSM


Poderia "importar" de verdade ou usar um outro simulador, igual esse aqui em go, por exemplo

root@Tecladinho:/mnt/c/Windows/System32/go_hsm/bin#
./go_hsm keys import --key 0123456789012345ABCDEF0123456789 --type 402 --scheme U
Key Type: Name: CVK/CSCK, Code: 402, LMKPairIndex: 7, VariantID: 4
Key Scheme: U
Encrypted Key: UC68879EF8F0E22A2B8A51FE73409DC16
KCV: 7FFC84
root@Tecladinho:/mnt/c/Windows/System32/go_hsm/bin#    

que gera a mesma coisa, bom sinal!


Agora usando o comando CW do HSM pra verificar se o valor que a gente ta calculando ta correto!

Figura 6 - Execucao do comando CW pelo BPTools


mas nao to ligado num HSM de verdade, é um Thales Payshield HSM Simulator!

Figura 7 - Thales Simulator

e olha ai, 728! Grande numero!


é isso, grandes lembranças!

Ah, a importação da chave no HSM faz mais ou menos isso aqui

#!/usr/bin/env python3
"""
HSM Thales PayShield - Cálculo de Chave Criptografada

Este script simula o processo de criptografia de uma chave (ex: CVK/CSCK)
sob LMK, seguindo o padrão do HSM Thales PayShield, incluindo aplicação de variants
e cálculo de Key Check Value (KCV).

Ideal para estudos, troubleshooting e validação de processos de importação de chaves.
"""

from Crypto.Cipher import DES3
import binascii

def hex_to_bytes(hex_str):
    """Converte uma string hexadecimal para bytes."""
    return binascii.unhexlify(hex_str)

def bytes_to_hex(data):
    """Converte bytes para uma string hexadecimal maiúscula."""
    return binascii.hexlify(data).decode().upper()

def apply_key_type_variant(lmk_left, lmk_right, variant_id):
    """
    Aplica o variant_id no primeiro byte do LMK LEFT.
    Exemplo: Variant 4 = 0xDE (usado para CVK/CSCK).
    Retorna LMK LEFT modificado e LMK RIGHT inalterado.
    """
    variant_map = {
        0: 0x00,  # Sem variant
        1: 0xA6,
        2: 0x5A,
        3: 0x6A,
        4: 0xDE,  # Usado para CVK/CSCK
        5: 0x2B,
        6: 0x50,
        7: 0x74,
        8: 0x9C,
        9: 0xFA,
    }
   
    if variant_id == 0:
        return lmk_left[:], lmk_right[:]  # Sem alteração
   
    variant_value = variant_map.get(variant_id, 0x00)
   
    # Aplica XOR no primeiro byte do LMK LEFT
    modified_left = bytearray(lmk_left)
    modified_left[0] ^= variant_value
   
    return bytes(modified_left), lmk_right[:]

def encrypt_under_variant_lmk(input_key, lmk_left, lmk_right, scheme_tag):
    """
    Criptografa a chave de entrada sob LMK modificado, usando o esquema 'U' (double-length).
    Para cada metade da chave, aplica um variant diferente no LMK RIGHT.
    """
    if scheme_tag == 'U':
        if len(input_key) != 16:
            raise ValueError("Double-length key necessária para o scheme U")
        scheme_variants = [0xA6, 0x5A]  # Variants padrão do scheme U
    else:
        raise ValueError(f"Unknown scheme tag: {scheme_tag}")
   
    encrypted = bytearray()
   
    for i, scheme_variant in enumerate(scheme_variants):
        # Monta LMK para este segmento (LEFT + RIGHT)
        variant_lmk = bytearray(16)
        variant_lmk[:8] = lmk_left
        variant_lmk[8:16] = lmk_right
       
        # Aplica o variant no primeiro byte do LMK RIGHT
        variant_lmk[8] ^= scheme_variant
       
        # Cria chave 3DES (K1-K2-K1)
        triple_des_key = bytes(variant_lmk) + bytes(variant_lmk[:8])
       
        # Criptografa 8 bytes do segmento da chave
        cipher = DES3.new(triple_des_key, DES3.MODE_ECB)
        segment = input_key[i*8:(i+1)*8]
        encrypted_segment = cipher.encrypt(segment)
        encrypted.extend(encrypted_segment)
   
    return bytes(encrypted)

def calculate_thales_payshield_key():
    """
    Simula o cálculo da chave criptografada sob LMK, conforme o HSM Thales PayShield.
    Mostra passo a passo do processo, incluindo aplicação de variants e análise detalhada.
    """
    print("=== CÁLCULO THALES PAYSHIELD ===\n")
   
    # 1. Dados de entrada (exemplo de CVK double-length)
    clear_key = "0123456789012345ABCDEF0123456789"
    key_type_code = "402"  # CVK/CSCK
    scheme_tag = 'U'       # Esquema double-length
   
    print(f"Chave original: {clear_key}")
    print(f"Key Type: {key_type_code} (CVK/CSCK)")
    print(f"Scheme: {scheme_tag}")
   
    # 2. Detalhes do tipo de chave (exemplo baseado em tabela Go)
    # "402": {Name: "CVK/CSCK", Code: "402", LMKPair: 7, VariantID: 4}
    lmk_pair_index = 7    # LMK 14-15
    variant_id = 4        # Variant 4 = 0xDE
   
    print(f"LMK Pair Index: {lmk_pair_index} (LMK 14-15)")
    print(f"Variant ID: {variant_id}")
   
    # 3. LMKs originais (exemplo)
    lmk_14 = "E0E0010101010101"
    lmk_15 = "F1F1010101010101"
   
    print(f"\nLMK 14 (original): {lmk_14}")
    print(f"LMK 15 (original): {lmk_15}")
   
    lmk_14_bytes = hex_to_bytes(lmk_14)
    lmk_15_bytes = hex_to_bytes(lmk_15)
   
