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sábado, 26 de abril de 2025

A ficha cai, mas as vezes demora e a gente esquece

Resumo: Buga conta sobre o aniversário do Vinicius, a tentativa de consertar um brinquedo de bolhas quebrado e o impacto emocional de sua deficiência visual ao falhar no reparo.

Conserto de Brinquedo e a Realidade da Deficiência

Essa aqui foi dureza... no aniversário do Vinicius desse ano, que quase fez eu e a Ju enfartar que não ia dar quórum, mas no final deu tudo certo. A pistola/arma/bazuca/lançador/fábrica de bolhas de sabão da Helena ficou inoperante, crianças usaram, se divertiram e tomaram cuidado de não molhar, mas brinquedo chinês costuma quebrar mesmo.

Não joguei fora, separei pra eu consertar depois... depois chegou, desmontei o brinquedo e o problema encontrado foi até simples, o botão do gatilho tinha parado de funcionar, bora descobrir o nome da peça, comprar uma nova e fazer a substituição, coisa simples, 2 fios, 1 solda e puf, brinquedo consertado.

Hoje em dia (2025) ficou extremamente fácil descobrir o que é algo que você precisa saber o que é, no caso bastou umas fotos, um pouco de boa vontade do Google e puf, objeto identificado!

O Brinquedo e a Peça

A peça deve custar centavos, mas não tenho como ir no centro (se é que ainda existem lojas de eletrônicos no centro, de componentes mesmo, já fui e me divertia, mas sequer consigo lembrar a última vez que fui em uma), bom todo mundo precisa ganhar, a arma de soltar bolinhas de sabão era das mais elaboradas que já tivemos, compartimento interno e contra vazamentos do líquido de bolhas, velocidade do sopro ajustável e zilhões de bolhas, muitas mesmo, bonito de ver, mas tinha quebrado, não lembro onde comprei ou se alguém deu e enfim, eu ia arrumar! Ia, porque deu ruim!

Bom, comprei a peça, no caso o botão acionador que quando aperteva o gatilho acionava a crinaça, ele chama "push button", não achei maiores especificações, comprei é exatamente isso aqui:

Tentativa de Conserto

Beleza, chegou, posterguei o início do reparo, dei aquela procrastinada básica, até que deu a luz e bora arrumar, achei o ferro de solda, o saquinho com o revolver de bolha de sabão tudo desmontado, peguei a caixa de ferramentas e bora arrumar esse negócio, só que não.

Não fui capaz sequer de desoldar os fios, cortei com alicate mesmo, nada que impactasse o resultado, peguei o botão novo e aí começou a saga, não tenho mais a habilidade de conseguir enxergar no plano, profundidade, seila, nem consigo explicar direito, mas o fato é que eu não conseguia acertar o ferro de solda no fio e no conector, simples assim, acho que nunca tinha colocado a prova minha visão depois que perdi a do olho esquerdo, mas sei que foi devastador, chorei sozinho...

Reflexão sobre a Deficiência

Bom, vi que não ia dar, só tinha presenciado esse lance de não ter mais noção espacial completa ao estender roupas no varal aqui de casa, que nunca acerto o fio que eu achei que tava mirando pra colocar a roupa, mas tá valendo, nada muito preocupante, e no final das contas acaba sempre acertando algum fio do varal. Minto, acontece também pra dirigir, já dei umas comidas da roda na guia, subi na guia, bati em portão, posto, espelhadas... é, no trânsito a lista é um pouco mais longa, but no dia a dia me viro bem com minha deficiência, mas me senti bem impotente e sem ação, não tinha pra quem pedir ajuda, o Vinny ainda tá bem de boas e não sei se curtiria tentar me ajudar, ainda mais que sou muito escroto em pedir ajuda, Ju idem, não boa ideia, bom, fechei a arminha, guardei as tralhas e separei para reciclagem ou pra ir pro Sobrapar pra algum com tempo e habilidade arrumar o brinquedo, foi um misto de sensações não boas, ruins mesmo, seila, não tinha sentido ainda o impacto real ou a necessidade de ver e não ter mais, foi bem devastador, fiquei arrasado, demorei uns bons dias pra me recuperar.

É, fazer o que é a vida, agora sei que projetos de eletrônica ou mesmo usar um ferro de solda não dá mais pra fazer. Triste, mas vida que segue.

Bom foi isso, a ficha da minha deficiência esse dia caiu de novo, e foi real a dor, frustração, seila o nome do que senti direito, mas não foi bom não.

Fui,

Buga