    # 4. Aplica o variant do tipo de chave no LMK LEFT
    modified_lmk_14, modified_lmk_15 = apply_key_type_variant(
        lmk_14_bytes, lmk_15_bytes, variant_id
    )
   
    print(f"\nApós aplicar Variant {variant_id} (0xDE):")
    print(f"LMK 14 modificado: {bytes_to_hex(modified_lmk_14)}")
    print(f"LMK 15 (inalterado): {bytes_to_hex(modified_lmk_15)}")
   
    # Verificação do XOR aplicado
    print(f"Verificação: 0xE0 XOR 0xDE = 0x{0xE0 ^ 0xDE:02X}")
   
    # 5. Prepara a chave de entrada (em bytes)
    input_key_bytes = hex_to_bytes(clear_key)
   
    print(f"\nChave de entrada ({len(input_key_bytes)} bytes): {bytes_to_hex(input_key_bytes)}")
   
    # 6. Criptografa a chave sob LMK modificado, usando o scheme U
    encrypted_key = encrypt_under_variant_lmk(
        input_key_bytes,
        modified_lmk_14,
        modified_lmk_15,
        scheme_tag
    )
   
    print(f"\n=== PROCESSO DE ENCRIPTAÇÃO ===")
    print(f"Scheme '{scheme_tag}' usa variants: [0xA6, 0x5A]")
    print(f"Cada variant encripta 8 bytes da chave")
   
    # 7. Monta resultado final (scheme tag + chave criptografada)
    result = scheme_tag + bytes_to_hex(encrypted_key)

    # 8. Análise detalhada dos segmentos
    print(f"\n=== ANÁLISE DETALHADA ===")
    cvk_a = clear_key[:16]
    cvk_b = clear_key[16:]
    encrypted_a = bytes_to_hex(encrypted_key[:8])
    encrypted_b = bytes_to_hex(encrypted_key[8:16])
   
    print(f"CVK A: {cvk_a} -> {encrypted_a}")
    print(f"CVK B: {cvk_b} -> {encrypted_b}")
   
    # 9. Mostra os LMKs usados para cada segmento (com variants)
    print(f"\n=== VARIANTS DE SCHEME ===")
    base_lmk = modified_lmk_14 + modified_lmk_15
   
    # Para primeiro segmento (variant 0xA6)
    variant_1 = bytearray(base_lmk)
    variant_1[8] ^= 0xA6
    print(f"LMK para CVK A (variant 0xA6): {bytes_to_hex(variant_1)}")
   
    # Para segundo segmento (variant 0x5A)
    variant_2 = bytearray(base_lmk)
    variant_2[8] ^= 0x5A
    print(f"LMK para CVK B (variant 0x5A): {bytes_to_hex(variant_2)}")
   
    return result

def calculate_kcv(key_hex):
    """
    Calcula o Key Check Value (KCV) de uma chave.
    O KCV é obtido criptografando 8 bytes zero com a chave e pegando os 6 primeiros hex.
    """
    key_bytes = hex_to_bytes(key_hex)
    zeros = b'\x00' * 8
   
    if len(key_bytes) == 16:
        # Double-length key - usa 3DES (K1-K2-K1)
        triple_key = key_bytes + key_bytes[:8]
        cipher = DES3.new(triple_key, DES3.MODE_ECB)
    else:
        cipher = DES3.new(key_bytes, DES3.MODE_ECB)
   
    encrypted = cipher.encrypt(zeros)
    return bytes_to_hex(encrypted)[:6]

if __name__ == "__main__":
    # Executa o cálculo principal e mostra resultados
    result = calculate_thales_payshield_key()
   
    print(f"\n=== RESULTADO FINAL ===")
    print(f"Chave criptografada: {result}")
    print(f"Esperado:           UC68879EF8F0E22A2B8A51FE73409DC16")
    print(f"Match? {result == 'UC68879EF8F0E22A2B8A51FE73409DC16'}")
   
    # Calcula e mostra o KCV da chave original
    original_key = "0123456789012345ABCDEF0123456789"
    kcv = calculate_kcv(original_key)
    print(f"\n=== KEY CHECK VALUE ===")
    print(f"KCV calculado: {kcv}")
    print(f"KCV esperado:  7FFC84")
    print(f"KCV Match? {kcv == '7FFC84'}")






sábado, 26 de abril de 2025

A ficha cai, mas as vezes demora e a gente esquece

Resumo: Buga conta sobre o aniversário do Vinicius, a tentativa de consertar um brinquedo de bolhas quebrado e o impacto emocional de sua deficiência visual ao falhar no reparo.

Conserto de Brinquedo e a Realidade da Deficiência

Essa aqui foi dureza... no aniversário do Vinicius desse ano, que quase fez eu e a Ju enfartar que não ia dar quórum, mas no final deu tudo certo. A pistola/arma/bazuca/lançador/fábrica de bolhas de sabão da Helena ficou inoperante, crianças usaram, se divertiram e tomaram cuidado de não molhar, mas brinquedo chinês costuma quebrar mesmo.

Não joguei fora, separei pra eu consertar depois... depois chegou, desmontei o brinquedo e o problema encontrado foi até simples, o botão do gatilho tinha parado de funcionar, bora descobrir o nome da peça, comprar uma nova e fazer a substituição, coisa simples, 2 fios, 1 solda e puf, brinquedo consertado.

Hoje em dia (2025) ficou extremamente fácil descobrir o que é algo que você precisa saber o que é, no caso bastou umas fotos, um pouco de boa vontade do Google e puf, objeto identificado!

O Brinquedo e a Peça

A peça deve custar centavos, mas não tenho como ir no centro (se é que ainda existem lojas de eletrônicos no centro, de componentes mesmo, já fui e me divertia, mas sequer consigo lembrar a última vez que fui em uma), bom todo mundo precisa ganhar, a arma de soltar bolinhas de sabão era das mais elaboradas que já tivemos, compartimento interno e contra vazamentos do líquido de bolhas, velocidade do sopro ajustável e zilhões de bolhas, muitas mesmo, bonito de ver, mas tinha quebrado, não lembro onde comprei ou se alguém deu e enfim, eu ia arrumar! Ia, porque deu ruim!

Bom, comprei a peça, no caso o botão acionador que quando aperteva o gatilho acionava a crinaça, ele chama "push button", não achei maiores especificações, comprei é exatamente isso aqui:

Tentativa de Conserto

Beleza, chegou, posterguei o início do reparo, dei aquela procrastinada básica, até que deu a luz e bora arrumar, achei o ferro de solda, o saquinho com o revolver de bolha de sabão tudo desmontado, peguei a caixa de ferramentas e bora arrumar esse negócio, só que não.

Não fui capaz sequer de desoldar os fios, cortei com alicate mesmo, nada que impactasse o resultado, peguei o botão novo e aí começou a saga, não tenho mais a habilidade de conseguir enxergar no plano, profundidade, seila, nem consigo explicar direito, mas o fato é que eu não conseguia acertar o ferro de solda no fio e no conector, simples assim, acho que nunca tinha colocado a prova minha visão depois que perdi a do olho esquerdo, mas sei que foi devastador, chorei sozinho...

Reflexão sobre a Deficiência

Bom, vi que não ia dar, só tinha presenciado esse lance de não ter mais noção espacial completa ao estender roupas no varal aqui de casa, que nunca acerto o fio que eu achei que tava mirando pra colocar a roupa, mas tá valendo, nada muito preocupante, e no final das contas acaba sempre acertando algum fio do varal. Minto, acontece também pra dirigir, já dei umas comidas da roda na guia, subi na guia, bati em portão, posto, espelhadas... é, no trânsito a lista é um pouco mais longa, but no dia a dia me viro bem com minha deficiência, mas me senti bem impotente e sem ação, não tinha pra quem pedir ajuda, o Vinny ainda tá bem de boas e não sei se curtiria tentar me ajudar, ainda mais que sou muito escroto em pedir ajuda, Ju idem, não boa ideia, bom, fechei a arminha, guardei as tralhas e separei para reciclagem ou pra ir pro Sobrapar pra algum com tempo e habilidade arrumar o brinquedo, foi um misto de sensações não boas, ruins mesmo, seila, não tinha sentido ainda o impacto real ou a necessidade de ver e não ter mais, foi bem devastador, fiquei arrasado, demorei uns bons dias pra me recuperar.

É, fazer o que é a vida, agora sei que projetos de eletrônica ou mesmo usar um ferro de solda não dá mais pra fazer. Triste, mas vida que segue.

Bom foi isso, a ficha da minha deficiência esse dia caiu de novo, e foi real a dor, frustração, seila o nome do que senti direito, mas não foi bom não.

Fui,

Buga

sábado, 22 de março de 2025

Vida útil de paineis solares - 25 anos e parece ser verdade!

Instalação de Painéis Solares em Casa: Experiência com Envo e CPFL

Como Funciona o Sistema de Energia Solar Após 5 Anos

Instalamos paineis aqui em casa em Barao em maio de 2019, pouco depois da crista da onda, ja estava numa fase que o valor dava pra ser encarado.

O que me pegou na hora de instalar, além do oba oba, foi o preço e se o sistema seria 'homologado', hoje 2025 tem uma galera que nao consegue mais homologar ou o termo que esta em uso atualmente, à época era pra garantir segurança pra mim e pro sistema eletrico como um todo, tipo validando os documentos, o projeto, se tudo era certinho, placas com selinho do Inmetro verdadeiro, enfim, burocracia para fins legais, cumprimento de checklist, hoje parece que o problema é outro, ainde devem verificar tudo as outras coisas, mas acho que mais pra ingles ver porque o meu processo demorou uns bons 3-4 meses.

Pra facilitar o rolê, optamos por comprar/contratar da firma da propria concessionaria de luz daqui a CPFL, que tinha aberto uma firma separada só pra isso, a Envo.

O sistema tem 1 inversor da Fronius que depois de uns 6 meses começou a fazer um barulho bem incomodante e alto nas ventoinhas, mas que descobri ser algo cronico e nao afeta em nada a refrigeracao do equipamento, entao, vida que segue. Sao 13 placas da Canadian solar (a marca, porque o fabricante é algum china de sempre) with potencia de 4,29kw.

A promessa era de funcionar 25 anos, o valor era tipo 21 conto e a conta girava em torno de 450 Kwh com valor de 350 reais, na conta de padaria o ROI se daria em 5 anos e o 'desinvestimento' seria uma taxa de retorno de incriveis 20% ao ano, entao tava facil pro lado dos pros de comprar o sistema.

Funciona que é uma beleza, sem grandes reclamação nesses primeiros 5 anos. Teve um problema com o 'logger' ou o nome que for do aparelhinho que faz o IOT do negocio que uma vez desconfigurou a internet aqui de casa e tive que fazer na mao la no aparelhinho, nao lembro como que fiz, bom procurar e resgatar que lembro que foi bem trabalhoso o role.

Mas voltando a vida util.

Ano
2020
    Energia gerada [kWh]
    6694
    2021        6322
2022    5979
2023    5865
2024    5637

Tem dados de 2019 mas como comecou no meio e de 2025 como estamos em março, vamos deixar de lado.

Fazendo uma regressao linear mesmo coisa simples, conta de padaria, vamos la, o 0 vai ser no 6694, pra facilitar 6500, mais uns ajustes nos outros anos e se nao errei aqui nas contas, chegamos em
f(x) = -260x + 6500 que da zero em x = 25, isso quer dizer que os caras tao bem bom nas estatisticas e probabilidades.


Grafico da função y = -260x + 6500
Figura 1: Grafico da função obtida por regressao linear





O datalogger é da Solar View, que tem um site e um aplicativo pra acompanhar a 'usina', é meio tosco, mas da pra ver se ta funcionando.

A conta continuamos pagando o minimo, tirando algum janeiro que da uma boa subida por causa da climatizacao da casa, mas no geral ta indo bem, da trabalho pra trocar alguma outra unidade consumidora pra abater a nossa geracao, mas funciona, trocamos apenas 2 vezes, pro Apartamento lá da Jose Bonifacio e ha algums meses pro apartamento ola da ECC.

Teve tambem umas medidas incorretas da conta, but que a CPFL depois de brighar um pouco (nao da pra entrar em contato com eles) mas com a ajudinha da ANEEL a parada se resolveu.

De manutenção, apenas no começo do ano fizemos a primeira lavagem das placas, era pro seguro fazer, mas a corretora se confundiu, nao conhecia direito o produto e enfim, nao tava incluso, vida que segue, dessa nao posso reclamar! uauauauaau




Bom, valeu a pena!


sábado, 15 de março de 2025

A última vez que te vi... (introdução)

Reflexão sobre amizades, memórias e encontros da vida adulta

Por esses dias era aniversário de um amigo daqueles de longa data, tipo de mais de 20 anos, daqueles que dificilmente farei no resto da vida, como disse o Julio uma vez, pelo simples fato de nao ter mais tempo habil pra tal. Pô, passei poucas e boas com esse meu amigo, eu nao tenho muita distinção das caixinhas/esferas da vida, ainda mais no quesito amizades, mas uma hora nesse negócio da 'vida adulta' digo que perdi o contato e perdi o contato literalmente, o telefone que eu tinha pra mandar uma classica saudação de aniversário nem WhatsApp tinha... tenho amigos com diversos DDDs esse era 061.

Falando em DDD, me remeteu a uma grande inabilidade que tenho na vida, a de falar ao telefone, hoje em dia ela passa despercebido, afinal, quase ninguem mais usa voz sincrona no 'one o one' mas eu nao conseguia nem ligar na pizzaria.

Propaganda DDD Embratel
Figura 1: Garotos propaganda do DDD da Embratel

Ja usei orelhao, bem pouco, bem pouco mesmo, de ficha cinza da Telesp, de ficha 'metalica' de DDD nao tenho memória, cartao telefonico usei tambeḿ, mas mesmo esquema da ficha, quase nada... ligar pra operadora e ela fazer a ligacao tambem, já usei cabine de telefone, pager e fax ja tive que usar os 2 mas nunca tive e nos dias atuais, muito raramente uso celular para ligação de voz, exceções pra falar com a Ju, minha mae e meu pai, sobre esses itens de museu faz uma boa década que isso tudo nem faz mais sentido em existir, acho que só o DDD ainda o faz e o celular.

Voltando... fiquei pensativo com o fato de ter perdido o contato, não que não conseguisse localizar o Fabricio e conversar com ele ou mesmo visita-lo, mas a reflexão foi dura, e se me conheço, o que as vezes não sei ao certo, perdurará por um bom tempo!

No meio de 2019 eu me mudei pra São Paulo pra trabalhar em um emprego novo, eu ia de domingo a noite e voltava na sexta depois do almoço. Fiquei uns dias no meu pai no Ipiranga até arrumar um lugar pra ficar, se eu fosse de carro demorava coisa de umas 3 horas no trajeto ida e volta, de onibus, metro, metro e trem um pouco menos... la na Patriarca sem condição, demoraria umas 4 horas no minimo, como nao suporto tempo perdido sem necessidade me mudei pra pertinho do trampo, depois o trampo mudou e ficou mais perto ainda, de algumas estações de trem pra ir a pé em 20 minutos.

Bom, como não lido bem em ficar sozinho e estava em sampa só pra trabalhar, sem amigos, sem familia, sem vicios, sem hobbies e com tempo sobrando eu tava fadado a ter uma nova crise de depressão. Então maquinei um projeto um tanto quanto mirabolante para minha pessoa, mas que seria exequivel e me proporcionaria momentos prazeirosos durante minha estada pela selva de pedras.  Tem muita coisa na vida que não gosto e não vem ao caso pensar nisso agora, mas tem algumas coisas que gosto e estar com meus amigos falando abobrinha eu gosto. Isso posto, como diria o Rodrigo advogado, lá fui eu colocar o plano em pratica, encontrar meus amigos de São Paulo!

Devo ter encontrado, pensando agora nisso, uns 3! Lembro aqui de comer uma pizza com o Marcão e de ter ido na casa do Takaoka com o Guilherme numa chuva daquelas que alaga sao paulo. O projeto deu com os burros n' água logo no começo, o trampo acabou exigindo muito mais do que meu preconceito e logo na sequencia começou a pandemia... mal deu tempo de fazer amigos novos no serviço.

A pandemia afetou as pessoas de maneiras diversas eu perdi um dos negócios/atividades que eu sempre fiz, gostava mas não me dava conta, que era o almoço com a galera do trampo, galera pode ser de 1 a equipe toda.

Quando eu estava em Campinas essa parte não existia, na verdade nem teria como, eu nao almoçava! Aflorou em Brasilia e logo quando aterrisei por lá, no curso de formação pra aprender a dominar dinossauros a turma toda almoçava junto, coisa linda de ver, um ou outro que se desgarrava pra resolver alguma coisa mas era uma beleza, com o tempo surgiram alguns grupos de maior afinidade, penso ser normal esse tipo de comportamento e ser inerente a condição de humanos... mas mesmo depois do curso continuamos almoçando juntos, se bem que foi mais por acaso que por escolha, afinal a maioria foi trabalhar junto, mas tinha sempre aquele almoço diferente de vez em quando; tinha a churrascaria da vila planalto, a pizza hut do pier 21, o embaixo da arvore, o gauchinho que acabava indo quase sempre eu, o Michel e mais algum perdido e tinha os achados do Taide que era sempre um mistério envolto de aventura, afirmações infladas, era sempre o melhor de Brasilia, mas quase sempre era furada na certa, mas eu me divertia, me sentia bem com meus amigos, a comida era coadjuvante.

Pausei aqui e fui atras dum video que eu gravei muito, muito tempo atrás, acho que nem iphone existia ainda... e nao é que achei?!


Video1 : Indo almoçar com o Taide e o Michel

O Marcelo a Ju encontrou com ele em Salvador ano passado, puta cara gente fina, saudades deles, bem ao encontro desse texto aqui.

Retomando, o pensamento vai looooonge mas ele consegue retornar ao assunto, eu sozinho é mais dificil, mas deu pra reler o que ja escrevi e vamos lá. Eu fiquei alguma madrugada dessas de insonia pensando bastante nos amigos que perdi ao longo da jornada, nao que perdi de ter virado estrelinha esses até o momento foram poucos, falo dos outros todos, nao apenas os que mudaram de CEP (igual naquela musica do Rashid, se o mundo acabar) mas tambem aqueles que lutamos juntos e nao vencemos ninguem (outra musica, a noite dorme la fora dos Inocentes), enfim, os que eu ainda posso ver, não os que só consigo encontrar nos meus sonhos.

Puxei pela memoria, nossa, esse faz tempo que nao tenho noticias, nao consegui lembrar a ultima vez que o vi, forcei a mente pra tentar lembrar entao a primeira vez, tambem nada, a voz ? nao, sem registro de frases ou bordoes... a imagem ?... essa é mais complicada ainda nao consigo visualizar nada, tipo aquelas nuvens de desenho animado que mostra o que esta pensando, aqui é sempre vazia, sem imagens, sei o que é um elefante, me vem um monte de memoria e informações sobre mas nao consigo visualizar., voltando ao meu amigo, esse que se precisar fazer um retrato falado eu nao consigo, mas que lembrei de quando dormi na casa dele depois de uma bebedeira da faculdade, de quando viajamos pra Bauru, do golzinho preto que era top de linha e ele se gabava do possante, que ele adora pipoca, é da turma do pedal (de vicio mesmo), que sempre trabalhou fazendo caixinha pra produtos, que curte um pedal, enfim, até que lembrei de bastante coisa, nao consegui lembrar o nome das filhas, acho que sao duas (será?, nao tenho certeza), já as vi ?!?!? lembrei de uma que vi bebe quando visitei eles em sampa uns pô, seila 15 anos atrás ? e assim se sucedeu com cada um dos que foram aparecendo em meus pensamentos, amigo aqui é menino ou menina, mas vou escrever sempre amigo. Enfim eu consegui lembrar de um apanhado de coisas, outras tentei e nao voltou nada, mas o que ficou é sentir que passei momentos agradaveis com ele e pra mim é um baita amigo. Mesmo que eu não o veja há um bom tempo!

Eu ja tinha despertado esse lance de por onde anda quando lembrei do vestibular e da matricula aqui na Unicamp e lá na USP, quer dizer a matricula na USP eu só tenho flashs, mas enfim, eu tentei achar o Vinicius e a Camila, o primeiro nem sinal de fumaça e olha que o cara tem um sobrenome bem incomum e seria facil encontrar mas nao achei foi é nada, nada e como nao tem amigo em comum, esse é um que além de não ver nunca mais eu sequer terei noticias. A Camila por sua vez respondeu o contato mas ainda nao retomei um dialogo, tipo vida de adulto é uma boa desculpa, sem falar que a mina é tipo presidente de alguma firma gringa la nos States e deve ter menos tempo que... seila quem que tem muito pouco tempo pra conversar, talvez alguem que trabalhe muito, que acho ser o caso.

Preciso ensair.

Terminando que tenho mais o que fazer, outro dia termino... (agora eram meio dia de um sabado)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Dois anos atrás comecei num emprego novo, mas esse texto nao é sobre isso!

Meu primeiro emprego e trajetória no Banco do Brasil

Meu primeiro emprego e acho que deva ser o mais duradouro da minha vida foi no Banco do Brasil.

Até 2005 eu trabalhei em agências bancarias majoritariamente como caixa, atuando na retaguarda do atendimento, quase nunca atendia clientes, trabalho rotineiro, repetitivo, operacional puro, sem grandes variações das tarefas, eu adorava! Meu horario de trabalho foi diferenciado por muito tempo, conseguia fazer a faculdade de manha, trabalhava a tarde e de noite voltava pra faculdade. Teve um ano que deu ruim esse esquema porque teve apagão de energia eletrica e resolveram que os bancos iam abrir as 9 da manha, ai dancei, nao teve jeito, a agencia ia fechar as 5 e eu tinha que entrar no máximo as 11, deixei de fazer algumas matérias que estavam no gatilho naqueles 2 semestres. Tirando esse periodo do apagão, no geral foi esse o esquema durante a faculdade.

Eu morava com o Boy desde que entramos na faculdade em 98, mas a gente colava direto no ap do Poin, do Guidi e do Matheus porque lá ficava o video cassete, o computador e posteriormente o DVD que lembro como se fosse ontem o dia que fomos comprar ele no Carrefour da Dom Pedro, paguei com carnê! Grana sempre foi bem regrada, minha mae ajudava com o aluguel e o condominio (eu acho, nem lembro mais direito, ela pagava direto pra mae do Boy), seu Irá longe disso, desde que me lembro por gente finanças nunca foi o forte dele, depois de velho uma vez conversando com ele, ele acha que nunca na vida gastou menos do que ganhava, seu Irá aparecia de vez em quando sempre pedindo uns cheques pra rolar alguma divida e pra eu comprar um carrinho financiado no meu nome pra ele, que ele ia pagar e tals, igual os cheques que nao iam voltar, mas enfim eu ficaquei fugindo do oficial de justiça por algum tempo... sapeca queria tomar de volta pro banco só porque seila pagou só as 3 primeiras parcelas, esse aqui deu pano pra manga e no final das contas minha mae que me salvou dessa, tipo acordo com advogado e tudo certo, foi por pouco que nao me mandaram embora do banco nessa época, afinal de contas era justa causa funcionario com descontrole de financas com cheque devolvido, nome no CCF, SPC, Serasa, dureza, bom que nessa época era tanta coisa acontecendo junto que nem dava muito tempo pra pensar na zona que ficou minha vida financeira por alguns anos.

Sei que em 2002-2003 a gente mudou de apartamento e foi morar junto com o Tadashi e o Marcelo ali no Primavera, nessa época minha mãe parou de ajudar com as contas. Mas tenho que deixar registrado que ela sempre falou pra eu largar o banco e fazer estagio, depois pra fazer trainee, de largar por largar e tentar trabalhar com outra coisa, mas nunca deu certo, sempre que tava nos finalmentes rolava um, veja bem... coisas da vida.... Em janeiro de 2004 fui morar com a Ju, voltando pros estudos....eu me formei em Engenharia Química aqui na Unicamp no meio do ano, não posso afirmar que nunca trabalhei na área, afinal de contas fiz estagio na ACME, montamos uma fabrica de rodinhas de skate do zero, compramos uma de shapes... então um pouco de experiência posso dizer que tive, mas foi bem pouco.

Bom, a vida era bem corrida nessa época, lembro que eu estava tocando a fabrica, fazendo MBA, ingles, mestrado e graduação tudo junto, o ano era 2005.

O emprego no banco sempre me pagou o suficiente pra eu nao conseguir sair dele!

Quando fui atrás de estágio bateu o desespero, sem estagio nao me formava e com estagio as contas nao fechariam.... A solução foi arrumar um bem bolado nas ferias e finais de semana, pro bono, com objetivo claro de estagiar as horas necessarias para cumprir os requisitos da faculdade, o estágio foi bem da hora, aprendi um mundo novo, o mundo do poliuretano e devo dizer foi nele que tive a ideia pra montar a fabrica de rodinhas pouco tempo depois.

Os programas de trainee eram bem interessantes, mas sou totalmente avesso a processos seletivos, tenho sérias limitações, lembro de ficar extremamente ansioso, tinha tremores, falta de ar, as mãos suavam, gaguejava, era um show de horror pra mim, simplesmente nao consigo participar de dinamicas de grupo e todo o teatro envolvido, lembro de ter comentado isso no discurso da formatura. Cheguei a ir embora no meio de uma dinamica de grupo que um ser ia ser o tubarao e os outros nadariam no chao fugindo dele...Enfim, cheguei a participar de alguns processo de trainee, mas em virtude do exposto acima, dificilmente passaria, e mesmo se tivesse dado bom, talvez nao desse pra encarar 'largar o banco', o salario no banco e o do trainee, com rarissimas exceçoes eram iguais, sem falar que a fábrica ja estava rodando e um trabalho em tempo integral ia complicar bastante o fino ajuste das engrenagens da minha vida.

Quando fui fazer mestrado ai foi desesperador, a bolsa era algo em torno de 1/5 do meu salario, abdiquei da bolsa e continuei trabalhando no banco, resignado.

Ai no final de 2005 uma reviravolta.

Eu tinha feito um processo seletivo, viajei até curitiba pra participar (aproveitei e visitei o Jean na ocasiao), pra ir trabalhar com computação, la em Brasilia na diretoria de tecnologia, nesse processo era tipo pra habilitar a gente pra poder ir, se tivesse vaga e quando tivesse chamariam a gente, nao demorou nem 1 ano, a Paula ligou falando que eu ia e fiquei tao pasmo que sequer peguei os dados dela pra retornar com duvidas e tals, foi só aguardar e um dia chegou a convocação.

A Ju ainda tava fazendo residencia, eu tava fazendo a graduacao em quimica, o mestrado em degradação de polimeros, o MBA na FGV de executivo em financas pelo banco e a fabrica quase engrenando, tudo indicava que eu continuaria estudando, tocando a fabrica e esperando um dia poder 'largar' o banco e ficar só com a fabrica ou mesmo virar professor, seila, nao tinha um plano, tava seguindo na inercia do que foi acontecendo.

Resumindo objetivamente o que aconteceu, a Ju descolou uma republica pra eu morar lá no Cruzeiro até ela terminar a residencia e ir pra la morar junto comigo. Me mudei com o Uninho abarrufado de coisas, a Ju foi meses depois com a mudança de caminhao que acabamos deixando num guarda moveis, que me protestou uns boletos na louca e quase me fez perder o trampo, mas assim que descobri os caras resolveram. Voltando, compramos um AP sem ver, antes mesmo de ir pra Brasilia, só tinha umas fotos no site da cooperativa e vamos lá, vai dar, vendemos o Palio e demos a entrada. Era pra entregar seila em maio mas atrasou coisa de um ano, um ano e meio, a Ju arrumou emprego em formosa, mudamos pra lá, de formosa pra brasilia era coisa de 70km, demorava uma hora pra ir pro serviço e umas 2 pra voltar. Era bem corrido, mas tava valendo. As vezes eu ia de carro, poucas, na maioria das vezes era de onibus mesmo, que o banco até ressarcia, sabe-se la como mas pagava. tinha mototaxi por la, anos luz a frente do seu tempo, agora 2025 que ta bombando os uber moto e o 99 moto.

Bom, ai nesse meio do caminho acabei deixando mao da quimica, da fabrica, de virar professor, da engenharia e acabei virando domador de dinossauros, quer dizer, eu virei um programador Cobol!... Trabalho esse que me acompanhou por mais de uma década, até que fui trabalhar no Original e nunca mais programei nada e virei meio que um analista de negocios, funcional, seila que raio de nome que tinha, o que eu fazia era deixar o sistema de compras e saques com cartao funcionando!

E foi isso ai.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Mudar sem sair do lugar, nunca fui de usar as asas, sou mais de aprofundar a raiz.

Mudar sem sair do lugar, nunca fui de usar as asas, sou mais de aprofundar a raiz.

Lá nos idos de 1997 eu resolvi que estudaria na faculdade química, queria mesmo, eu acho, era fazer química, trabalhar em laboratório, fazer experimentos... mas não rolou, lembro claramente de minha mãe se opondo a eu estudar química, onde já se viu?! Trabalhar em laboratório ou numa fábrica e morrer de câncer ou na melhor das hipóteses virar professor! Jamais segundo ela! Meu pai não dá pitacos, muito menos nessa área, tanto que não se opôs quando meu irmão quis fazer faculdade de games alguns anos mais tarde e games nem era nada perto do que é hoje, teria dado muito certo, mas a mamãe dele, assim como a minha, também vetou.

Bom, voltando, como não deu pra eu estudar química, vamos achar uma alternativa, fui de engenharia química, na inocência de que aprenderia um pouco de química e ainda teria o título de engenheiro pra deixar minha mamãe orgulhosa, de ter um engenheiro na família!

Eu não sabia direito o que um engenheiro químico fazia, hoje 30 anos depois meio que continuo sem saber, na real, acho que ninguém sabe ao certo.

Vestibular e escolhas

Mas lá fui eu, o Enem não existia, a gente tinha que fazer um montão de vestibular, era bem exaustivo, mas eu gostava, no segundo ano, já tinha feito prova de treineiro na Fuvest e na Unicamp e tinha ido bem, fiz uns 6 meses de cursinho no Etapa lá da Ana Rosa num horário bem nada a ver, mas que casou certinho com minhas necessidades, era tipo das 4 às 9, o colégio era 'integral full' no terceiro ano, das 7 às 3 então dava certinho pra eu pegar o metrô no Belém e ir. Chegava em casa moído e no dia seguinte bora pra rotina de novo. Ah, de sábado tinha aula extra pra quem ia prestar ITA, grande decepção, na primeira prova tirei 4,8 e já estava eliminado, mas não tinha como saber e fiz tudo os outros dias de prova. Mas a publicação não era pra ser sobre vestibular, e sim sobre o mudar.

Bom, saíram os resultados na USP, não lembro direito como que funcionava a escolha das engenharias na Fuvest, mas sei que passei pra fazer engenharia civil, antes disso eu tinha me matriculado em Lorena, eu não, minha mãe fez essa pra mim, nem lembro como, mas ela foi lá e me matriculou, mas como era longe e acabei tropeçando na USP, bora de engenharia civil mesmo, aí um mês depois nem isso saiu a primeira lista da Unicamp e tava lá de engenharia química, bom, fui! Agradecimentos aqui pra Camilla Passarella Lazzarato, que estudava comigo no Agostiniano e também passou na Unicamp pra fazer Engenharia de Alimentos, mãe dela excepcional, ser humano diferenciado, me tratou super bem, me deu suporte num dia que foi bem doido mesmo, enfim, a Camilla encontrei com ela algumas vezes na faculdade, depois nem notícias, acho que tá nos EUA casada e com filho, vivendo o American Dream. Na parte da USP agradecimento ao Vinicius Kasabkojian, camarada do inglês que me deu carona nas 3 semanas que estive por lá, idem a Camilla, sem notícias há décadas.

Bom, post pausado no desenvolvimento porque fui pesquisar sobre os agradecidos e não são usuários ativos de redes sociais, então não deu pra atualizar, mas mandei umas mensagens que, quase certo, não serão respondidas.

Engenharia Química e tentativas na Química

Voltando ao cerne, acabei que cursei Engenharia Química na Unicamp, turma de 1998, me formei no longínquo agosto de 2004. Rolou uma vez só um encontro grande dos colegas, acho uma pena não ter encontros habituais, galera era gente fina, tem uns que ainda vejo, mas não na frequência que eu queria, vida de adulto é complicada.

Nesse mesmo ano, fiz prova pra ingressar no mestrado da química e também fiz vestibular pra cursar química, afinal continuava com vontade de ser químico.

Resumo, em 2005 tava eu fazendo matérias do mestrado e da graduação (essa com um mega hiper bug na Matrix, que eu tava na sala da irmã do Boy), o projeto do mestrado era bem bom, tipo de fotodegradação polimérica, tava muito incipiente ainda, mas hoje são as sacolinhas de mercado que desmancham em menos de mês.

Reviravoltas profissionais

Em 2006 a vida deu uma reviravolta, em 2005 apareceu uma 'publicação' na 'agenda de notícias' do trampo que estavam precisando de gente pra trabalhar lá em Brasília com computação e que ia abrir um processo seletivo, li as regras tudo e em nenhum lugar falava que precisava ser formado em computação ou algo assim, enfim, fiz o processo, em Curitiba, aproveitei e visitei o Jean, creio que foi a última vez que o vi, tentei achar aqui ele nas redes, mas nem isso, galera com nome 'normal' não dá pra achar, cidadezinha gostosa lá viu, São Bento do Sul. Foi o dia todo de entrevistas, eu e mais 5, passaram eu e um outro figura só, Japonesa do demônio, deixou claro que não era pra eu ir, mas os outros 2 gerentes apostaram as fichas em mim, não decepcionei! Ah, dos que não passaram, o Everisto apareceu lá na Ditec uns anos depois e acabou voltando pra casa um pouco antes de mim.

Conversei com o De Paoli, meu orientador do mestrado pra ver se conseguia continuar o mestrado lá por Brasília, não rolou e lá na UNB não achei, na verdade nem fui atrás direito, mas o mestrado ficou pra depois... a graduação em química não dava pra transferir, então fui fazer vestibular, não passei, é aquelas prova do demônio do CESPE de uma errada anula uma certa, eu com 26 anos não tinha como não chutar, resultado, minha nota não valeu nem pra lerem a redação, desencanei da química.

BB, mainframe e novas formações

No BB passei por um 'curso de formação' para aprender a trabalhar com o desconhecido COBOL e o incrível mainframe, nem quem tinha feito curso de computador na faculdade saberia trabalhar sem ter feito o treinamento, fui alocado pra trabalhar no autorizador de cartão e o resto é história.

Acho que em 2011, não lembro ao certo e não vejo necessidade de pesquisar pra ser certeiro, o Michel que tava fazendo alguma outra graduação lá na UNB, acho que a primeira dele era computação e ele tava fazendo administração, acho que era isso sim, fui até na formatura dele, carinha gente fina, curtia bastante ele, falo com ele bem menos do que deveria, virou bolsonarista de carteirinha! Nem deve ter tomado vacina do Covid... deixa eu perguntar, perguntei!

Complementando, teve vestibular de vagas remanescentes pra quem tivesse diploma de ensino superior, fui lá e fiz, gostei bastante da prova, fazia uns bons anos que eu não fazia nenhuma, era escrita, teve até um exercício com integral e eu acertei! Tava enferrujado, mas deu bom. Em 2012 retomei meu projeto de me formar em química, a Ju tava junto em todas essas doideiras, lembro da gente indo fazer a matrícula com o Vinny no colo!

Primeiro semestre foi bem diferente, como eu já tinha um zilhão das matérias básicas de exatas já cursadas, fui só de humanas... pedi equivalência, nessa o Tadashi ajudou lá de Campinas em pedir pra Unicamp as ementas e meu histórico completo que precisavam na UNB impressos! É, os tempos eram cruéis e difíceis, burocracia ainda era em papel... agradecimento aqui ao japonês também, nessa época ele ainda não tinha formado, faltava um nadica, mas ainda não tava formado.

O segundo semestre foi igual ao primeiro porque não tinham finalizado o processo de equivalência, lembro até de ter reclamado na ouvidoria da faculdade e mesmo assim nada, só saiu as equivalências no terceiro semestre, mas aí já era tarde, no final de 2013 retornamos pra 'casa'.

Novas tentativas e pandemia

Em 2016, já licenciado do BB, resolvi fazer faculdade de TI, afinal de contas já havia uma década que eu trabalhava com computação e não tinha um certificado/diploma que fosse, minto, tinha um de mainframe da IBM que fiz lá em Brasília quase que junto do Bulats de inglês. Como diz minha sogra, nada melhor pro Buga voltar a fazer faculdade do que o nascimento de um filho!

Lá fui eu fazer "Gestão da Tecnologia da Informação" na Fatec ali do lado do cemitério.... Curso interessante, curti, outro bug na Matrix, tava na mesma sala da menina que, esqueci o nome, mas já já eu lembro, anos mais tarde tava lá numa sala de reuniões do Itaú. Bom, comecei a ter que ir pra Sampa pra trabalhar no Itaú, a faculdade ficou pra depois. No final de 2018, resolvi que ia terminar química, fiz o vestibular na Unicamp e tô lá matriculado em 2019, em licenciatura em química. Nesse meio tempo aí teve uma prova da Unicamp de vagas remanescente mas não passei na segunda fase de provas específicas, tinha uma prova de fim de curso de física 3, quase entreguei em branco, triste, não passei... bom, tá lá eu felizão, fazendo matérias de humanas, Vinny andando de patinete da Yellow na Unicamp, tudo indo bem, dessa vez eu formo, que nada! Bora trabalhar em Sampa de novo, agora fixo e até quando eu aguentar, isso era junho de 2019, fiz só 1 semestre de química nesse meu retorno, falta tão pouco... um dia, um dia termino! Na real eu mandei mal, porque se tivesse ido atrás, quer dizer, deixa pra lá, o "pé de se" não faz parte do universo que vos escrevo.

Bom, aí veio a pandemia e no final de sei lá que ano, fiz a prova da Petrobras de engenharia química, deve ter uma meia dúzia a dúzia cheia de contemporâneos da Unicamp que estão por lá, da minha turma são especificamente 4, que pedi ajuda antes de entrar pra ver se dava pra ter uma certeza que eu viria aqui pra refinaria de Paulínia, mas descobri depois que não tem como ter ideia de como funciona a firma, é muito engessada, bem mais que o BB, mas fui lá eu, fiz a prova e vishi, deixa pra lá que não deu, não estudei, conferi o gabarito e deu metade da prova mais um pouquinho, foi legal ter feito, mas passar no concurso não ia rolar.

Retorno à engenharia e raízes

Aí em novembro de 2022 chega um e-mail e 3 dias depois um telegrama me convocando pra assumir a vaga do concurso, não entendi nada, foi uma decisão daquelas, mas que tinha que ser tomada e caiu na hora certa, sendo que hora certa é qualquer hora, sempre! Natalia, a mina da faculdade e do Itaú chama Natalia, da época do Itaú acho que só tenho contato com o Jheimes que encontro esporadicamente sem combinar umas 2 vezes por aí e a galera da Stefanini, a grande maioria nem notícias tenho mais.

Bom, lá fui eu trabalhar com engenharia química 20 anos depois de formado, assim como no BB quando cheguei em Brasília, na Petrobras também teve curso de formação pra aprender a trabalhar, fiquei morando no Rio de Janeiro quase 1 ano e sem saber qual seria meu futuro, só sabia que se não viesse trabalhar aqui em Paulínia não ia ter jeito de trabalhar na Petrobras, aí no meio pro final do curso, lançaram um projeto piloto pra trabalho remoto integral, li as regras e tava tudo ok pra eu pedir, assim que terminou o curso eu ingressei no trabalho e em janeiro de 2024 eu já estava 'de volta' pra casa.

Hoje, fevereiro 2025, não sei se vou um dia terminar a química, não tem muito porque, dificilmente trabalharei com química, e muito menos serei professor, então vida que segue, tem umas coisas que a gente quer que nem sabe direito o porque.

É isso, tô de volta pra casa.